Imagina você descobrir, de uma hora para outra, que você é considerado como “desaparecido” e “teoricamente” está sendo procurado pela polícia... Foi o que aconteceu com Dayana Springs, de 30 anos, em Curitiba, no Paraná. No final de setembro, ela precisou ir a uma delegacia fazer o registro de um roubo sofrido e a perda de seus documentos. Na delegacia, os policiais informaram que ela constava como “desaparecida” desde o ano de 2008! Depois, ela entendeu o que aconteceu. Àquela época, com apenas 13 anos, ela morava com uma tia na cidade de Toledo, no Oeste do estado, e fugiu para a casa de uma amiga. Desesperada, a tia registrou o desaparecimento na polícia. O absurdo de tudo isso aconteceu a partir do retorno de Dayana para casa. Primeiro, a família não voltou à polícia para comunicar que a adolescente tinha sido encontrada. Segundo, nos últimos anos Dayana já tirou vários documentos oficiais e nunca a comunicaram de que ela estava sendo procurada. E também não registraram que ela estava solicitando o documento, portanto, teria sido teoricamente “encontrada”. Ela foi até a DHPP (Delegacia de Proteção à Pessoa) do Paraná, onde descobriu que o processo estaria arquivado desde 2019, ou seja, 11 anos depois do registro feito pela tia. "Me deram um documento confirmando que eu não estava mais no banco de dados. Disseram que Toledo é uma cidade pequena e, em 2008 o registro ainda era feito em papel. Houve demora para digitalizar no sistema, e provavelmente o caso não foi arquivado na época correta. Achei tudo muito confuso, onze anos e ninguém me procurou", assustou-se Dayana. Que coisa! Imagina a quantidade de pessoas desaparecidas de verdade pelo Brasil que poderiam ter sido encontradas para as suas famílias, mas o sistema burocrático não as identifica... Um absurdo! fr
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