Em 2018, estive a passeio em Lisboa levando minha mãe, que é portuguesa. Ela passou mal logo na madrugada do dia em que chegamos a Lisboa, com pressão alta, provavelmente pelo cansaço da viagem. Eu a levei à emergência do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, em Amadora. Após uma triagem feita de forma muito rápida e superficial, ela recebeu a pulseira verde, que não é de grande urgência, mas, mesmo assim, qualquer pessoa que esteja passando mal precisa ser atendida em um tempo mínimo porque qualquer que seja o problema pode agravar-se. Ficamos de 1:15 até 4:15 da manhã aguardando que a minha mãe fosse chamada, ela não aguentava mais ficar sentada em uma cadeira desconfortável na sala de espera e me pediu para que voltássemos ao hotel. E várias pessoas que tinham chegado antes de nós continuaram lá aguardando serem chamadas. De manhã minha mãe continuou passando mal e, junto com uma prima, eu a levei a outro hospital, o Amadora-Sintra, também do mesmo grupo do primeiro. Chegamos às 11:10 e somente saímos às 17:15. Depois dessa longa espera, minha mãe foi atendida por um médico português muito desatencioso, estúpido mesmo, mas para não agravar a situação não reclamei. Minha mãe recebeu um medicamento intravenoso (soro e sódio) e foi liberada, e depois eu comprei o medicamento para ela tomar e ela melhorou, felizmente. Muita gente não sabe no Brasil, mas o atendimento médico em Portugal é pago, mesmo nos hospitais públicos, com exceção para os aposentados. Na saída, fui, então, pagar pelo atendimento à minha mãe e, por mais incrível que possa parecer, descobri que o hospital queria me cobrar 101,91 euros pelo dia anterior, apesar da minha mãe NÃO TER SIDO ATENDIDA! O valor foi muito alto porque na pressa e porque eu ainda não tinha desfeito a mala eu não tinha levado o documento de direito à assistência médica em Portugal, mais conhecido como ‘PB-4’, que eu tirei antes de viajar para mim e para minha mãe, só levei na segunda vez. É um acordo de reciprocidade entre o Brasil e Portugal. Reclamei e acabei pagando 14 euros pelo atendimento daquele médico português despreparado para atender ao público e mais 14 euros pela madrugada anterior, apesar da minha mãe NÃO TER SIDO ATENDIDA POR MÉDICO NENHUM devido à demora. É atendimento de emergência! Se não houve atendimento por nenhum médico chega a ser desonesto querer cobrar como se tivesse havido! Mesmo assim resolvi pagar para não estragar minha viagem, que era um passeio e não queria transformá-lo em um aborrecimento maior. Mas, então, foi essa a minha experiência em Lisboa com o atendimento médico português. Cobraram-me 14 euros por um atendimento que não existiu, longas demoras para atendimento e um médico português grosso e sem a mínima capacidade para atender as pessoas. Desde então, vejo pelas notícias da imprensa portuguesa, como a de hoje, dia 28 de setembro de 2025 (abaixo), que a situação nesse hospital apenas piorou! Esse hospital Amadora-Sintra é péssimo! Não consigo entender como um hospital desses continua funcionando! As pessoas que estão passando mal e recorrem a esse hospital precisam ser atendidas logo, e bem atendidas! Se o hospital, comprovadamente, não tem capacidade para oferecer um atendimento de boa qualidade a culpa é do governo que não toma uma atitude, não intervém! Aqui no Brasil costumamos criticar o atendimento dos hospitais, mas em Portugal não é muito diferente! Triste! fr
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