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segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Comentando sobre "Jornada nas Estrelas: Enterprise"


      Assisti a todas as quatro temporadas da série “Jornada nas Estrelas: Enterprise”, mais uma das produções baseadas na série clássica criada por Gene Roddenberry na década de 1960, que eu assistia em reprises quando criança. Foram 98 episódios, exibidos originariamente na UPI (United Paramount Network), nos Estados Unidos, entre 2001 e 2005. A UPI passou ao controle da CBS em 2006. A produção dessa nova série foi de Rick Berman e Brannon Braga.
      "Jornada nas estrelas: Enterprise" transcorre de 2151 a 2161, antes dos eventos da série original, que se iniciaram em 2265, e antes, portanto, do nascimento do capitão James Kirk e do vulcano Spock. Esta série acompanha a equipe da nave Enterprise NX-01, a primeira nave interestelar. A sua missão é explorar regiões desconhecidas da galáxia e estabelecer relações de amizade com os planetas encontrados. Mas, o espaço demonstra ser muito perigoso, e constantemente a tripulação tem que enfrentar espécies hostis.
     A série clássica mostrou episódios independentes, com histórias próprias, já a “Enterprise” segue, a partir do final da segunda temporada, uma história que vai se desenvolvendo até o fim da série. O planeta Terra é atacado pelo planeta Xindi, formado por cinco espécies, que bombardeia uma extensa área que vai do estado da Flórida, nos Estados Unidos, até a Venezuela, provocando a morte de sete milhões de pessoas. O povo Xindi estava sendo manipulado para acreditar que a Terra pretendia atacá-lo.
     Após investigar e descobrir os responsáveis através de tortura de presos comandada pelo capitão Jonathan Archer, a Enterprise invadiu o planeta Xindi para destruir o armamento responsável pelo ataque e evitar a destruição da Terra. Nesta série, o teletransporte estava começando a ser utilizado, e ainda provocava medo a muitos, que evitavam usá-lo com receio de que as suas moléculas não se reconstituiriam corretamente após a desmaterialização, como já acontecera antes. Na série clássica da década de 1960, os tripulantes usavam várias e várias vezes o teletransporte, que pode enviar qualquer objeto ou ser vivo em um raio de 2.000 quilômetros.
      A tripulação é liderada pelo capitão Jonathan Archer, interpretado pelo ator Scott Bakula. Assim como na série clássica, que teve um vulcano, Spock, como o segundo na linha de comando, em "Jornada nas estrelas: Enterprise" ele também é do planeta Vulcan, mas uma mulher: a oficial de Ciências T’Pol (Jolene Blalock). Outros tripulantes: o engenheiro-chefe Charles Tucker (Connor Trinneer); o tenente Malcolm Reed (Dominic Keating); e o médico da nave, dr. Phlox (John Billingsley).
      A oficial de comunicações é a japonesa Hoshi Sato (Linda Park), que domina dezenas de idiomas de diferentes planetas, incluindo o Klingon, e ensinava linguística no Brasil antes de ser integrada à tripulação. Completam o elenco principal o piloto Travis Mayweather (Anthony Montgomery) e o almirante Admiral Forrest (Vaughn Armstrong). Muitos dos tripulantes de baixa patente (os figurantes) são chamados apenas de “tripulante” pelos oficiais.
      Os dois únicos alienígenas da tripulação são o denobulano dr. Phlox e a vulcano T’Pol, os únicos também a usarem uniformes diferentes dos demais. Ela usa roupas de dormir bem sexy, mostrando a barriga (tudo pela audiência!) RISOS. T’pol diz ter 66 anos e, como todo vulcano, tem uma expectativa de vida maior do que a dos humanos. Assim como Spock, T’Pol procura tomar decisões racionais, seguindo a razão, mas, ao contrário do primeiro, ela não consegue controlar as suas emoções tão bem. Nesta série, é explicado que os vulcanos têm sim emoções, mas eles são condicionados desde cedo a dominá-las.
      No início da série, existe uma atração entre T’pol e o capitão Archer, mas na terceira temporada T’pol e o engenheiro-chefe Charles Tucker têm relações sexuais. Em um dos episódios, a Enterprise passa por um corredor subespacial e encontra uma Enterprise do futuro, um modelo mais avançado, em que estão alguns descendentes da tripulação comandada pelo capitão Archer, incluindo a própria T’pol, mais idosa. Tucker e a T’pol mais jovem ficam, então, sabendo que tiveram um filho, ou seja, que viriam a ter um filho no futuro.


     
Com a diminuição da audiência, a emissora decidiu cancelar a série e o último episódio, “Estas são as viagens...”, foi a despedida. Ele contou com a participação de alguns atores de outra produção da franquia: “Jornada nas Estrelas: Nova Geração”, cuja história se passaria a partir do ano de 2364. Exibida originariamente de 1987 a 1994, nos Estados Unidos, ela teve sete temporadas. Entre os atores convidados, William T. Riker (Jonathan Frakes), o primeiro-oficial; e Deanna Troi (Marina Sirtis), a conselheira.
      Riker tem que resolver se deve contar a seu capitão o real motivo que levou à morte de quase toda a tripulação de uma nave em que ele servia junto ao atual almirante, anos antes. A nave estava experimentando um recurso tecnológico de camuflagem, em segredo, contrariando o Tratado de Algeron, assinado com os romulanos, e Riker se comprometeu em guardar segredo. A conselheira, então, sugere que ele interaja com a tripulação da Enterprise NX-01 durante a última missão sob comando do capitão Archer, há 200 anos, que antecedeu a criação da Federação de Planetas, para poder ter a sabedoria necessária para tomar sua decisão.
      Um programa simula um documento holográfico, portanto, em três dimensões, os registros dos acontecimentos estudados por eles nos livros de História, em sua época. A caminho da cerimônia de fundação da federação, o capitão Archer ajuda o amigo andoriano Shran a resgatar sua filha de antigos sócios que o estavam chantageando. Neste episódio, ao tentar salvar a vida do amigo e capitão Archer, o engenheiro-chefe Charles Tucker acaba morrendo. Após assistir tudo, inclusive podendo interagir com os tripulantes, Riker decide contar o segredo a seu capitão, contrariando o atual almirante, seu antigo líder. É, portanto, um episódio da série “Enterprise” dentro da “Nova Geração”.
      Eu gostei da série “Jornada nas Estrelas: Enterprise”, mas, claro, ela não se iguala à série clássica com o capitão Kirk e o seu oficial de Ciências Spock, a série que deu origem a tudo. Vale pela curiosidade, assistir a uma série baseada em uma das minhas preferidas quando criança. Vale por isso e para divertir, e é isso que importa. fr

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