A prova de que o multilateralismo não predomina no mundo é a aprovação na ONU pela enorme maioria do mundo resolução solicitando o fim do boicote liderado pelos Estados Unidos contra Cuba. Nesta quarta-feira, dia 29, a Assembleia Geral da ONU aprovou pela 33ª vez consecutiva, como faz anualmente desde 1992, resolução contra o boicote econômico, político e financeiro a Cuba, que teve início na década de 1960, ainda durante a Guerra Fria. Foram 165 países votando a favor do fim do bloqueio, inclusive o Brasil, 12 países que se abstiveram e somente sete países contra a resolução (Estados Unidos, Israel, Ucrânia, Argentina, Macedônia do Norte, Hungria e Paraguai). Como se vê, os países que ficaram ao lado dos Estados são países que dependem desesperadamente daquele país. A Ucrânia, por exemplo, precisa da ajuda dos Estados Unidos na guerra que está travando com a Rússia. A Argentina precisa daquele país também por acordos recentes firmados entre os dois países. Israel é dependente histórico da ajuda estadunidense. E por aí vai. Mas, apesar do mundo em peso condenar o bloqueio há anos, os Estados Unidos não dão a mínima! Eles fazem apenas o que querem, não se importam com o que o mundo pensa ou deixa de pensar. O bloqueio a Cuba impede que o país caribenho tenha acesso a produtos essenciais para o seu povo, inclusive medicamentos e tecnologias e receba investimentos estrangeiros que possibilitariam a melhoria da qualidade de vida da sua população. É boicote porque os Estados Unidos não fazem um embargo unilateral apenas, eles impõem aos demais países do mundo que sigam o bloqueio, porque as empresas estrangeiras que não seguirem serão proibidas de realizar negócios com a nação mais rica e poderosa do mundo. Os empresários estrangeiros, claro, acabam intimidando-se e, para não perder negócios mais vantajosos com os Estados Unidos, acabam deixando de fazer negócios com Cuba, um país pequeno. Agora, por que os Estados Unidos não fazem um bloqueio, por exemplo, contra China, a maior ditadura comunista do mundo? Porque a China tem um mercado consumidor de mais de 1,4 bilhão de pessoas e representa lucro, muito lucro! Os Estados Unidos não dão a mínima para democracia e direitos humanos, seja em Cuba ou na China, somente dão importância a dinheiro! fr

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