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quinta-feira, 18 de setembro de 2025

O Rio de Janeiro tem um bunker da Segunda Guerra Mundial na Praça do Expedicionário, no Centro da cidade


Muitos não sabem, mas no Brasil também foram construídos bunkers durante a Segunda Guerra Mundial. Bunkers são abrigos subterrâneos utilizados para a proteção de ataques, no caso os possíveis ataques de aviões inimigos com bombas. Em 1942, durante o governo de Getúlio Vargas, o Brasil entrou na guerra, junto aos países aliados, e o Rio de Janeiro ainda era a capital do país, passando a ser um alvo de possíveis ataques aéreos alemães. Felizmente, isto nunca aconteceu. Mas vários bunkers foram construídos, principalmente na capital, e dezenas deles sobreviveram no tempo, a maioria adaptados atualmente como garagens, principalmente em prédios residenciais em Copacabana, mas, também, no Flamengo, Ipanema, Humaitá e Centro. Esses abrigos precisavam ter lajes de concreto armado que suportassem o impacto de 1.500 quilos. E um desses bunkers, o único que que chegou a ser concluído no Centro do Rio, é onde fica a atual Praça do Expedicionário, com 13 mil metros quadrados de área e localizada ao lado da Avenida Presidente Antônio Carlos e do Palácio da Justiça, sede do Tribunal de Justiça do estado do Rio. À época, os prédios dos ministérios funcionavam bem próximos, com a concentração de centenas, talvez alguns milhares de funcionários públicos, além de outras pessoas que frequentavam a região, o que a tornava um alvo em potencial de possíveis ataques alemães. Eu passo por lá diariamente. Não existe mais uma entrada aberta ao público para o bunker, as entradas são somente para pessoal autorizado. Pelo que eu pesquisei, na época da sua construção havia uma rampa de acesso que ligava o outro lado da Avenida Antônio Carlos até as entradas públicas dos bunkers, a fim de agilizar o deslocamento rápido das pessoas que trabalhavam nos ministérios, assim que soassem as sirenes avisando o possível ataque. Eu não encontrei registros de um possível nome anterior da Praça do Expedicionário. Ela foi revitalizada e reinaugurada em 16 de janeiro de 2016, recebendo esse nome para homenagear os brasileiros que fizeram parte da FEB (Força Expedicionária Brasileira), que participou dos combates na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, integrada às tropas dos Estados Unidos. No local, estão o monumento em homenagem ao barão do Rio Branco, com 31 metros de altura, de autoria do escultor francês Félix Maurice Chapentier com a colaboração do escultor brasileiro Hildegardo Leão,inaugurado em 1943; e a estátua de Rui Barbosa. As pessoas passam pela praça todos os dias mas nem fazem ideia de que estão pisando em cima de um bunker da Segunda Guerra Mundial! 
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