Em uma “falida cidade do Meio-Oeste” dos Estados Unidos, o detetive aposentado Bill Hodges passa os dias deprimido, vendo televisão e bebendo, sempre com sua arma à mão e com pensamentos suicidas. Longe da rotina de trabalho com a qual estava acostumado e com dois casamentos malsucedidos e uma filha com quem quase não fala, ele não encontra mais sentido em sua vida. Até receber uma carta com provocações de um criminoso, responsável pelo atropelamento intencional de várias pessoas em uma fila de empregos em 2009, que resultou em oito mortos e vários feridos. Hodges passa a ter uma razão para querer viver. Aquele era um caso que estava sob responsabilidade de Bill, mas que não foi solucionado, e teve grande repercussão nacional. Brad Hartsfield, o assassino que ficou conhecido como “Mr. Mercedes”, por ter furtado um carro desse modelo para cometer o crime, desejava fazer com que o ex-detetive cometesse o suicídio. Bill Hodges resolve, então, investigar o caso por conta própria, decidido a prender o criminoso, antes que ele volte a matar, e recebe a ajuda do jovem Jerome e de Holly Gibney, sobrinha da proprietária do Mercedes usado no massacre. E a intenção do Mr. Mercedes era justamente voltar a matar a fim de entrar para a história com um atentado em que explodiria a si próprio e a inúmeras pessoas durante o show de uma banda para o público infanto-juvenil. Eu gostei do livro! Mas fiquei com a impressão de que o final foi apressado pelo autor, faltou um confronto direto entre Bill Hodges e o assassino do Mercedes. Não quero adiantar o final, mas não posso deixar de comentar. O ex-detetive tem um princípio de enfarte no final e fica de fora do embate decisivo, que acaba ficando com os seus ajudantes. É o primeiro livro de uma trilogia com Bill Hodges. fr
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