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sábado, 4 de janeiro de 2020

No Brasil, o cidadão tem que pedir para não ser incomodado pelo telemarketing

 
No Brasil, as coisas demoram a acontecer, e, muitas vezes, quando acontecem, são feitas de maneira desvirtuada e é difícil acreditar como podem ter tido a coragem de fazê-las. E mais um exemplo disso é a plataforma que passou a funcionar dia 2, quinta-feira, chamada “Não perturbe”, para bloquear ligações telefônicas indesejáveis de bancos e instituições financeiras oferecendo especificamente empréstimo consignado às pessoas. Essas empresas acabam com a paz das pessoas, telefonando várias vezes por dia e nos horários mais inapropriados, insistindo em oferecer o serviço.
O absurdo é que são as pessoas é que precisam manifestar o desejo de não serem incomodadas, tendo que entrar na página naomeperturbe.com.br para cadastrar os números de seus telefones fixos ou móveis. Ou seja, o cidadão tem que perder o seu tempo, fazer um cadastro, criar um login e uma senha para conseguir o que já deveria ser seu por direito, que é a sua tranquilidade. É o mesmo sistema que foi criado para as pessoas se protegerem das ligações das empresas de telecomunicação, como telefonia e TV paga, em julho do ano passado.
É uma inversão total. Quem não quer ser perturbado não deveria ter esse trabalho todo. Deveriam fazer o contrário: quem não se importa em ser perturbado por essas ligações chatas e impertinentes é que deveria se cadastrar. No Brasil, o cidadão tem que se aborrecer para poder ter alguma paz. E o bloqueio só passa a vigorar 30 DIAS após o cadastro, e tem a validade de apenas um ano, ou seja, depois disso vai ter que solicitar o bloqueio novamente. É surreal!
Essas empresas compram informações sigilosas das pessoas, como o seu nome completo, número de telefone, empresa em que trabalha ou se é aposentado ou pensionista. É um mercado sujo. As empresas que vendem e as que compram deveriam ser processadas por violação da privacidade dos cidadãos, e condenadas a pagarem multas muito pesadas. Mas, no Brasil, por mais que exista uma legislação própria, o consumidor ainda não é tratado com o respeito que deveria. fr

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