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domingo, 10 de novembro de 2019

Novela "O meu pé de laranja-lima", de 1980, na TV Bandeirantes

           Eu nunca fui de assistir novelas na televisão, basicamente por não ter tempo, e paciência, para acompanhar a sua estória por meses e meses, tendo o compromisso de assistir cada capítulo naquele horário determinado. Mas lembro de uma novela que passou quando eu era adolescente que era muito boa: “O meu pé de laranja-lima”. Era baseada no livro homônimo de José Mauro de Vasconcelos, do qual eu já escrevi aqui no meu blog (ver em “Livros”).         
           A novela passou de setembro de 1980 a 25 de abril 1981, na TV Bandeirantes. É, naquela época a Bandeirantes fazia novelas, e boas, bem diferente de hoje, que aluga grande parte de sua programação para jogos de azar, farmácias e igrejas evangélicas. A adaptação foi de Ivani Ribeiro, e a direção da novela era de Edison Braga, Antonino Seabra e Waldemar de Moraes.

 
           A estória é divertida e, ao mesmo tempo, emocionante. Zezé, um menino de cinco para seis anos, era muito esperto, e vivia se metendo em confusão por conta de suas travessuras. Ao mesmo tempo, e justamente por tudo isso, as pessoas não tinham nenhuma paciência com ele, e ele apanhava de todo mundo. A única que o protegia era a irmã Glória (Cristina Mullins). O ator que interpretou o personagem Zezé foi Alexandre Raymundo, que ainda chegou a fazer outros trabalhos na televisão, mas quando adulto seguiu a carreira de professor.
           A família era muito pobre, e precisou mudar-se para uma casa mais modesta, no bairro de Bangu, no Rio de Janeiro, quando o pai, Paulo (Rogério Márcico) perdeu o emprego. A casa tinha um quintal, e os irmãos escolheram cada um a sua árvore de preferência; para Zezé sobrou apenas um pé de laranja-lima pequeno. Como ele era muito sozinho, e a única companhia era o irmãozinho Luís, de três anos, o menino passou a ter nessa árvore seu maior amigo, passando a conversar com ela. Zezé a chamava de Minguinho. Ele costumava também pegar carona agarrado na traseira do carro do português Manuel Valadares, o “Portuga” (Dionísio Azevedo), até ser pego por ele e levar uma descompostura, passando a considerá-lo seu maior inimigo. Com o tempo, porém, os dois passaram a se dar bem, e tornaram-se grandes amigos.
           O pai de Zezé estava desempregado, e com vergonha por ver a esposa, Estefânia (Lucélia Machiavelli), sustentando a casa. Paulo começou a beber, e muitas vezes descontava em Zezé as suas frustrações. A irmã mais velha, Jandira (Baby Garroux), também batia muito nele. Anos depois, a atriz Lucélia Machiavelli passou a gravar o quadro do Silvio Santos “Topa tudo por dinheiro”,  participando das “pegadinhas”. A novela, assim como o livro também, mescla passagens divertidas e emocionantes, mostrando a realidade vista por uma criança, e foi uma das raras que eu acompanhei. Ela ficou em minha memória afetiva. fr

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