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sábado, 18 de junho de 2022

Governo brasileiro solicitou o empréstimo do coração de D. Pedro I a Portugal para comemorações dos 200 anos da independência

    D. Pedro I (1798-1834) entrou para a História por ter proclamado a independência brasileira, mas, também, por ter sido rei de Portugal, como D. Pedro IV, após travar uma guerra pelo trono com o próprio irmão, D. Miguel I, de 1832 a 1834. Às vésperas das comemorações dos 200 anos da independência, o governo brasileiro solicitou à Câmara Municipal do Porto o empréstimo do coração de D. Pedro I, que deixou em testamento a vontade de que o órgão fosse retirado e mantido naquela cidade.
      O coração está guardado em formol na Igreja de Nossa Senhora da Lapa, e não está à disposição para visitantes, sendo mantido em um recipiente de vidro transparente. Para se ter acesso ao coração são necessárias cinco chaves: uma abre uma placa de metal, duas são para remover placas de ferro, a quarta abre uma urna e a última abre uma caixa de madeira. A última vez que se teve acesso ao coração de D. Pedro I foi em 2015, quando a Irmandade de Nossa Senhora da Lapa autorizou a sua filmagem para uma produção “O Sentido da Vida”, do cineasta Miguel Gonçalves Mendes.
      Durante a guerra que travou com o seu irmão, D. Pedro passou mais de um ano com as suas tropas no Porto, cercados pelas forças leais a D. Miguel, até conseguir vencer a resistência e tomar o poder. De acordo com a imprensa portuguesa, o pedido brasileiro está sendo analisado, já que a preocupação dos portugueses é garantir a proteção do coração a fim de evitar quaisquer dados.
      Os restos mortais do imperador estão no bairro do Ipiranga, em São Paulo, na Cripta Imperial, dentro do Monumento à Independência, desde 1972, ano em que se comemoraram os 150 anos da data histórica. Eu visitei a Cripta, em 2006, onde estão também os restos mortais das imperatrizes consortes Leopoldina de Habsburgo e Amélia de Leuchtenberg, respectivamente a primeira e segunda esposas de D. Pedro. fr

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