
O monumento a D. João VI (1767-1826) fica de frente para a Baía de
Guanabara, próximo à estação das barcas, na Praça 15. Foi um presente do
governo de Portugal à cidade do Rio de Janeiro, em 1965, no quarto centenário
de sua fundação. Em março de 1808, vindo de Salvador, onde passaram pouco mais
de um mês, D. João VI e a Corte portuguesa desembarcaram ali perto, onde hoje
ainda tem o Chafariz do Mestre Valentim, construído em 1789, e do qual eu já
escrevi aqui no meu blog, em 8 de novembro de 2016.
A Corte de Portugal veio para o Brasil fugindo
da iminente invasão das tropas de Napoleão. À época, João
Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael de Bragança
(ufa!) era o príncipe regente, assumindo o trono de rei de Portugal somente em
1816, com a morte da mãe, a rainha D. Maria I. A rainha, no entanto, já não
mais governava desde 1792, quando foi declarada impedida devido a problemas
mentais.
Mesmo
após a deposição definitiva e o exílio de Napoleão, em 1815, o príncipe regente,
futuro rei, resolveu permanecer no Rio de Janeiro, governando o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves até o
seu retorno a Lisboa, em abril de 1821. Pressionado pelos deputados
portugueses, que exigiram que ele voltasse a Portugal, D. João VI deixou o
filho Pedro como regente, o representando no Brasil. Em setembro do ano
seguinte, como se sabe, o Brasil se tornou independente e este se tornou o seu
primeiro imperador, como D. Pedro I.
A estátua de D. João VI é de bronze,
e é de autoria do escultor Salvador Barata Feyo e do arquiteto Carlos Ramos,
ambos portugueses. O monarca está montado em um cavalo, segurando um globo
terrestre com a cruz de Cristo, que simbolizam a importância de Portugal na
História mundial, por conta de seus navegadores, e a forte presença da Igreja
no Estado. Em 1966, foi inaugurada na cidade do Porto, em Portugal, uma réplica
da estátua que está na Praça 15, também voltada para o mar, para que as duas
estivessem voltadas uma para outra. A intenção seria mostrar a forte ligação
entre as duas nações.
Desde
o dia 11 de junho de 2013, está colocado em frente ao monumento um moderno ‘QR
code’, ou seja, um código de resposta rápida. Ele foi feito com 400 quilos das
chamadas pedras portuguesas por calceteiros portugueses e brasileiros. Foi uma
iniciativa de uma empresa de publicidade portuguesa, com o apoio da Câmara Portuguesa de Comércio
e Indústria do Rio de Janeiro.
A
pessoa pode ter acesso a informações sobre a estátua, bastando sobrepor a imagem
do ‘QR code’ em um aplicativo próprio para este fim. Evidentemente, eu não
achei necessário experimentar, mas fica a dica. Eu tenho que acrescentar que
nem percebi a existência dele quando tirei as fotos, até porque não há nenhuma
sinalização que chame a atenção. Somente quando li um pouco sobre a história do
monumento na internet é que tomei conhecimento, e fiz questão de voltar lá para
registrá-lo. (Fontes de referência: Wikipédia e Câmara Portuguesa do Rio De Janeiro.) fr
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