Ontem,
às 11h30 da manhã, eu presenciei um assalto em plena Avenida Rio Branco, a mais
importante e movimentada do Rio de Janeiro. Eu me deslocava do Largo da Carioca
em direção ao Terminal Menezes Cortes, atravessando a avenida, e um rapaz, de terno, passou por mim falando ao celular. Atrás
dele correu outro, arrancou o telefone da sua mão e, junto com um comparsa,
fugiu. O rapaz assaltado ainda deu um grito, mais de conformismo do que de
uma possível reação: "Ei!". Mas nem esboçou correr atrás dos dois
bandidos, adultos e vestidos de tênis e calça jeans. Um com camisa pólo,
outro com camisa esporte. Nada que despertasse qualquer suspeita, os dois passavam
por trabalhadores, como tantos que andam diariamente pelo Centro do Rio. Um
deles, o comparsa, acima do seu peso ideal, se precisasse correr para fugir de uma
perseguição, muito provavelmente não conseguiria. Mas, foi justamente ele que,
virando-se para trás, ainda deu uma debochada do rapaz assaltado, repetindo
desafiadoramente o mesmo grito, como se quisesse dizer que "já era,
perdeu!".
Assistir
a uma cena dessa tão de perto, apesar de ser algo que se repete várias e várias
vezes todos os dias nas grandes capitais brasileiras, é chocante e muito revoltante.
Os dois assaltantes estavam tão confiantes do sucesso do seu crime, que nem
correram com muito empenho, parece que já esperavam que o assaltado não
iria atrás dele, como de fato não foi, nem que seriam perseguidos por mais ninguém, como, de
fato, não foram. Não vi nenhum policial, nem mesmo guarda municipal, por perto.
E as pessoas continuaram as suas vidas, aceitando mais esse crime como parte de suas rotinas diárias. Esse tipo de crime, em que roubam celulares, cordões, bolsas ou carteiras das
pessoas é muito comum, principalmente no Centro do Rio. Já que a polícia não
pode estar sempre à espreita, pronta para prendê-los, ela poderia instalar câmeras
no alto dos postes nas principais vias de movimento da cidade, onde sabidamente
ocorre um grande número de roubos como esses.
As
imagens serviriam para identificar esses ladrões, que agem livremente sempre
nos mesmos locais. O mesmo empenho que o governo usa para registrar o momento
em que motoristas ultrapassam sinais de trânsito ou o limite de velocidade para
multá-los, poderia utilizar para prender esses bandidos. Infelizmente, os
nossos governantes estão mais preocupados em arrecadar com as multas do que
levar segurança às pessoas. Mas, no período de Copa do Mundo e de Olimpíadas,
tenham certeza, o Rio de Janeiro será um dos locais mais seguros do mundo. Querendo passar uma falsa imagem de eficiência para o mundo, os
governantes vão encher as ruas de patrulhas e policiais, além dos guardas
municipais. E talvez até tanques militares, como já fizeram em outras ocasiões,
como a Rio-1992. Pelo menos nos locais onde serão realizados os eventos
esportivos e nas áreas turísticas, como praias, Pão de Açúcar, Lagoa Rodrigo de
Freitas etc. Terminados esses eventos, o povo carioca vai voltar à dura
realidade. Esse filme nós já vimos várias vezes! fr
Um comentário:
Infelismente é para mim o mair problema desse GRANDE PAÍS BRASIL. Eu o que o diga, pois sou, um homem do MARACANÃ, que as vezes saia do jogo as 22:00 horas, e tinha sempre surpresas na saída.
E é uma situação indescritivel, nesse momento, em que eu passava. Muitos queriam me ajudar, mais eu achava o contrário.
A COPA DE 2014 está, já aí. E que a segurança tambem. Pois, todos sabemos que 2014 os olhos do MUNDO vão estar no BRASIL.
Mais vai correr tudo bem, felizmente no BRASIL tem muitas pessoas boas.
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