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sexta-feira, 5 de agosto de 2022

O adeus de Jô Soares (1938-2022)


       Faleceu hoje, aos 84 anos, o humorista, ator, diretor, apresentador e escritor Jô Soares. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde o dia 28 de julho, para tratar de uma pneumonia, segundo a imprensa; a causa da morte não foi divulgada. Eu assistia ao “Viva o Gordo”, na Globo, desde criança, tenho até um DVD especial com o melhor do programa. É muito legal relembrar também os atores que faziam parte do elenco: Francisco Milani, Felipe Carone, Brandão Filho, Flávio Migliaccio, Rogério Cardoso, Nina de Pádua, Berta Loran, Walter D’Ávila, Milton Carneiro e tantos outros.  
       Em 1988, Jô Soares foi para o SBT e o nome do programa mudou para “Veja o Gordo”. Eu gostava mais dele do que dos programas do Chico Anysio. Entre os diversos personagens que Jô Soares fazia, eu me lembro do Reizinho, em que o Jô Soares ficava de joelhos para interpretar o rei de pouca estatura; a Vovó Naná, uma senhora que queria ser artista; o bandeirinha de futebol; o Sebá, um exilado político que não se conformava com as notícias que a esposa lhe dava sobre o Brasil: “você não quer que eu volte!”. 


       Tinha, também, o Coronel Pantoja, um latifundiário que estava sempre em desavença com o Coronel Bezerra, vivido por Chico Anysio. Eu me lembro, ainda do argentino Gardelon e o seu bordão “¡Muy amigo!”; do assistente de estúdio que vivia dando mancadas: “Falha nossa!”; e do Zezinho, em que o Jô Soares fazia um telespectador que só gostava das mulheres bonitas e reclamava com o próprio apresentador no final do programa. E muitos outros!
       Jô Soares deixou de fazer os seus personagens cômicos para a televisão em 1988, passando a ter um programa de entrevistas no SBT, o “Jô Soares Onze e Meia”. Eu me lembro que a saída dele fez com que a Globo alterasse a sua grade de programação, criando nas segundas-feiras o “Tela Quente”, em que eram exibidas grandes produções para fazer frente ao programa do Jô Soares.
       Em 2000, o artista voltou para a Globo e o programa foi rebatizado de “Programa do Jô”. Foram milhares de entrevistas, aliadas ao humor e espírito crítico do apresentador, até o fim do programa e a sua saída da Globo, em 2016. Entre os livros de Jô Soares, eu li e comentei aqui no meu blog “Assassinatos na Academia Brasileira de Letras” e “O homem que matou Getúlio Vargas”. fr

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