SEJA ÉTICO

SEJA ÉTICO: Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução do conteúdo deste blog com a devida citação de sua fonte.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Becos dos Barbeiros e das Cancelas

    Após a sua fundação, no século 16, a cidade do Rio de Janeiro cresceu sem planejamento urbanístico, com muitas ruas pequenas e becos estreitos. Muitos desses becos desapareceram com as sucessivas reformas que foram realizadas ao longo do tempo. Eu vou mostrar um pouco de dois becos que ainda restaram no Rio, e que preservaram a pavimentação original, contando um pouco da sua História e mostrando como estão atualmente com muitas fotos que eu tirei recentemente.
     Em pleno Centro do Rio de Janeiro, uma estreita passagem de pedestres liga a Rua Primeiro de Março e a Rua do Carmo destacando-se por sua pequena extensão e nome curioso. O Beco dos Barbeiros foi aberto no século 18, com a construção da Igreja da Ordem Terceira do Carmo, sendo, portanto, um dos mais antigos do país. E o nome deve-se à grande quantidade de barbeiros que residiam no local. De acordo com informação que eu apurei na página da prefeitura, esse nome foi dado em 1917; tendo sido alterado em 1938 para ‘Travessa dos Barbeiros’; novamente mudado em 1946, desta vez para ‘Travessa Onze de Agosto’; e, finalmente, voltou a ser ‘Beco dos Barbeiros’ em 1964.

      Durante o período colonial, os barbeiros não apenas cortavam cabelo, mas, também, arrancavam dentes, já que à época os médicos não faziam esta atividade. E no Beco dos Barbeiros estavam os melhores profissionais da cidade, já que muitos que exerciam essa profissão costumavam atender em local aberto, como no Largo do Paço, atual Praça 15 de Novembro. Atualmente, de um lado estão restaurantes e prédios comerciais e do outro, claro, a igreja. Bem próximo, está o Beco das Cancelas, que liga a Rua do Rosário e a Rua Buenos Aires. 
      O nome deve-se à existência, durante o início do século 20, de cancelas nas duas extremidades do beco a fim de impedir a passagem durante a noite. De acordo com a prefeitura, o nome foi reconhecido oficialmente também em 1917, e o seu nome anterior era Travessa Augustura. É apontado como o mais estreito da cidade, e foi tombado pelo IRPH (Instituto Rio Patrimônio da Humanidade), da prefeitura do Rio, em 2008. Vejas as fotos que eu fiz. fr

Nenhum comentário: