O treinador português Luís Castro preferiu abandonar um projeto no Botafogo, líder disparado do Campeonato Brasileiro, para treinar o Al-Nassr, na ditadura da Arábia Saudita. Ou seja, fez a escolha pelo caminhão de dinheiro que a ditadura da Arábia lhe ofereceu. É um direito dele, mas o que ele fez foi abandonar um trabalho que está tendo bons resultados e tem muito potencial de sucesso para trabalhar em um país sem nenhuma tradição no futebol mundial. Que ele faça bom proveito do dinheiro! O Botafogo é muito maior do que ele e segue vencendo depois da sua saída, abrindo 12 pontos de liderança para o segundo colocado no Brasileiro, e garantindo classificação para as oitavas de final da Copa Sul-Americana. O Al-Nassr, por sua vez, foi disputar o Torneio do Algarve, terra da minha mãe, em Portugal, jogou dois jogos, perdeu os dois, fez um gol e levou NOVE! Esse é um torneio disputado desde 2016, sempre no período anterior ao início dos campeonatos de seus participantes. Este ano, além dos árabes, participaram o Benfica e o espanhol Celta de Vigo. Ontem, o torneio acabou, com o Benfica campeão, o Celta em segundo e o Al-Nassr em último, tendo sido goleado por 5x0 pelo Celta e 4x1 pelo Benfica. Por aí dá para ver o nível do time que o Luís Castro preferiu treinar; é o mesmo onde joga o Cristiano Ronaldo, que disputou o torneio. As pessoas criticam as ditaduras nos países pobres, como Venezuela e Cuba, mas quando a ditadura é em um país rico, em que os seus governantes esbanjam dinheiro para que as pessoas vão para lá trabalhar, ganhando fortunas, aí tudo bem. Como existem hipócritas no mundo! fr
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