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sábado, 25 de novembro de 2023

Símbolo do Brasil, o Cristo Redentor foi inaugurado em 1931 e é uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno

        
        A construção teve início em meados de 1926, após a arrecadação suficiente para arcar o custo total necessário, que chegou a 2.500 contos, em dinheiro da época, totalmente reunidos através de doações, principalmente de católicos. As peças foram transportadas pelo trem do Corcovado, já que ainda não havia um caminho próprio para a circulação de carros, o que só veio a existir em 1936. A estrada de ferro havia sido inaugurada por D. Pedro II em 9 de outubro de 1884, portanto, ela é mais antiga do que o próprio monumento do Cristo Redentor, e vai do bairro do Cosme Velho até o alto do Morro do Corcovado. Antes, no local ficava o Mirante Chapéu de Sol, utilizado para passeios e piqueniques.
        Apesar das dificuldades para o trabalho, devido à natureza do local, não há registro de acidentes graves. Mas uma história interessante ocorreu com o engenheiro Heitor Levy, responsável por supervisionar as obras no Corcovado. Ele tropeçou nos andaimes e quase despencou no abismo, tendo sido salvo pelos operários. Após o ocorrido, ele, que era judeu, converteu-se ao catolicismo. Como coordenador do projeto, Heitor da Silva Costa convidou dois franceses para participar do projeto: o engenheiro Albert Caquot, mestre em cálculos estruturais, e o escultor Paul Landowsky, que foi o autor da escultura, tendo criado uma maquete do Cristo Redentor em gesso, de quatro metros de altura, em Paris, na França. Landowsky nunca veio ao Brasil, e morreu sem conhecer o monumento.
        A construção dos moldes em gesso em tamanho natural da cabeça e das mãos da estátua foi feita pelo escultor romeno Gheorghe Leonida, também em Paris. Os moldes foram recortados em 50 peças, enviados para o Brasil, remontados, e as peças construídas em concreto armado no sítio do engenheiro Heitor Levy, em São Gonçalo, no estado do Rio de Janeiro. A inauguração da estátua do Cristo Redentor foi em 12 de outubro de 1931.
        Em 1934, a União concedeu à Arquidiocese do Rio a administração do Cristo Redentor devido à sua destacada atuação na construção do monumento. O acesso à estátua é feito pelo Parque Nacional da Tijuca, de responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), ligado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Segundo a Wikipédia, “apesar de a manutenção do monumento demandar recursos consideráveis da Arquidiocese do Rio, o valor referente à bilheteria de acesso à estátua segue integralmente para o órgão federal”. (Que coisa!)
        Ou seja, a Arquiciocese é responsável pelo monumento do Cristo Redentor e por sua manutenção, mas é o órgão federal que administra todo o entorno, que faz parte do Parque Nacional da Tijuca, e, por isso, controla o acesso dos visitantes e cobra os ingressos para o monumento. A relação entre a Arquidiocese e o ICMBio não tem sido boa ultimamente, e o reitor do Santuário, padre Omar Raposo, tem reclamado de que a sua entrada no local tem sido dificultada pelo órgão, o que tem causado atraso em cerimônias religiosas. O ICMBio conseguiu na Justiça, em 2021, o despejo de lojas que estavam instaladas no Cristo Redentor, autorizadas pela Arquidiocese, a fim de administrar o aluguel das lojas ele próprio.       
        A estrutura interna da estátua do Cristo Redentor é oca, exceto as suas mãos, tem 13 andares e uma escadaria metálica que permite o acesso até os braços e a cabeça, onde estão instalados para-raios. O acesso é autorizado somente para o serviço de manutenção, não para os visitantes. A superfície externa da estátua é revestida por milhares de peças triangulares em esteatita (também conhecida como pedra-sabão), coladas manualmente em placas por mulheres em um templo católico na época da sua construção.
        A pedra-sabão é um material abundante no Brasil e bastante resistente, que não muda de cor com o tempo, não retém calor, nem absorve a água da chuva, não se dilata, não se contrai, e resiste a ácidos. Ela tem a função de proteger a estrutura de concreto armado da estátua. A escolha por esse material, de acordo com Heitor da Silva Costa, foi inspirada pelas obras de Aleijadinho, resistentes ao tempo. Mesmo com toda essa proteção, o Cristo Redentor precisa passar por manutenção anual para restaurá-lo dos danos causados por raios que, eventualmente, atingem a estátua.
        De acordo com a página do Santuário do Cristo Redentor, “o monumento foi projetado para resistir a ventos de até 250 quilômetros por hora, uma média quatro vezes maior do que a registrada na época de sua construção. Ele suportaria até mesmo os ventos de um furacão de categoria 5, como o furacão Katrina, que atingiu os Estados Unidos em 2005.” Além do coração que fica na altura do peito da estátua, a pedido de dom Sebastião Leme foi construído também um coração com 1,30 metro de comprimento no interior do Cristo Redentor, no nono andar, simbolizando o sagrado Coração de Jesus.
        Em 2003, o monumento passou a ter elevadores e escadas rolantes para facilitar o acesso dos visitantes. Os fiéis também podem assistir missas, realizar batismos e casamentos na capela em homenagem a Nossa senhora Aparecida, padroeira do Brasil, localizada na base da estátua. E em 12 de outubro de 2006, o monumento tornou-se o primeiro santuário a céu aberto do mundo.
        A estátua do Cristo Redentor foi eleita, em 2007, uma das 7 Maravilhas do Mundo Moderno em eleição mundial realizada pela organização suíça New Open World Corporation (NOWC), através de votação pela internet. Em 30 de setembro de 2008 o Cristo Redentor foi tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) por sua relevância histórica. Principais fontes de pesquisa que eu utilizei: Wikipédia; https://brasilianafotografica.bn.gov.br/?tag=heitor-da-silva-costa; página oficial do Santuário do Cristo Redentor. fr

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