Hoje, dia 3 de novembro, faz 66 anos da morte da cadela soviética Laika, o primeiro ser vivo lançado na órbita da Terra, no início dos testes para o envio de foguetes tripulados com seres humanos ao espaço. Laika era uma vira-lata de Moscou, de três anos, e foi escolhida para ocupar a nave Sputnik 2, que tinha o tamanho aproximado de quatro metros de altura por dois de diâmetro. E Laika ficava dentro de um container menor do que o tamanho de uma máquina de lavar atual.
O voo tinha uma duração prevista de sete dias, a nave contava com um estoque de comida, em forma de geleia, e o animal tinha uma bolsa para a coleta de resíduos. Como a cabine não tinha muito espaço para ela se movimentar, Laika ficou atrelada a um equipamento de segurança que impedia que ela se movimentasse e ficasse solta na nave. A sua pressão arterial, frequência cardíaca e respiratória eram monitoradas por um equipamento de eletrocardiograma.
Antes de Laika, desde 1951 a antiga URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) lançou 12 cães em voos balísticos suborbitais, ou seja, voos em que as naves atingem o espaço, mas não têm velocidade para seguir em uma trajetória horizontal, alcançando uma altura máxima e retornando à Terra em queda livre. Os Estados Unidos também lançaram animais em voos semelhantes à época. Tudo isso tinha o objetivo de testar as reações e a capacidade de sobrevivência de seres vivos em condições de microgravidade para futuros voos com seres humanos. O Sputnik 2 tinha, ainda, a missão de medir a irradiação solar e os raios cósmicos.
Laika morreu poucas horas após o lançamento do Sputnik 2, devido ao forte estresse causado pelo superaquecimento da cabine ao entrar em órbita, o que provocou uma elevação muito grande do seu batimento cardíaco. A causa provável foi uma falha que impediu a separação do motor central do foguete R-7 da carga útil. O governo soviético à época divulgou que a morte de Laika somente teria ocorrido no sexto dia da missão e porque o oxigênio teria acabado. Apenas em 2002, tempos depois da desintegração da antiga União Soviética e já sob a bandeira da Rússia, foi divulgada a verdade.
Um dos técnicos soviéticos que participaram do lançamento da Sputnik 2 em 1957 declarou anos depois: “Após colocar Laika na cápsula, e antes de fechar a escotilha, beijamos seu nariz e lhe desejamos boa viagem, sabendo que ela não sobreviveria ao voo.” Laika foi homenageada em 11 de abril de 2008 pelo governo russo com um monumento próximo ao Centro de Pesquisa Militar de Moscou, onde foi organizado o voo do Sputnik 2.
Em seguida ao Sputnik 2, a União Soviética ainda mandou mais 12 cachorros ao espaço, sendo que somente cinco retornaram com vida. Muito tempo depois é que os testes com animais para o desenvolvimento de projetos espaciais passaram a ser significativamente questionados. Na época da chamada corrida espacial, durante as décadas de 1950 e 1960, a maior preocupação era em conseguir levar um ser humano à Lua, não havia uma, ainda, uma consciência quanto aos sofrimentos físico e psicológico impostos aos animais. Fonte de pesquisa: Wikipédia. fr
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