SEJA ÉTICO

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quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Botafogo 2x1 Bahia (ficha técnica)

FICHA TÉCNICA
BOTAFOGO 2 X 1 BAHIA
BOTAFOGO - Léo Linck; Vitinho (Mateo Ponte), Kaio (Gabriel Bahia), Alexander Barboza e Cuiabano (David Ricardo); Newton (Allan), Marlon Freitas, Savarino e Santiago Rodríguez; Jeffinho (Artur) e Arthur Cabral. Técnico: Davide Ancelotti.
BAHIA - Ronaldo; Santiago Arias, Gabriel Xavier, Santiago Mingo (Michel Araújo) e Luciano Juba (Zé Guilherme); Rezende, Jean Lucas e Everton Ribeiro (Rodrigo Nestor); Kayky (Tiago), Willian José (Ademir) e Sanabria. Técnico: Rogério Ceni.
GOLS - Santiago Rodríguez, aos 26 minutos do primeiro tempo. Jeffinho, aos um, e Rodrigo Nestor, aos nove minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Allan, Alexander Barboza, Cuiabano , David Ricardo e Marlon Freitas (Botafogo); Gabriel Xavier, Luciano Juba, Rodrigo Nestor e Santiago Arias (Bahia)
CARTÃO VERMELHO - Sanabria (Bahia)
ÁRBITRO - Felipe Fernandes de Lima (MG)
RENDA - R$ 303.460,00
PÚBLICO - 8.059 torcedores
LOCAL - Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
Fonte: UOL

quarta-feira, 1 de outubro de 2025

O Bairro do Méier é dividido pela linha do trem, e o lado do Jardim do Méier está abandonado

Durante os onze anos em que eu estudei no Méier, no ensino fundamental e médio, passava todos os dias pela Rua Arquias Cordeiro, onde funcionou durante muito tempo uma loja de revelação de filmes. Eu morava em Todos os Santos e ia e voltava a pé da escola. Eu me lembro de comprar jogadores para o meu time de botão, quando criança, naquela loja e na do lado. Com o surgimento dos celulares com câmeras digitais as antigas, de filme, praticamente desapareceram e, consequentemente, as lojas especializadas em revelação de filmes. As duas lojas na Rua Arquias Cordeiro estavam fechadas há anos. De vez em quando eu faço uma caminhada pelo Méier e passo pelo local; uma das lojas teve a sua entrada fechada e concretada, conforme foto que eu fiz, abaixo. Mais à frente, na esquina fica a escola onde eu fiz o Ensino Fundamental, na minha época chamado de Primário, da primeira à oitava séries. E seguindo ainda um pouco mais à frente fica o colégio onde eu fiz o Ensino Médio, na minha época chamado de Ginásio, da primeira à terceira séries. Aquele lado do Méier, da Rua Arquias Cordeiro, na minha época de estudante ainda tinha alguma vida, com algumas lojas funcionando, tinha também um açougue, hoje praticamente está deserta, quase tudo fechado, só restando casas e prédios residenciais. fr

terça-feira, 30 de setembro de 2025

Conheça o Rio de Janeiro e outro lugares históricos e pontos turísticos em 'Minhas Fotos'

Em meu blog eu compartilho com os meus leitores um pouco da minha experiência ao visitar lugares históricos e pontos turísticos. E para isso eu criei a seção ‘Minhas Fotos”, onde publico algumas fotos e vídeos que eu faço, além de contar um pouquinho da História do local visitado. Ao longo de quase 20 anos, já publiquei mais de 100 postagens de diferentes locais, principalmente, claro, da cidade onde nasci e onde vivo, o Rio de Janeiro. Posso dizer que conheço bem o Rio. Muitos nascem e vivem em uma cidade a vida inteira e não a conhecem bem. Muitos cariocas nunca entraram no Teatro Municipal, no Museu Histórico Nacional, na Central do Brasil, na Ilha Fiscal ou no Maracanã, por exemplo. Nem visitou os Arcos da Lapa, a Praça 15, o Jardim Botânico, a Quinta da Boa Vista ou passeou pela Baía da Guanabara. Ainda têm aqueles cariocas que se gabam de ter viajado a Paris, Nova Iorque ou Roma, mas não conhecem o Rio. Na seção ‘Minhas Fotos” os leitores podem ver, também, os lugares que eu conheci em Lisboa e no Algarve, em Portugal, lugares que eu posso dizer que conheço melhor do que a maioria dos portugueses. Isso porque muitos portugueses moram no Norte ou no Sul e nunca foram a Lisboa; e muitos moram em Lisboa e nunca viajaram ao Norte e ao Algarve, no Sul de Portugal. Conheça todos esses lugares e muito mais acompanhando a seção ‘Minhas Fotos’ e clicando na aba que está no índice do blog. Boa viagem! fr 

