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quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Botafogo não é capaz de vencer retranca do Atlético Mineiro, fica apenas no empate, e aceita provocações após fim do jogo. Palmeiras diminui distância.

        Em um jogo em que o Botafogo teve sempre a iniciativa contra um adversário muito fechado, apenas preocupado em conseguir o empate, o Botafogo ficou em mais um empate, 0x0, contra o Atlético Mineiro, em Belo Horizonte, ontem. De acordo com o levantamento estatístico do Globo Esporte, o Fogão teve 26 finalizações contra apenas três do Atlético. Mas de todas as finalizações alvinegras, somente quatro foram na direção do gol. Ou seja, criou muito, mas foi pouco eficiente.
        O Atlético jogou o segundo tempo todo com dez jogadores, já que Rubens levou o segundo cartão amarelo aos 39 minutos do primeiro tempo e foi expulso. Esse jogador já devia ter sido expulso antes. Aliás a arbitragem foi muito fraca, deixou o Atlético parar o jogo o tempo todo, fazer “cera” e “catimbar”, com provocações. Deyverson provocou os jogadores do Botafogo o tempo todo. Ao cobrar o tira de meta, o goleiro Everson chutou a bola, de propósito, na cabeça do Tiquinho quando estava sendo encerrado o primeiro tempo, mas não foi punido. O árbitro estava mal colocado várias vezes, atrapalhando as jogadas em algumas oportunidades.
        Durante o segundo tempo praticamente todo foi o ataque do Botafogo contra a defesa do Atlético, aliás, a defesa não, o time todo atrás, na defesa. O jogo foi sem torcidas porque o Atlético Mineiro foi punido pelos problemas ocorridos no jogo contra o Flamengo pela Copa do Brasil. Ou seja, o Botafogo foi prejudicado porque não tinha nada a ver com aquilo e teve que jogar sem a sua torcida. Se queriam punir o Atlético porque o consideraram responsável deveriam permitir que o adversário pudesse ter a sua torcida o apoiando, isso, sim, seria justo. Acabaram por punir, também, o Botafogo!
        O legal de assistir a um jogo sem torcidas é que a televisão capta o que os jogadores falam, dava para ouvir perfeitamente, inclusive o que o treinador português falava, e ele reclamou muito. Aos 52 minutos do tempo final, o zagueiro argentino Alexander Barboza, do Botafogo, levou o segundo cartão amarelo e foi expulso. Quando terminou o jogo, os jogadores do Atlético comemoraram bastante, porque estava nítido que eles não estavam interessados em vencer. Mesmo com um jogador a menos, muitos times mantêm-se no ataque e não recuam para ficar na retranca total que o Atlético fez.
        O pior aconteceu após o apito final, com uma confusão na entrada do vestiário botafoguense. Barboza partiu atrás dos jogadores do Atlético, que o estavam provocando, chamando para briga. Depois disso, houve outra confusão, aparentemente entre os seguranças do Botafogo e os seguranças do América Mineiro, dono do estádio. Foram cenas lamentáveis! Algo que eu e quem gosta de futebol de verdade não gosta, nunca, de assistir.
        A transmissão pela SporTV também deixou a desejar, não mostrando as imagens abertas de vários lances, fechando, por exemplo, no goleiro do Atlético, deitado, segurando a bola, enquanto outros jogadores estava trocando ofensas e empurrões, sem bola. E na confusão nas entradas dos vestiários, não mostrou a entrada do vestiário do Atlético, por isso não vimos as provocações que os seus jogadores estavam fazendo, fecharam apenas na entrada do vestiário do Botafogo.
        Seja como for, Barboza não podia ter aceito provocações, muito menos partir para brigar com ninguém, é tudo que o Botafogo não precisa, principalmente às vésperas da final da Libertadores, daqui a dez dias, no próximo dia 30, em Buenos Aires, contra esse mesmo Atlético. O Hulk já estava provocando antes mesmo de entrar no jogo, aos 24 minutos do segundo tempo. Após o jogo, ele estava muito nervoso, provocando o Luiz Henrique, e disse para o Artur Jorge e, depois, em entrevista para a televisão, que o goleiro reserva do Atlético teria ouvido de Luiz Henrique, no intervalo, que o time do Galo é uma m@%&*! Hulk reconheceu que ele próprio não ouviu nada. E disse que o Luiz Henrique “tem cinco jogos na seleção e já se acha craque, ele não ganhou p&*$% nenhuma, eu joguei sete anos na seleção! Ele precisa ser mais humilde!” Agora, fica essa troca de acusações.
        E o Luiz Henrique errou depois do jogo, quando acontecia a confusão na entrada do vestiário e ele foi flagrado pela TV atirando uma garrafa plástica na direção dos seguranças do América. O árbitro foi assistir ao vídeo do VAR e informou ter expulsado o jogador do Botafogo. Nada disso podia ter acontecido! Lamentável! E demonstra falta de controle emocional dos jogadores do Botafogo. O Artur Jorge ficou apenas olhando a confusão, devia ter mandado os seus jogadores para dentro do vestiário, errou também.
        Não importa se os adversários provocaram, os jogadores do Botafogo têm que estar preparados também para isso, não podem aceitar provocações. Estamos nas últimas rodadas do Brasileiro e às vésperas da decisão de Libertadores! Agora, o Botafogo está sem Barboza e Luiz Henrique para o próximo jogo do Brasileiro, sábado que vem, contra o Vitória, no Nilton Santos. Com a vitória do Palmeiras sobre o Bahia, por 2x1, a diferença entre os dois diminuiu, de quatro para dois pontos. O Botafogo segue líder, com 69 pontos, o Palmeiras está com 67. O Fogão precisa, mais do que nunca, vencer, até porque o Palmeiras vai pegar o último colocado da competição, o Atlético Goianiense. E na rodada seguinte, os dois vão enfrentar-se em São Paulo: Palmeiras e Botafogo. Calma, Fogão, tranquilidade e bola nas redes! 
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FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG 0 x 0 BOTAFOGO
Data e horário: 20 de novembro de 2024, às 21h30 (de Brasília)
Competição: 34ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Arena Independência, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Assistentes: Naílton Júnior de Sousa (CE) e Daniel Paulo Ziolli (SP)
VAR: Rodrigo D'Alonso Ferreira (SC)
Cartões amarelos: Rubens, Deyverson, Mariano, Matheus Mendes, Igor Rabello (CAM), Barboza (BOT)
Cartões vermelhos: Rubens (CAM), Barboza (BOT), Luiz Henrique (BOT)
Atlético-MG: Everson; Saravia, Bruno Fuchs, Lyanco e Mariano; Otávio (Bernard), Fausto Vera e Zaracho (Paulo Vitor); Rubens, Paulinho (Igor Rabello) e Deyverson (Hulk). Técnico: Gabriel Milito
Botafogo: John; Vitinho (Cuiabano), Bastos, Barboza e Alex Telles (Jeffinho); Gregore e Marlon Freitas; Luiz Henrique (Matheus Martins), Eduardo (Júnior Santos) e Thiago Almada; Tiquinho Soares (Igor Jesus). Técnico: Artur Jorge
Fonte: UOL

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