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quarta-feira, 1 de novembro de 2023

Os negócios falaram mais alto e presidente da FIFA anuncia Arábia Saudita como sede do Mundial de 2034

Em uma clara demonstração de que os lucros são mais importantes do que conceitos como direitos humanos e justiça social, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, anunciou, ontem, que a Arábia Saudita será a sede da Copa do Mundo de 2034. A Austrália desistiu de disputar a escolha como sede e deixou, assim, a Arábia Saudita como candidatura única. É o sucesso da política conhecida como sportswashing, que consiste no investimento com muito dinheiro no esporte para melhorar a imagem de uma ditadura. A monarquia absolutista da família Saud vem investindo em grandes eventos esportivos, como Fórmula-1 e o futebol, que atraem grande visibilidade mundial. O país contratou grandes nomes do futebol, como o português Cristiano Ronaldo, o brasileiro Neymar e o francês Benzema. Tudo para tirar de foco a ausência de democracia, a falta de liberdade de imprensa, a falta de liberdade religiosa, o tratamento desigual às mulheres e o desrespeito aos direitos humanos. Em 2018, o jornalista saudita Jamal Khashoggi, que fazia críticas ao regime do primeiro-ministro Mohammad bin Salman, foi assassinado dentro do consulado saudita na Turquia. De acordo com a imprensa dos Estados Unidos, a inteligência do governo estadunidense apurou que o assassinato foi ordenado pelo primeiro-ministro. Há muita hipocrisia entre as pessoas: se a ditadura for pobre e miserável ela é condenada e deve ser combatida, mas se for rica e poderosa ela é aceita e torna-se um parceiro de negócios. Na foto, abaixo, o presidente da Fifa e o primeiro-ministro da Arábia Saudita. fr

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