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

A reunião geral dos ratos (falar é fácil)

Uma vez os ratos, que viviam apavorados com medo de um gato, resolveram fazer uma reunião para encontrar um jeito de acabar com aquele eterno transtorno. Muitos planos foram discutidos e abandonados. No fim, um rato levantou-se e deu a ideia de pendurar uma sineta no pescoço do gato. Assim, dizia ele, sempre que o gato chegasse perto eles ouviriam a sineta e poderiam fugir correndo. Todo mundo bateu palmas: o problema estava resolvido. Vendo aquilo, um outro rato, que tinha ficado o tempo todo calado, levantou-se de seu canto. O rato falou que o plano era muito inteligente e que, com toda a certeza, iria resolver todos os problemas. Só faltava uma decidir coisa: quem iria pendurar a sineta no pescoço do gato?
Moral: uma coisa é dar opinião, outra coisa é fazer! (Lido na internet, sem autoria.)

domingo, 28 de setembro de 2025

Muito desfalcado, Botafogo criou oportunidades, mas não fez; falhou duas vezes e o Fluminense aproveitou: 2x0

O Botafogo perdeu, hoje, para o Fluminense por 2x0, no Maracanã, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Fogão teve chances reais, chegou a mandar uma bola no travessão, mas não marcou, e o Fluminense aproveitou-se de uma bobeada da defesa alvinegra e marcou o primeiro gol aos 32 minutos do primeiro tempo. O tricolor entrou tabelando dentro da área do Botafogo, Vitinho foi cortar e acabou levantando a bola, o goleiro Léo Linck não cortou e Cano fez de cabeça. E aos 43 minutos do segundo tempo, nova bobeada da defesa do Fogão. Martinelli passou a Lima, desmarcado, que invadiu a grande área, driblou Marlon Freitas e colocou no canto direito de Léo Linck. Resumindo: o Botafogo criou, mas não fez, falhou duas vezes e o Fluminense aproveitou-se para marcar, resultado 2x0. O Botafogo jogou mais uma vez muito desfalcado, é verdade, e agora está em quinto lugar, com 40 pontos, fora do G4 da Libertadores. fr 

Fluminense 2x0 Botafogo (ficha técnica)

FLUMINENSE 2 X 0 BOTAFOGO
Competição: 25ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Maracanã, no Rio de Janeiro
Data: 28 de setembro de 2025 (domingo)
Horário: 16h (de Brasília)
Cartões Amarelos: Lucho Acosta e Ignácio (Fluminense); Santiago Rodríguez e Matheus Martins (Botafogo)
Arbitragem
Árbitro: Ramon Abatti Abel (SC)
Assistentes: Danilo Ricardo Simon Manis (SP) e Thiaggo Americano Labes (SC)
VAR: Daniel Nobre Bins (RS)
Gols
Germán Cano, aos 33' do 1ºT (Fluminense)
Lima, aos 44' do 2ºT (Fluminense)
Fluminense
Fábio; Samuel Xavier (Guga), Thiago Silva (Ignácio), Freytes e Renê; Hércules e Martinelli; Canobbio (Soteldo), Acosta (Lima) e Serna; Germán Cano (Everaldo).
Técnico: Luis Zubeldía
Botafogo
Léo Linck; Vitinho (Mateo Ponte), Bahia, David Ricardo e Marçal (Matheus Martins); Newton e Marlon Freitas; Santiago Rodríguez (Barría), Savarino (Artur) e Cuiabano; Chris Ramos (Arthur Cabral).
Técnico: Davide Ancelotti
Fonte: Gazeta Esportiva

Eu estive nesse Hospital Amadora-Sintra em 2018 com minha mãe passando mal e fomos muito mal atendidos! Muita demora e atendimento ruim!

