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sábado, 5 de agosto de 2023

A Europa tem que devolver o que roubou dos países que colonizou!

    Vários países europeus estão sendo obrigados a encarar o seu passado colonialista, e a devolver obras de arte e tesouros históricos e culturais roubados dos países que colonizaram. O presidente francês Emmanuel Macron solicitou, em 2018, um estudo sobre o patrimônio de origem africana nas instituições públicas do seu país, e a indicação é que todos os objetos retirados sem autorização de seus países de origem sejam devolvidos. As demais nações europeias sentiram-se na obrigação de fazer o mesmo.
    O Jesus College, colégio da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, e a Universidade de Aberdeen, na Escócia, devolveram uma escultura cada à Nigéria no ano passado. E o Museu Horniman, também na Inglaterra, anunciou ano passado que devolverá 72 objetos saqueados da Nigéria no século 19. A Alemanha devolveu mais 1.100 objetos históricos a países africanos. A Justiça dos Estados Unidos determinou ao Metropolitan Museum of Art, localizado em Nova Iorque, que devolva ao Egito 16 tesouros avaliados em quatro milhões de euros.
    Este ano, o Museu do Vaticano devolveu à Grécia três peças históricas de 2.500 anos do Partenon. Em Portugal, o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, prometeu, em 2022, analisar a devolução do patrimônio das ex-colônias, incluindo o Brasil. Na Bélgica, o antigo Museu Real da África Central, rebatizado como Museu África, possui 180 mil objetos retirados daquele continente. Outros tantos tesouros históricos foram roubados dos países da América Central e do Sul. A África do Sul quer que o Reino Unido lhe devolva o “Estrela da África”, um dos maiores diamantes do mundo e que está em um dos cetros usados pela rainha Elizabeth II.
    Vários outros museus europeus, como o de Louvre, na França, e do British Museum, na Inglaterra, possuem um acervo que atrai a visitação de milhares de pessoas no mundo todo anualmente, grande parte retirado ilegalmente de outros países. Se todos os tesouros roubados fossem devolvidos a seus países de origem, muitos museus na Europa perderiam muito de sua importância e atração turística. A devolução aos países de onde todas as obras de arte e objetos históricos foram roubados provoca a reação de alguns mais resistentes e temerosos de perder tudo o que foi acumulado ao longo dos séculos, mesmo que de maneira desonrosa. Na foto, abaixo, a rainha Elizabeth II segura o cetro de ouro e o orbe durante sua coroação em 1953. fr

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