A Catedral da Sé de São Paulo é um dos principais templos religiosos do Brasil. O seu nome oficial é Catedral Metropolitana Nossa Senhora da Assunção e São Paulo, e ela fica na Praça da Sé, local de grande concentração de pessoas na capital paulista. Eu visitei a região durante as minhas férias em maio deste ano, conheci a catedral e assisti a uma missa lá. Catedral é a principal igreja de uma diocese, sua sede, administração sobre responsabilidade de um bispo, na estrutura da Igreja Católica. A Catedral da Sé é enorme e linda, vale a pena conhecer. E foi tombada, em 2016, pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo) como patrimônio histórico do estado.
É interessante conhecer um pouco da História da Catedral da Sé até a construção atual. Em 1598, portanto, não muito tempo depois da chegada dos portugueses ao Brasil, teve início a construção da Igreja Matriz de São Paulo. Em algumas fontes que eu pesquisei é informado ter sido antes, em 1591; eu optei pela informação dada pela própria Arquidiocese de São Paulo, assim como em outras situações semelhantes. A igreja somente foi concluída em 1612, no local onde está atualmente o Monumento ao padre José de Anchieta, a poucos metros da construção atual. Em 1745, quando São Paulo tornou-se sede da diocese, a igreja foi demolida para a construção de uma maior, em estilo barroco, finalizada em 1764. Mas em 1911, esta catedral foi também demolida.
A atual Catedral da Sé começou a ser construída no ano seguinte, mas somente foi inaugurada em 25 de janeiro de 1954, quando se comemoraram os 400 anos da fundação da cidade de São Paulo, mesmo ainda não totalmente concluída. Nesse intervalo, o mundo sofreu com duas Guerras Mundiais. As torres da catedral foram terminadas apenas em 1969. Os mosaicos, mobiliário e as esculturas vieram da Itália, por navio. Os vitrais registram passagens bíblicas e históricas, como a chegada dos portugueses ao Brasil. A catedral é em estilo eclético por mesclar estilos diferentes, com a predominância do neogótico, inspirada nas principais catedrais medievais da Europa, mas com a sua cúpula em estilo renascentista, sendo considerada um dos maiores templos neogóticos do mundo. O projeto técnico é do alemão radicado no Brasil Maximilian Hehl, professor de Arquitetura da Escola Politécnica, falecido em 1916.
A Catedral da Sé é a maior igreja da cidade de São Paulo e uma das maiores do Brasil e do mundo, com 65 metros de altura, sem contar as torres; 111 metros de comprimento e 46 metros de largura. As duas torres têm 92 metros cada. Foram utilizados granito maciço e 800 toneladas de mármore no interior da catedral. Ela tem capacidade para receber 8.000 pessoas. O órgão da catedral foi feito em Milão, na Itália, e é considerado o maior órgão de tubos da América Latina, com cinco teclados manuais e cerca de 12 mil tubos sonoros, com figuras entalhadas à mão, de acordo com o estilo gótico.
À entrada, à direita, tem o Batistério, a pia batismal, mas ela é totalmente gradeada e a entrada somente é permitida com autorização da administração. No subsolo, abaixo do altar principal, está a cripta da catedral, inaugurada em 1919, onde estão os restos mortais dos padres Manuel da Nóbrega e José de Anchieta, e do cacique Tibiriçá, indígena aliado dos portugueses, convertido e batizado com o nome de Martim Afonso Tibiriçá. O cacique foi o responsável pela escolha do local onde foi construída a igreja, no século 16. Os três tiveram grande participação na fundação de São Paulo. Estão sepultados na cripta, também, bispos e arcebispos de São Paulo, como, por exemplo, Dom Paulo Evaristo Arns.
A Catedral fica na Praça da Sé, que se desenvolveu e teve o seu nome popularizado pela presença do templo católico. A impressão que eu tive da Praça da Sé é ser um lugar amplo e perigoso. Havia muita gente aglomerada, muitos que residem na rua, mas têm muitos policiais. Eu conheci, também, o Marco Zero de São Paulo, que está localizado em frente à Catedral da Sé. O Marco é um hexágono revestido de mármore, adornado pelo escultor francês Jean Gabriel Villin, inaugurado em 1934. É o centro geográfico da cidade, ponto de referência para a numeração das rodovias estaduais e dos imóveis: quanto mais próximo a ele menor é a numeração. E tem, em cada face, as seguintes representações: o Paraná (sul), Santos (sudeste), Rio de Janeiro (nordeste), Minas Gerais (sudoeste), Goiás (noroeste) e Mato Grosso (sudoeste). O Marco Zero foi tombado em 2007 pelo Conpresp (Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo). Fontes principais de pesquisa: Arquidiocese de São Paulo e Wikipédia. fr
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