Em 2018, estive a passeio em Lisboa levando minha mãe, que é portuguesa. Ela passou mal logo na madrugada do dia em que chegamos a Lisboa, com pressão alta, provavelmente pelo cansaço da viagem. Eu a levei à emergência do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, em Amadora. Após uma triagem feita de forma muito rápida e superficial, ela recebeu a pulseira verde, que não é de grande urgência, mas, mesmo assim, qualquer pessoa que esteja passando mal precisa ser atendida em um tempo mínimo porque qualquer que seja o problema pode agravar-se. Ficamos de 1:15 até 4:15 da manhã aguardando que a minha mãe fosse chamada, ela não aguentava mais ficar sentada em uma cadeira desconfortável na sala de espera e me pediu para que voltássemos ao hotel. E várias pessoas que tinham chegado antes de nós continuaram lá aguardando serem chamadas.  De manhã minha mãe continuou passando mal e, junto com uma prima, eu a levei a outro hospital, o Amadora-Sintra, também do mesmo grupo do primeiro. Chegamos às 11:10 e somente saímos às 17:15. Depois dessa longa espera, minha mãe foi atendida por um médico português muito desatencioso, estúpido mesmo, mas para não agravar a situação não reclamei. Minha mãe recebeu um medicamento intravenoso (soro e sódio) e foi liberada, e depois eu comprei o medicamento para ela tomar e ela melhorou, felizmente. Muita gente não sabe no Brasil, mas o atendimento médico em Portugal é pago, mesmo nos hospitais públicos, com exceção para os aposentados. Na saída, fui, então, pagar pelo atendimento à minha mãe e, por mais incrível que possa parecer, descobri que o hospital queria me cobrar 101,91 euros pelo dia anterior, apesar da minha mãe NÃO TER SIDO ATENDIDA! O valor foi muito alto porque na pressa e porque eu ainda não tinha desfeito a mala eu não tinha levado o documento de direito à assistência médica em Portugal, mais conhecido como ‘PB-4’, que eu tirei antes de viajar para mim e para minha mãe, só levei na segunda vez. É um acordo de reciprocidade entre o Brasil e Portugal. Reclamei e acabei pagando 14 euros pelo atendimento daquele médico português despreparado para atender ao público e mais 14 euros pela madrugada anterior, apesar da minha mãe NÃO TER SIDO ATENDIDA POR MÉDICO NENHUM devido à demora. É atendimento de emergência! Se não houve atendimento por nenhum médico chega a ser desonesto querer cobrar como se tivesse havido! Mesmo assim resolvi pagar para não estragar minha viagem, que era um passeio e não queria transformá-lo em um aborrecimento maior. Mas, então, foi essa a minha experiência em Lisboa com o atendimento médico português. Cobraram-me 14 euros por um atendimento que não existiu, longas demoras para atendimento e um médico português grosso e sem a mínima capacidade para atender as pessoas. Desde então, vejo pelas notícias da imprensa portuguesa, como a de hoje, dia 28 de setembro de 2025 (abaixo), que a situação nesse hospital apenas piorou! Esse hospital Amadora-Sintra é péssimo! Não consigo entender como um hospital desses continua funcionando! As pessoas que estão passando mal e recorrem a esse hospital precisam ser atendidas logo, e bem atendidas! Se o hospital, comprovadamente, não tem capacidade para oferecer um atendimento de boa qualidade a culpa é do governo que não toma uma atitude, não intervém! Aqui no Brasil costumamos criticar o atendimento dos hospitais, mas em Portugal não é muito diferente! Triste! fr 

Vergonha! Hoje, domingo, espera para atendimento a doentes urgentes no Hospital Amadora-Sintra, em Portugal, chegou a 16 horas!

