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terça-feira, 9 de julho de 2024

Casa onde morou Carmen Miranda está desabando aos poucos, desta vez foi o telhado, e com ele parte da História do nosso país está desaparecendo


Eu já escrevi várias vezes sobre a casa de nº 13 em que Carmen Miranda e sua família moraram na Travessa do Comércio, no Arco do Teles, no Rio de Janeiro, e o seu péssimo estado de conservação. O que era de conhecimento de todo mundo, inclusive, claro, da prefeitura e dos órgãos responsáveis pela fiscalização. E o que era mais do que previsível aconteceu. No dia 25 de junho, o telhado da casa desabou, expondo parte considerável do segundo andar mas, felizmente, ninguém ficou ferido. Como sempre, depois de acontecer a desgraça, as autoridades estiveram no local, colocaram aquelas faixas amarelas de “interdição” da Defesa Civil, que eu vi já caídas no chão quando estive lá no dia 2 deste mês e fiz as fotos que estão nesta postagem. A foto do telhado é do jornal Diário do Rio, que tem a sua sede no Arco do Teles. O Centro do Rio de Janeiro tem vários imóveis antigos caindo aos pedaços, e de tempos em tempos um deles desaba, e com ele desaparece uma parte da História da cidade. E é a realidade da maioria dos imóveis no histórico Arco do Teles, por onde eu passo de vez em quando, apenas porque eu gosto de andar pelo Centro do Rio, uma região de grande importância histórica. Em outubro do ano passado, o segundo andar no imóvel de número 19 desabou. Na casa onde morou a família da Carmen Miranda, a mãe tinha um pequeno restaurante, e Carmen chegou a ajudar a servir mesas. Aproveitava e cantava para alegrar os clientes. Depois de um tempo, a família mudou de endereço e a casa passou a ser residência de outras pessoas. Há uns dez, quinze anos, mais ou menos, a casa passou a ser um restaurante no primeiro andar e eu almocei lá várias vezes, até para conhecer um pouco da residência onde a artista morou. Curiosidade de jornalista e de quem ama História. Infelizmente, tudo indica que nada vai mudar e os prédios antigos da região vão permanecer abandonados, vamos torcer para que ninguém seja ferido em um possível e previsível futuro desabamento.
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Carmen e a irmã, Aurora Miranda, em frente à casa onde a família morou de 1925 até metade de 1931.

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