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terça-feira, 27 de agosto de 2019

Estátua de D. João VI

 
          O monumento a D. João VI (1767-1826) fica de frente para a Baía de Guanabara, próximo à estação das barcas, na Praça 15. Foi um presente do governo de Portugal à cidade do Rio de Janeiro, em 1965, no quarto centenário de sua fundação. Em março de 1808, vindo de Salvador, onde passaram pouco mais de um mês, D. João VI e a Corte portuguesa desembarcaram ali perto, onde hoje ainda tem o Chafariz do Mestre Valentim, construído em 1789, e do qual eu já escrevi aqui no meu blog, em 8 de novembro de 2016.
 
          A Corte de Portugal veio para o Brasil fugindo da iminente invasão das tropas de Napoleão. À época, João Maria José Francisco Xavier de Paula Luís António Domingos Rafael de Bragança (ufa!) era o príncipe regente, assumindo o trono de rei de Portugal somente em 1816, com a morte da mãe, a rainha D. Maria I. A rainha, no entanto, já não mais governava desde 1792, quando foi declarada impedida devido a problemas mentais.
 
Mesmo após a deposição definitiva e o exílio de Napoleão, em 1815, o príncipe regente, futuro rei, resolveu permanecer no Rio de Janeiro, governando o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves até o seu retorno a Lisboa, em abril de 1821. Pressionado pelos deputados portugueses, que exigiram que ele voltasse a Portugal, D. João VI deixou o filho Pedro como regente, o representando no Brasil. Em setembro do ano seguinte, como se sabe, o Brasil se tornou independente e este se tornou o seu primeiro imperador, como D. Pedro I.
 
            A estátua de D. João VI é de bronze, e é de autoria do escultor Salvador Barata Feyo e do arquiteto Carlos Ramos, ambos portugueses. O monarca está montado em um cavalo, segurando um globo terrestre com a cruz de Cristo, que simbolizam a importância de Portugal na História mundial, por conta de seus navegadores, e a forte presença da Igreja no Estado. Em 1966, foi inaugurada na cidade do Porto, em Portugal, uma réplica da estátua que está na Praça 15, também voltada para o mar, para que as duas estivessem voltadas uma para outra. A intenção seria mostrar a forte ligação entre as duas nações. 
 
          Desde o dia 11 de junho de 2013, está colocado em frente ao monumento um moderno ‘QR code’, ou seja, um código de resposta rápida. Ele foi feito com 400 quilos das chamadas pedras portuguesas por calceteiros portugueses e brasileiros. Foi uma iniciativa de uma empresa de publicidade portuguesa, com o apoio da Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria do Rio de Janeiro.
 
          A pessoa pode ter acesso a informações sobre a estátua, bastando sobrepor a imagem do ‘QR code’ em um aplicativo próprio para este fim. Evidentemente, eu não achei necessário experimentar, mas fica a dica. Eu tenho que acrescentar que nem percebi a existência dele quando tirei as fotos, até porque não há nenhuma sinalização que chame a atenção. Somente quando li um pouco sobre a história do monumento na internet é que tomei conhecimento, e fiz questão de voltar lá para registrá-lo. (Fontes de referência: Wikipédia e Câmara Portuguesa do Rio De Janeiro.) fr

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