Coprodução: Itália, França; 2011; Drama
Direção: Nanni Moretti
Com: Michel Piccoli, Nanni Moretti, Jerzy Stuhrmais
Antes, um aviso: o meu
texto a seguir conta o final do filme; portanto, se deseja assisti-lo, não leia
até o final!
Outro dia, assistindo a
GloboNews, discutiam a abdicação do Papa Bento 16, anunciada para o próximo dia
28, e a jornalista Maria Beltrão fez referência ao filme "Habemus
Papam". Eu, então, passei a procurar o filme e, depois de muita insistência,
o encontrei no youtube. Dublado e com boa qualidade de imagem. No filme, os
cardeais se reúnem em conclave para a escolha de um novo Papa. Mas, o
escolhido, após aceitar diante dos demais, acaba sentindo a responsabilidade às
vésperas de ser anunciado ao mundo, na sacada do Vaticano. Ele entra em pânico
e se recusa a saudar a multidão que aguarda o novo Papa. A partir daí, após um
médico atestar que ele está em perfeitas condições físicas, o porta-voz do
Vaticano procura um psicólogo, interpretado pelo diretor do filme, o italiano
Nanni Moretti. Pressionado, ao ser levado para uma visita a uma outra psicóloga
em Roma, o Papa consegue fugir e passa a conversar com pessoas, sem que elas
soubessem quem ele era, tentando conseguir forças para enfrentar a situação.
Durante três dias, nem os cardeais que ainda se encontravam reclusos no
Vaticano, nem o mundo, sabiam quem seria o novo Papa; que o recém-eleito
passava por aquela situação; e, pior, andando pelas ruas de Roma. Eu tinha
grande expectativa em relação ao filme, acreditava que era uma comédia, mas
acabei achando o filme cansativo. O final é surpreendente e, diante do momento
que a Igreja Católica vive, é a melhor parte do filme. O Papa, enfim, vai à
sacada saudar a multidão e, para espanto dos cardeais e surpresa geral das
pessoas, diz não se sentir preparado para assumir a responsabilidade de ser
Papa, e abdica. Fim. O filme é de 2011, portanto, recente, mas, que eu saiba,
não teve grande repercussão no Brasil. Entrevistado recentemente pelo jornal
italiano La Repubblica, o diretor disse que a estória do seu filme não
era algo que pudesse parecer crível. Mas acabou por se aproximar da realidade
vivida pela Igreja Católica atualmente, o que é muito curioso. fr
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