sábado, 27 de setembro de 2025

Até mesmo durante a ditadura na década de 1970 o Brasil estimulou a vacinação

Até mesmo durante a ditadura militar, na década de 1970, o Brasil organizou campanhas de vacinação, é incrível como o nosso país passou por um período de obscurantismo tão grande durante o recente governo do presidente Jair Bolsonaro, que sempre procurava desacreditar a necessidade e a eficiência das vacinas, em especial a que combatia a pandemia da Covid. Recentemente, devido à desinformação, milhares de pessoas deixaram de ser vacinadas e acabaram morrendo. Em 1975, o governo federal realizou uma forte campanha nacional na imprensa visando à vacinação em massa da população contra a meningite meningocócica. O país vivia a pior epidemia da doença da nossa História, com a circulação de dois subtipos, o do tipo C, iniciado em abril de 1971, e do tipo A, que começou em maio de 1974. Durante os primeiros anos, o governo militar proibiu a imprensa de divulgar a existência da doença. A situação chegou a um ponto tão grave no ano de 1974 que não houve mais como encobrir. As aulas tiveram que ser suspensas e, três meses antes de sua realização, no ano seguinte, o Brasil foi obrigado a desistir de sediar a Copa América de futebol, que ocorreria em São Paulo, e a competição foi transferida para a cidade do México. Abaixo, assista a um dos vídeos da campanha, de 1975, com Sujismundo, personagem criado durante a ditadura militar para campanhas educativas e ufanistas. fr 

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Ex-presidente é condenado a 5 anos de cadeia... na França

O ex-presidente da França Nicolas Sarkozy, de 70 anos, foi condenado a cinco anos de prisão na quinta-feira, dia 15, pelos crimes de conspiração criminosa por campanha de seus assessores a fim de conseguir investimentos da Líbia do ditador Muammar Gaddafi para o apoio de sua campanha presidencial em 2007, mas absolvido de outras acusações de corrupção. Sarkozy teria feito um acordo com o então ditador líbio para manifestar apoio internacional a Kadafi em 2005, a fim de melhorar sua imagem internacional, quando Sarkozy ainda era ministro do Interior da França, em troca de dinheiro para financiamento de sua campanha para a presidência da República dois anos depois, quando acabou sendo eleito. O ditador líbio Muammar Gaddafi governou a Líbia de 1969 a 2011, quando foi derrubado e morto por tropas oposicionistas. Nicolas Sarkozy foi presidente da França de 2007 a 2012, e, mesmo podendo recorrer, deverá ser preso em breve. Alegando inocência, ele afirmou que “dormirá na prisão de cabeça erguida”. Não é só no Brasil que esse tipo de coisa acontece... fr

quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Árbitro acovardou-se diante do time da casa e marcou pênalti em lance não conclusivo, dando empate para o Grêmio diante do Botafogo

O Botafogo empatou em 1x1, ontem, com o Grêmio, em Porto Alegre após ter aberto o placar e ter sofrido o empate em um pênalti bastante polêmico, em que o VAR chamou o árbitro para checar um lance em que a bola teria batido na mão do zagueiro Barboza dentro da área. O árbitro foi fraco, acovardado diante do capitão do Grêmio, o Kannemann, que o encurralou fazendo com que ele ficasse recuando e recuando, constrangedor! O treinador do Botafogo, o italiano Davide Ancelotti, deixou claro o erro desse árbitro: “Acho que não temos um lance conclusivo, é uma interpretação de um lance em que em nenhum momento vemos a bola tocar na mão do jogador. Não pode ser interpretação nesse caso, tem que ser claro. O VAR tem que ver um erro claro do árbitro, e nesse caso não há erro claro, não há um lance conclusivo. Se não tivemos um lance conclusivo, não podemos interpretar que foi pânalti, porque ninguém viu, ninguém sabe!” O jogo foi válido ainda pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro, que havia sido adiado. O time do Fogão não pôde contar com 13 jogadores: goleiro Neto (ruptura do músculo reto femoral da coxa direita); zagueiro angolano Bastos (em recuperação de cirurgia no joelho esquerdo); volante Allan (liberado por questões pessoais); volante Danilo (lesão muscular na coxa esquerda); meio-campo argentino Montoro, lateral esquerdo Marçal e meio-campo uruguaio Santi Rodríguez (suspensos pelo terceiro cartão amarelo); meios-campos argentinos Joaquín Correa e Savarino (lesão muscular); meio-campo colombiano Jordan Barrera (liberado para a Copa do Mundo sub-20) com a seleção da Colômbia; atacante Nathan Fernandes (lesão); atacante espanhol Chris Ramos (fratura no antebraço) e o atacante uruguaio Mastriani (conjuntivite).fr

