O REFÉM – ATENTADO EM MADRI (“Todos los nombres de Dios”)
Espanha, Drama, 2023
Direção: Daniel Calparsoro
Com: Luís Tosar, Nourdin Batán, Inma Cuesta
Santi (Luís Tosar) é um taxista, em luto pela morte recente da filha, vítima do câncer. Após deixar uma passageira no aeroporto de Madrid, duas bombas explodem em um atentado terrorista. Em meio ao caos, Santi ajuda um rapaz que estava sangrando, aparentemente uma das vítimas, e o leva até o seu carro para conduzi-lo até um hospital, mas, na realidade, ele era um dos três terroristas, Hamza (Nourdin Batán), filho de uma família muçulmana, que se arrependeu e não explodiu a bomba que carregava em um colete preso no peito. O taxista é obrigado a ajudar o rapaz a fugir, mas os dois são encontrados pelos terroristas, que colocam o colete com os explosivos com sensores de movimento no peito do taxista, fazendo com que ele tenha que andar pelas ruas do Centro de Madrid, e não possa parar em momento nenhum, o que ativaria a bomba. A intenção era fazer com que o mundo visse a explosão em plena cidade de Madrid. A Guarda Civil tem que lutar contra o tempo para tentar evitar que os explosivos fossem detonados. O título do filme grafa erroneamente Madrid sem a letra d ao final, mas eu prefiro desta forma, como foi definido pelo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 2009. Eu gostei do filme, prende a atenção e tem suspense. Não assisti com a preocupação de encontrar equívocos, que existem em grande quantidade de filmes, principalmente de Hollywood, mas listo algumas inconsistências, apenas para comentar com os leitores.
Algumas inconsistências:
- Após a explosão no aeroporto, as portas de vidro da entrada permaneceram intactas.
- A Gran Vía, a região onde Santi tem que andar para evitar que a bomba seja acionada, é a mais movimentada da cidade de Madrid. Hoje em dia, as pessoas fazem de tudo para tirar fotos e filmar qualquer acontecimento para postar nas redes sociais. No filme, todos os prédios por onde Santi passava estavam com as janelas fechadas, não tinha ninguém fotografando ou filmando um homem com um colete com explosivos preso ao corpo andando e um monte de policiais com armas pesadas em volta na capital do país.
- Quando Hamza entra na mercearia, mantendo o taxista perto dele o tempo todo, em uma atitude muito suspeita, como se o estivesse mantendo refém, e ainda com o rosto sujo de sangue, o senhor que está no caixa parece nem se importar com isso, mesmo tendo ocorrido uma explosão no aeroporto da sua cidade há poucos minutos, deve ser rotina para ele entrar alguém com sangue no rosto e no pescoço na loja.
- Santi recebe um golpe na cabeça e é levado, desmaiado, de uma estrada para o banheiro de uma estação de metrô. Como é que os terroristas conseguiram entrar com um homem desmaiado em um local supermovimentado e deixá-lo caído no banheiro, sem ninguém ver? E ainda deixaram um telefone celular no banheiro e ninguém o pegou?
- Quando Santí saí do banheiro, e as pessoas que estavam na estação afastam-se dele com medo, ninguém tirou fotos, nem o filmou para postar nas redes sociais, e, assim, a imprensa não ficou sabendo. Impossível isso acontecer hoje em dia, quando o que mais se vê são pessoas fazendo de tudo para filmar e postar imagens midiáticas.
- O policial tenta, desesperadamente, durante vários minutos, tirar os cadeados do colete que está preso no taxista com uma serra elétrica, antes que os explosivos fossem detonados. Sozinho. Não tinha outro policial que pudesse ajudá-lo para ser mais rápido? Não tinham um alicate daqueles que quebram todo tipo de cadeado para ser mais rápido? fr
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