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sábado, 21 de outubro de 2023

Dica de livro: “O Tatuador de Auschwitz”, Heather Morris

“O Tatuador de Auschwitz”
, Heather Morris, tradução de Carolina Caires e Petê Rissatti; 2ª edição, São Paulo, Editora Planeta do Brasil, 2019, 240 páginas.
         Baseado no testemunho de um sobrevivente dos horrores do nazismo. O judeu Ludwig Eisenberg, conhecido como Lale, de 24 anos, foi enviado pelos nazistas de sua cidade, Krompachy, na Eslováquia, em 1942, para o campo de concentração de Auschwitz, na Polônia. “Lale faz uma promessa a si mesmo. Vou sobreviver e sair deste lugar. Vou sair daqui como um homem livre. Se o inferno existir, vou ver esses assassinos queimarem nele.” Após se salvar de morrer de tifo, Lale foi colocado na função de tatuador dos números de identificação nos braços dos prisioneiros, homens e mulheres, passando a ter algumas regalias, que lhe permitiram ajudar, às escondidas, os companheiros com comida e até salvar alguns da morte.
        Durantes três anos, Lale presenciou o que de pior o ser humano pode ter para demonstrar, com torturas e assassinatos cruéis. Os prisioneiros eram obrigados a se sujeitar a trabalhos indignos para continuar vivos, como carregar os corpos das câmaras de gás para os fornos crematórios. Ele apaixonou-se por Gita, uma prisioneira também de seu país, e passaram a se relacionar, aproveitando os favores que Lale conseguia com os nazistas e os “kapos”, os prisioneiros que eram designados para supervisionar o trabalho em Auschwitz. Lale também relata a presença no campo do médico alemão Joseph Mengele, que ficou conhecido como o “anjo da morte”. Os acontecimentos relatados no livro foram contados pelo próprio Lale à autora durante três anos, quando ele já estava idoso e dizia estar se preparando para morrer, não sem antes contar a sua história, segundo ele, para que aquilo nunca mais se repetisse. Heather Morris faz questão de fazer o registro:
       “Esta é uma obra de ficção baseada no testemunho em primeira mão de um sobrevivente de Auschwitz; não é um registro oficial dos eventos do Holocausto. Há muitos relatos que servem como documentos aos fatos daquela terrível história, com muito mais detalhes do que um romance como este poderia abranger, e eu recomendo vivamente ao leitor interessado que os procure. Lale teve contato com muito mais guardas e prisioneiros durante seu período em Auschwitz-Birkenau do que o descrito nestas páginas; em alguns momentos, criei personagens que representam mais que uma pessoa e simplifiquei certos eventos. Embora alguns encontros e certas conversas aqui tenham sido imaginados, não há dúvida de que os eventos desta história ocorreram, em grande parte, conforme descritos, e todas as informações apresentadas como fatos foram devidamente documentadas e pesquisadas.” fr 

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