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quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Mais um caso de gandula repondo a bola rápido e dando início a um gol, desta vez em Portugal. Assim como os outros, ele virou herói e foi festejado. Mas, no Brasil, os vascaínos estão chorando até hoje quando favoreceu o Botafogo, chega de chororô!

        Em julho, eu critiquei a hipocrisia da imprensa e dos torcedores no Brasil, que acharam ruim quando a gandula Fernanda Maia repôs a bola com rapidez, passando-a às mãos do jogador do Botafogo e iniciando um ataque que resultou no primeiro gol do Fogão. O Botafogo venceu por 3x1 o Vasco da Gama e foi campeão da Taça Rio em 2012.  Mas elogiaram o gandula que fez a mesma coisa na Liga dos Campeões em 2019 e o Tottenham fez um gol e acabou virando jogo contra o Olympiacos. A mesma situação, tudo igual! Mas quando foi para o Botafogo teve chororô, mas na Liga dos Campeões o gandula só faltou ganhar uma estátua. Muita hipocrisia!
        Agora, tem mais um exemplo de como as pessoas reclamam sem razão. No domingo, dia 6 deste mês, o gandula Gonçalo Cruz, de 14 anos, fez exatamente a mesma coisa, dando a bola rapidamente nas mãos do jogador Francisco Moura, do Porto, que cobrou imediatamente o lateral. A rapidez do reinício de jogo deu origem à jogada que culminou no gol do brasileiro Pepê, o gol da vitória por 2x1 sobre o Braga pela oitava rodada do Campeonato Português. Em Portugal o “apanha-bola”, como é chamado, literalmente, o gandula por lá, foi festejado, tirou fotos, deu entrevistas e até recebeu o troféu de melhor jogador das mãos do espanhol Nico González, escolhido como o destaque do jogo.
        Considerado um herói, o gandula Gonçalo Cruz joga nas categorias de base do Porto e, diante da repercussão, disse à imprensa que pretende, um dia, receber o mesmo troféu, mas jogando. Muito feliz e agradecido pelo reconhecimento, ele disse ter vivido um dia especial em sua vida:
        - Foi inspiração própria. Não pensei em nada, só pensei em dar a bola ao Francisco Moura, foi por espontânea vontade. Foi mesmo de coração. Fiquei acompanhando [o lance] e fiquei sem acreditar porque vi logo que tinha contribuído, e isso é muito importante porque, mesmo de fora, conseguimos ajudar lá dentro [do campo]. Foi um momento inesquecível, que eu nunca vou esquecer na minha vida!
        Eu já disse antes e vou repetir: é muita hipocrisia! Quando favoreceu ao Botafogo, foi um chororô; agora, nos outros países, os gandulas viram celebridades, festejados pelos jogadores e treinadores, idolatrados pela imprensa como heróis. Vejam os lances, abaixo, e vejam que todos os gandulas agiram, rigorosamente, da mesma maneira, passando a bola diretamenteas mãos de um jogador . Parem de chorar!
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