Comecei
o ano internado no hospital! Domingo à noite, dia 5, senti muita dor na altura
do rim direito e fui para a emergência, onde recebi soro e medicamento para a
dor. Foram feitos exames de sangue, urina e tomografia computadorizada, e a
médica de plantão me passou que havia uma pedra de três milímetros localizada
no ureter, e que eu tinha que ser internado.
Da
emergência, fui levado para o quarto, onde, mais tarde, o urologista veio falar
comigo. Era o mesmo que me atendeu em janeiro de 2017, quando eu fui operado
para remoção de uma pedra um pouco maior, de cinco milímetros, no mesmo
hospital, só que no rim esquerdo. O procedimento consistiu em passar um tubo
com câmera pela uretra até o ureter e dissolver a pedra, com anestesia geral.
O
urologista falou sobre a pedra, disse que, mesmo sendo pequena, estava
localizada no ureter, e por isso, tentaria fazer com que ela saísse
normalmente, à base de medicação. Aguardaria 48 horas, e repetiria o exame de
tomografia computadorizada. Caso contrário, seria necessária a cirurgia.

Fiquei
de domingo até hoje com uma agulha espetada na mão esquerda, recebendo soro e
medicamentos. Tudo é ruim! Eu tive que andar no quarto e ir ao banheiro segurando
o suporte do soro, e dormir com a agulha na mão. Apesar de eu explicar às
enfermeiras que eu estava com um cálculo renal, e precisava beber muita água
para ajudar a expelir a pedra, demoravam para trazer nova garrafa para o meu
quarto.
Eu
bebi muita água, e, em algumas vezes, eu mesmo tive que sair do quarto,
carregando o suporte, para encher a garrafa no bebedouro que tinha no corredor.
Sabendo da necessidade que eu tinha de beber muita água, as enfermeiras podiam
ter a boa vontade de encher a minha garrafa, mas apenas uma delas se ofereceu a
fazer isso. As outras sempre diziam o mesmo: “já vão trazer!”. E, claro, não
traziam. Eu tive que esperar. E o atendimento foi pago, eu usei o meu plano de
saúde.
Aliás,
as enfermeiras, em geral, não são simpáticas, nem prestativas, e fazem o que
têm que fazer, viram as costas e saem do quarto, muitas vezes sem nem falar
nada. É apenas um emprego, nada mais que isso. Eu fiquei, claro, apreensivo,
receoso em saber se teria que operar mais uma vez. Inicialmente, eu estava
decidido a não operar, mesmo que o urologista indicasse a cirurgia.
No
quarto mesmo, pesquisei na internet, e o que li era que uma pedra pequena
poderia ser expelida através de medicamentos. Por outro lado, eu me lembrava
das palavras do urologista, em 2017, que me disse à época, que eu não era
“obrigado” a operar, a decisão seria minha, mas se não o fizesse o rim esquerdo
poderia ser comprometido, porque a pedra estava dentro do ureter, e bloquearia
a passagem da urina a bexiga. Mesmo que o outro rim continuasse a funcionar,
seria perigoso.
Para
me decidir, eu liguei ontem para dois médicos que me acompanham. O nefrologista
(médico especialista no diagnóstico e tratamento das doenças do sistema
urinário, principalmente as relacionadas aos rins) estava de férias. Depois de
muita insistência, consegui falar com a sua assistente, expliquei a situação, e
ela pegou os meus dados e número de celular, e disse que iria tentar fazer
contato com o médico através de um whatsapp para que ele desse um retorno. Mas,
não deu.
Eu liguei
também para o urologista, que também estava de férias, mas a assistente me
disse que ele retornaria a trabalhar hoje, e que eu poderia ligar novamente a
partir das oito da manhã. Por coincidência, eu tinha uma consulta de rotina
marcada no final do ano passado justamente para hoje com esse médico, quando eu
levaria exames que ele tinha pedido: duas ultras, uma das vias urinárias e uma
da próstata. (Quem sabe, no exame das vias urinárias mostrasse a pedra e se eu
tivesse podido levá-lo ainda no ano passado ao médico, a crise deste ano teria
sido evitada?)
Eu
liguei, expliquei que precisava de uma orientação, se deveria ou não fazer a
operação, e se eu poderia fazer um tratamento clínico para a saída da pedra. O
médico disse para eu acreditar no médico do hospital, que, segundo ele, deveria
saber o que estaria sendo necessário fazer. E para eu perguntar a ele se havia
obstrução e risco de infecção, e se a pedra poderia sair com medicamentos.
Não
foi a orientação que eu esperava, mas, enfim, ajudou de alguma maneira. Eu
queria uma resposta mais conclusiva, se poderia ou não pedir alta, sem operar.
A verdade é que existe sempre o receio que alguns médicos escolham sempre a
alternativa da operação, desconsiderando a do tratamento clínico. Eu acabei
mudando de ideia, e passei a me preparar para a necessidade de ter que fazer
uma cirurgia.
Enfim,
para meu alívio, hoje, após o almoço, a médica de plantão veio ao meu quarto e
me deu a excelente notícia que não se via mais a pedra no exame da tomografia
computadorizada. Ufa! Disse, porém, que “aquela pedra” não estava mais lá, o
que me deixou, ainda, preocupado se a dor pode voltar; se a pedra saiu mesmo ou
se deslocou, já que eu não a vi, sem senti saindo; se não foi visualizada pelo
exame; ou, ainda, se tem outra pedra. Ainda sinto às vezes um desconforto na
região do rim direito.
Hoje
mesmo vou marcar consulta com o urologista para levar todos os exames e saber o
que é melhor fazer. Um começo de ano com um grande susto! E olha que eu procuro
beber muita água, tenho, até, uma garrafa de 1.5 litro na mesa do trabalho que
eu sempre esvazio e ainda bebo mais durante o dia. E além disso, eu tomo dois
remédios para a inibição de cálculos renais. Vou querer saber por que, ainda
assim, surgiu mais um cálculo renal. Espero que tudo dê certo! fr
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