O radicalismo que divide a sociedade
brasileira há anos provoca mais um estrago. O grupo Boca Livre, com mais
de 40 anos de existência, em diferentes formações, acabou se desentendendo e
três dos quatros membros saíram da banda recentemente. Zé Renato e Lourenço
Baeta foram os primeiros a anunciar a saída. Em seguida, foi a vez de David
Tygel.
O motivo do
rompimento é a posição radical de Maurício Maestro, dono da marca ‘Boca Livre’.
Maestro é apontado como intransigente defensor das políticas do presidente Jair
Bolsonaro, e suas posturas negacionistas em relação à gravidade do coronavírus
e à utilidade das vacinas. Ele, inclusive, não quer tomar a vacina.
David Tygel
postou, no dia 20, em sua conta Facebook
a despedida do grupo:
“Amigos e
fãs, Hoje deixo o Boca Livre. E somente hoje posso falar. Depois de pensar, de
sofrer, de me reservar ao direito de sonhar, de me respeitar... Abandono esse
projeto que criei com tanto carinho. Pensei mesmo que persistir seria a arma
pra não sufocar. Mas hoje, o país que já está asfixiado, precisa se curar
primeiro pra depois voltar a amar. Sigo em frente, com minha música, minhas
convicções, pela Vacina e pela Democracia. Valeu Boca Livre.”
Lamentável!
Mais um exemplo da intransigência que vem aumentando no Brasil nos últimos
anos. E o pior, e mais contraditório, é que essas pessoas radicais lutam para
defender alguém que não tem por elas a menor empatia, e diz não ter nada
com as mortes decorrentes da Covida-2019: “e daí?”. fr
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