Obras de arte compradas para lavar dinheiro da corrupção estão sendo entregues a museus

       O combate à corrupção, apesar de incipiente no Brasil, trouxe boas notícias para a cultura: várias obras de arte apreendidas durante a Operação Lava Jato têm sido entregues pela Polícia Federal a museus no país. Mais de 300 delas, de diversos artistas, entre eles Iberê Camargo, Alfredo Volpi e Renê Machado, já foram recebidas pelo Museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, até janeiro deste ano.

        O Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, recebeu este mês 12 quadros, sendo dez de autoria de Di Cavalcanti, um de Djanira e um de Emeric Marcier, avaliados em 10 milhões de reais. Eles estavam com o doleiro Dario Messer, preso pela Polícia Federal em 2019, e que também já teve cinco imóveis de luxo leiloados por 12,9 milhões reais.

       Todas as obras de arte passam por uma perícia técnica, a fim de atestar a sua originalidade. A compra de obras de arte, além de imóveis, é um recurso utilizado por empresários, políticos e funcionários públicos corruptos para “lavar” o dinheiro recebido de propina. De acordo com o apurado pelas investigações, as notas fiscais e recibos eram fornecidos com valores muito abaixo do valor pago.

       Minha opinião: É uma tristeza pensar em quanto já se desviou em dinheiro público no Brasil, e o que se consegue apreender é uma parte muito pequena do total roubado. Dinheiro que poderia, e deveria, ter sido usado em serviços para a população, que acaba, mais à frente, sem acesso ao atendimento médico, educacional que necessita, e sendo obrigado a usar péssimos meios de transporte público. Uma vergonha! fr