“Suicídios adolescentes por todo o estado, talvez por todo o Meio-Oeste. Centenas, talvez milhares. O que você acharia disso, ex-detetive Hodges? Melhoraria sua aposentadoria, seu babaca velho e intrometido?
Ele troca o laptop de Babineau pelo Zappit de Z-Boy. É adequado ele usar esse. Pensa nele como o ‘Zappit Zero’, porque foi o primeiro que ele viu, no dia em que Al Brooks o levou para o quarto, pensando que Brady poderia gostar. E ele gostou. Ah, sim, gostou muito.
O programa adicional, com os peixes-número e as mensagens subliminares, não foi colocado nesse porque Brady não precisa dele. Essas coisas são estritamente para os alvos. Ele vê os peixes nadarem de um lado para outro, usa-os para se acalmar e concentrar, depois fecha os olhos. Primeiro, só há escuridão, mas depois de alguns momentos luzes vermelhas começam a aparecer, mais de cinquenta agora. São como pontos em um mapa, só que não ficam estacionárias. Elas nadam de um lado para outro, da esquerda para a direita, de cima para baixo, se entrecruzando. Ele escolhe uma aleatória e seus olhos reviram por trás das pálpebras fechadas enquanto Brady segue seu progresso. Começa a ficar devagar, devagar, devagar. Então para e aumenta. Abre-se como uma flor.
Ele está em um quarto. Tem uma garota olhando fixamente para o peixe no Zappit dela, que recebeu de graça do showruim.com. Ela está na cama porque não foi para a aula hoje. Talvez tenha dito que estava doente.
- Qual é seu nome? – pergunta Brady.
Às vezes, eles ouvem uma voz vinda do aparelho, mas as pessoas mais suscetíveis o veem mesmo, como uma espécie de avatar em um vídeo game. Essa garota é desse tipo, um começo auspicioso. Mas eles sempre reagem melhor aos próprios nomes, então ele vai ficar repetindo. Ela olha sem surpresa para o jovem sentado ao seu lado na cama. O rosto está pálido, e os olhos, vidrados.
- Ellen – diz ela. – Estou procurando os números certos.
Claro que está, ele pensa, e entra nela. Ela está sessenta e cinco quilômetros ao sul de onde Brady está, mas quando a tela da demonstração os conecta, a distância não importa. Ele poderia controla-la, transformá-la em um de seus drones, mas não quer fazer isso mais do que queria entrar na casa da sra. Trelawney à noite e cortar seu pescoço. Assassinato não é controle; assassinato é só assassinato.
Suicídio é controle.”
Ele troca o laptop de Babineau pelo Zappit de Z-Boy. É adequado ele usar esse. Pensa nele como o ‘Zappit Zero’, porque foi o primeiro que ele viu, no dia em que Al Brooks o levou para o quarto, pensando que Brady poderia gostar. E ele gostou. Ah, sim, gostou muito.
O programa adicional, com os peixes-número e as mensagens subliminares, não foi colocado nesse porque Brady não precisa dele. Essas coisas são estritamente para os alvos. Ele vê os peixes nadarem de um lado para outro, usa-os para se acalmar e concentrar, depois fecha os olhos. Primeiro, só há escuridão, mas depois de alguns momentos luzes vermelhas começam a aparecer, mais de cinquenta agora. São como pontos em um mapa, só que não ficam estacionárias. Elas nadam de um lado para outro, da esquerda para a direita, de cima para baixo, se entrecruzando. Ele escolhe uma aleatória e seus olhos reviram por trás das pálpebras fechadas enquanto Brady segue seu progresso. Começa a ficar devagar, devagar, devagar. Então para e aumenta. Abre-se como uma flor.
Ele está em um quarto. Tem uma garota olhando fixamente para o peixe no Zappit dela, que recebeu de graça do showruim.com. Ela está na cama porque não foi para a aula hoje. Talvez tenha dito que estava doente.
- Qual é seu nome? – pergunta Brady.
Às vezes, eles ouvem uma voz vinda do aparelho, mas as pessoas mais suscetíveis o veem mesmo, como uma espécie de avatar em um vídeo game. Essa garota é desse tipo, um começo auspicioso. Mas eles sempre reagem melhor aos próprios nomes, então ele vai ficar repetindo. Ela olha sem surpresa para o jovem sentado ao seu lado na cama. O rosto está pálido, e os olhos, vidrados.
- Ellen – diz ela. – Estou procurando os números certos.
Claro que está, ele pensa, e entra nela. Ela está sessenta e cinco quilômetros ao sul de onde Brady está, mas quando a tela da demonstração os conecta, a distância não importa. Ele poderia controla-la, transformá-la em um de seus drones, mas não quer fazer isso mais do que queria entrar na casa da sra. Trelawney à noite e cortar seu pescoço. Assassinato não é controle; assassinato é só assassinato.
Suicídio é controle.”
“Último Turno”, Stephen King, tradução de Regiane Winarski; 1ª ed., Rio de Janeiro, Editora Suma de Letras, 2016, 338 páginas.
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