Estive ontem visitando e conhecendo o interior do Pantheon
de Caxias, localizado em frente ao Palácio Duque de Caxias, do Exército, e bem
próximo à Central do Brasil. Local por onde passam milhares de pessoas
diariamente, e que, em sua enorme maioria, nem se dão conta de sua presença,
até porque está fechado à visitação há anos. Eu obtive autorização prévia e por
escrito, através de email, do diretor do Pantheon, e mesmo estando na companhia
de dois soldados, fui abordado duas vezes quando estava fora do Pantheon
propriamente, e sim na parte de cima e próximo à entrada. Tudo porque um
oficial de dentro do prédio do Exército queria saber "quem autorizou"
minha presença, tirando fotos, já que ele não tinha sido comunicado.
Infelizmente, no Brasil, o Exército trata os cidadãos afastando-os de suas
instalações, ao invés de aproximá-los. De qualquer maneira, conheci o interior,
onde estão os restos mortais de Duque de Caxias, Marechal Luis Alves de Lima e
Silva, e de sua esposa, Ana Luisa de Loreto Carneiro Vianna de Lima, Duquesa de
Caxias, transladados do cemitério do Catumbi para o Pantheon em 25 de agosto de
1949, quando este foi inaugurado. Ele foi construído pela prefeitura do então
Distrito Federal e, depois, entregue ao Exército. Inicialmente, seria mais um
monumento da cidade, já que foi pago pelos seus cidadãos, mas acabou ficando
sob o controle militar. O mesmo se deu com a estátua em bronze de Duque de
Caxias montando seu cavalo, que fica no alto do Pantheon. Ela foi inaugurada em
1889 e ficava localizada no Largo do Machado, de onde saiu com a inauguração do
Pantheon. Fundida em Paris, e de autoria de Rodolfo Bernadelli, também era da
cidade. Resumindo, tanto a estátua, quanto o Pantheon, foram pagos pela
população, mas acabaram ficando nas mãos do Exército, que impede que as pessoas
se aproximem, a não ser que tenham autorização. Dentro do Pantheon, estão
também as réplicas do sabre de oficial e do quepe de Caxias. De família de
militares, Duque de Caxias participou de várias batalhas, liderando o Exército
brasileiro na Guerra do Paraguai, sendo, por isso, elevado a duque por D. Pedro
II, o mais alto título da nobreza
brasileira, e o único a recebê-lo em todo Segundo Reinado. Patrono do
Exército desde 1962, no dia de seu nascimento (25 de agosto) é comemorado o Dia
do Soldado. fr
Um comentário:
Muito bacana, também queria conhecer. Matou um pouco da minha curiosidade.
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