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domingo, 20 de março de 2022

Pharmacia e Drogaria Granado

 
   Empresa nacional de cosméticos e medicamentos mais tradicional do Brasil, a Granado completou 152 anos de existência em 2022. Fundada por José de Barros Franco e pelo imigrante português José Antônio Coxito Granado em 6 de janeiro de 1870, na Rua Primeiro de Março, então denominada Rua Direita, no Centro do Rio de Janeiro, o endereço preferido pela elite da capital do país à época. O nome inicial era Botica de Barros Franco, mas José de Barros desligou-se da sociedade em 1876. A “Pharmacia e Drogaria” vendia produtos manipulados com extratos vegetais de plantas, ervas e flores brasileiras cultivadas no sítio do seu proprietário, em Teresópolis. Produtos europeus também eram importados, e tinham as suas fórmulas adaptadas para as condições do Rio.
     Entre os seus clientes, estava o imperador D. Pedro II, que escolheu a Granado como a farmácia oficial da família imperial em 1880. A empresa foi expandindo ao longo dos anos. Em 1912, inaugurou uma fábrica na Rua do Senado, também no Centro do Rio; em 1917, abriu a sua primeira filial, na Rua Conde de Bonfim, no bairro da Tijuca, ainda em atividade. Atualmente, são duas fábricas, em Japeri, no Rio, e em Belém; e mais de 80 endereços físicos de lojas pelo país, além da sua loja virtual. Após três gerações de comando familiar da Granado, e más condições financeiras, em 1994 ela foi vendida para o inglês Christopher Freeman. Em 2016, 35% da empresa foram adquiridos pela empresa espanhola Puig, quinta maior fabricante de perfumes do mundo, e inaugurada uma filial em Paris.


   Os produtos da Granado também são distribuídos para venda em supermercados e farmácias do país, e o mais vendido é o Polvilho Antisséptico, criado em 1903 por João Bernardo Granado, irmão do fundador. A sua fórmula teve o seu registro aprovado pelo médico e epidemiologista Oswaldo Cruz, então diretor da DGSP (Diretoria-Geral de Saúde Pública). Em 2004, a Granado comprou a marca e a fábrica Phebo, da Procter & Gamble. Uma exposição foi organizada no Museu Histórico Nacional em 2020, mostrando móveis e objetos históricos.
     Na foto em preto e branco, reproduzida da internet, pode-se ver que no início a Granado ocupava três prédios na Rua Primeiro de Março, atualmente ela ocupa o do meio, com três andares, sendo o primeiro utilizado pela loja e os dois superiores pela administração e estoque. Veja as fotos que eu fiz da loja, sua fachada e o interior. Nas fotos 7 e 8, vê-se um moderno elevador. As fontes de pesquisa principais que eu usei foram a página oficial e o blog da Granado, e a Brasiliana Fotográfica, da Biblioteca Nacional. fr

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