Muitos portugueses estão recusando-se a alugar os seus imóveis a estrangeiros, o que é mais um exemplo claro de preconceito, de xenofobia que domina Portugal. Os portugueses estão espalhados pelo mundo, Portugal é um dos países que mais exporta mão de obra barata pela Europa e pelos Estados Unidos, será que eles gostariam de sofrer essa discriminação nos países aonde eles emigram? Não, claro que não! Mas é assim que eles estão tratando os estrangeiros em Portugal. Eu li em uma matéria recente no jornal português Expresso, do dia 20 deste mês, que muitos brasileiros estão sofrendo esse tratamento, que, evidentemente, é ilegal em qualquer país decente do mundo. A matéria cita um brasileiro que morava em São Paulo que, apesar de ter um ótimo padrão de vida, saiu do Brasil porque a esposa recebeu uma proposta para trabalhar em Portugal e ele foi junto. Ele diz que, apesar de ter condições de pagar o valor pedido, quando o proprietário português soube que ele era do Brasil tudo mudou: “Percebi um preconceito muito forte. Só de falar que és brasileiro, já muda a conversa. Houve um [proprietário] que falou: ‘Eu vi os seus documentos, você tem um poder aquisitivo alto, mas eu não arrendo [alugo] para brasileiros.” É revoltante! Ainda de acordo com o jornal, a presidente da Casa do Brasil de Lisboa, Ana Paula Costa, alerta que a discriminação em Portugal tem crescido assustadoramente: “Aumentou o discurso de ódio e os movimentos anti-imigração. O discurso político ficou muito mais polarizado.” Este comportamento é ilegal, conforme o jornal esclarece: “Para Nuno Madeira Rodrigues, [coordenador de Direito Imobiliário na Fieldfisher Portugal, empresa de consultoria jurídica] a Constituição portuguesa é clara em relação à discriminação. “ ‘Ninguém pode ser privilegiado, denunciado, prejudicado ou privado de qualquer direito ou isento de deveres em razão da ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas.’ Sendo assim, negar um arrendamento para cidadãos estrangeiros é ilegal, entende o advogado.” Uma vergonha! fr
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