No
capítulo 21 do livro “Memórias de um sargento de milícias”, de Manuel Antônio
de Almeida, que eu terminei de ler ontem, tem uma passagem muito interessante,
que eu fiz questão de destacar. O autor inicia com a frase: “É muito antigo
dizer-se que há uma coisa pior do que um inimigo, e é um mau amigo”. E é
verdade, faz a gente pensar, refletir a respeito.
Não é
todo mundo que tem, pelo menos que saiba, um inimigo, mas maus amigos é mais
frequente, eu acredito. Do inimigo, a pessoa não vai esperar nada de bom, mas
de um amigo, ou uma amiga, sim. Vai esperar amizade, claro, amizade sincera,
companheirismo, poder contar em situações difíceis, não ser julgado, poder
ouvir uma palavra de apoio, uma crítica construtiva e atitudes semelhantes.
Mas,
muitas vezes aquele “amigo”, ou “amiga”, é apenas uma companhia, alguém com
quem eventualmente estar, conversar ou sair, qualquer coisa a mais, nunca irá
oferecer. Não estará presente, nem se interessará em dar uma força a quem
precise em um momento mais difícil. E muitas vezes é o primeiro fazer
comentários, julgamentos, a respeito de quem se esperava ser amigo.
Muitas
vezes as pessoas banalizam o sentido da palavra “amizade”, acreditando ter
muitos amigos, mas, na realidade, têm, apenas, muitos conhecidos. Interessante
passagem de um livro publicado no final
do século 19. fr
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