O culto à personalidade em determinados países é levado muito a sério. Na Rússia, por exemplo, o corpo de Lênin é conservado embalsamado desde 1924, ano de sua morte. Inicialmente, o propósito era conservá-lo apenas por um curto tempo, a fim de possibilitar que a população pudesse homenagear e se despedir do fundador da antiga União Soviética, e um dos líderes da Revolução Russa de 1917.
Como houve muita gente interessada em visitar o ex-líder soviético ao longo do tempo, os dirigentes soviéticos perceberam a importância de construir um mausoléu e tornar o local permanente, até como uma forma de estimular o orgulho comunista pelo povo. O primeiro Mausoléu de Lênin era de madeira, mas foi feita uma reforma e ampliação em 1929, finalizada no ano seguinte, e ele passou a ser constituído de materiais mais resistentes, como concreto, granito e mármore.
O Mausoléu está localizado na Praça Vermelha, em Moscou, e é bastante visitado por turistas estrangeiros, curiosos em registrar a visita à ilustre personalidade histórica. Durante a Segunda Guerra Mundial e a invasão alemã à União Soviética, o corpo de Lênin foi retirado do mausoléu e levado secretamente à cidade de Tiumen, na Sibéria, para sua proteção. E Desde o desmantelamento da antiga União Soviética, no final de 1991, tem havido uma discussão se o corpo de Lênin deve permanecer no mausoléu, ou, enfim, ser enterrado.
A poucos anos de completar o centenário da morte de Lênin, com o crescente aumento da população jovem na Rússia, desvinculada da realidade comunista do século 20, vem crescendo o apoio para a desativação do mausoléu. E também pelo alto custo que exige o processo de manutenção do corpo, por precisar ser semanalmente verificado e passar por um processo periódico de renovação do seu embalsamamento.
O próprio Lênin teria se manifestado em vida que, após a sua morte, desejava ser enterrado, e sua viúva quis que sua vontade fosse respeitada. Mas, prevaleceu a força do Partido Comunista. Atualmente, muitos defendem que o corpo seja enterrado próximo à muralha do Kremlin de Moscou, sede do governo russo.
Outros políticos tiveram os seus corpos embalsamados pelo mundo, tais como Ho Chi Min (Vietnã), Mao Tsé-Tung (China), e Kim Il-sung e Kim Jong Il (Coreia do Norte). Josef Stalin, ditador soviético, também passou pelo mesmo processo, tendo o seu corpo ficado ao lado do de Lênin durante alguns anos, até ter sido retirado e enterrado próximo à muralha do Kremlin de Moscou. A decisão foi do seu sucessor, Nikita Kruschev, que denunciou os crimes cometidos por Stalin.
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