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segunda-feira, 11 de março de 2024

Em eleição muito disputada, Portugal escolhe parlamentares que definirão novo primeiro-ministro

Neste domingo, dia 10 de março, os portugueses foram às urnas votar, em uma eleição antecipada em dois anos devido à renúncia do primeiro-ministro Antônio Costa, em novembro do ano passado.  Em Portugal, ao contrário do Brasil, o voto é facultativo. O resultado mostrou uma disputa muito apertada. Com 99% das urnas apuradas, a coligação da AD (Aliança Democrática), liderada pelo PSD (Partido Social-Democrata), venceu o PS (Partido Socialista), do primeiro-ministro Antônio Costa, no poder desde 2015. O partido ultra-radical Chega foi a terceira força, com o candidato André Ventura (uma versão mais bem apresentada do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro) defendendo propostas como estabelecer cotas anuais de autorização de imigrantes e revogar o acordo de mobilidade entre os países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), aí incluído o Brasil. A AD elegeu 79 parlamentares, antes tinha 77; o PS 77, perdendo bastante representatividade, já que tinha 120; e o Chega cresceu, de 12 parlamentares para os 48 que elegeu ontem. Ainda faltam quatro parlamentares a serem eleitos. Em Portugal, os eleitores votam em partidos para definir os 230 deputados da Assembleia da República, e, em geral, o escolhido para primeiro-ministro é o líder do partido vencedor das eleições; a nomeação é feita pelo presidente da República. Antônio Costa governou desde 2015 e enfrentou várias denúncias de má administração pública e corrupção. O comentarista político Luís Marques Mendes prevê muita instabilidade no país, devido à falta de uma maioria maus ampla do futuro primeiro-ministro: "Perante este resultado a AD deveria fazer um entendimento com o Chega? Se Montenegro [candidato da AD] disse que 'não é não' não pode agora dizer o contrário, viria aí uma crise de credibilidade. Nunca tivemos uma noite eleitoral tão instável como esta, é um ambiente terrível e saio desta noite profundamente preocupado e a vaticinar que vamos ter novas eleições legislativas em janeiro ou fevereiro do próximo ano." fr

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