Grêmio 1x1 Botafogo (ficha técnica)

FICHA TÉCNICA
GRÊMIO 1 X 1 BOTAFOGO
GRÊMIO - Tiago Volpi; Marcos Rocha, Gustavo Martins, Noriega (Alex Santana), Kannemann e Marlon; Dodi e Edenílson (Cristian Olivera); Pavón (Alysson), André (Jardiel) e Willian (Cristaldo). Técnico: Mano Menezes.
BOTAFOGO - Léo Linck; Vitinho, Kaio, Alexander Barboza e Alex Telles (Cuiabano); Newton, Marlon Freitas, Matheus Martins e Artur (Kadir); Jeffinho (Mateo Ponte) e Arthur Cabral. Técnico: Davide Ancelotti.
GOLS - Cuiabano, aos sete, Tiago Volpi, aos 44 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Marcos Rocha, Marlon Freitas e Alexander Barboza.
CARTÃO VERMELHO - Kaio.
ÁRBITRO - Lucas Paulo Torezin (PR).
RENDA - R$ 895.231,00.
PÚBLICO - 18.551 torcedores.
LOCAL - Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS).
Fonte: UOL.

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Você sabe por que o Brasil é o primeiro país a discursar anualmente na Assembleia Geral da ONU?

Desde 1955, o Brasil é o primeiro país a discursar na Assembleia Geral da ONU, em Nova Iorque, nos Estados Unidos, e hoje não foi diferente. A explicação para o Brasil abrir a Assembleia Geral foi dada pelo então chefe de protocolo da ONU, Desmond Parker, em 2010. De acordo com ele, nos primeiros anos da instituição nenhum país oferecia-se para abrir o evento e o Brasil, por sua vez, sempre estava disposto a assumir esta responsabilidade, passando a ter esse direito. Desde 1955, apenas nas sessões de 1983 e 1984 os Estados Unidos foram o primeiro a falar. A Assembleia Geral foi criada em 1945, com a Carta das Nações Unidas, que deu origem à ONU, e é uma reunião que ocorre anualmente reunindo os governantes e autoridades dos 193 Estados membros, e durante a qual são realizados vários eventos oficiais, e que este ano terá seis dias de duração. A Assembleia Geral é aberta pelo secretário-geral, o português Antonio Guterres; seguido pela sua presidente, a alemã Annalena Baerbock; o primeiro representante de um país membro é o brasileiro; e depois o representante dos Estados Unidos, país sede da organização. A seguir, a ordem dos próximos a discursar é baseada na hierarquia e, em geral, por ordem de chegada. Também podem falar na Assembleia os representantes da Santa Sé e da Palestina, Estados observadores e não-membros, e o representante da União Europeia, observadora com condição especial. Em seu discurso, ontem, sem citar o nome do presidente dos Estados Unidos, nem o do ex-presidente Bolsonaro, mas todos sabendo que é a esses dois que o presidente Lula se referia, ele criticou os ataques à democracia brasileira e a tentativa de interferência na soberania do nosso país. Destacou também alguns dos temas que, em sua opinião, o mundo precisa dar maior atenção, entre eles a redução dos gastos com guerras e o aumento da ajuda ao desenvolvimento mundial; e a definição de padrões mínimos de tributação global para que os super-ricos paguem mais impostos do que os trabalhadores. O presidente brasileiro também manifestou sua preocupação com relação a temas atuais, como o genocídio contra o povo palestino; a necessidade do diálogo para resolver a situação de crise na Venezuela; e a inclusão injustificável de Cuba como país que patrocinaria o terrorismo. Leia a íntegra do discurso do presidente Lula abaixo. fr

Em discurso na ONU, presidente Lula defende o multilateralismo, critica intervencionismo dos EUA e extrema direita subserviente no Brasil

Senhora Presidenta da Assembleia Geral, Annalena Baerbock,

Senhor Secretário-Geral, António Guterres,

Caros chefes de Estado e de Governo e representantes dos Estados-Membros aqui reunidos.

Este deveria ser um momento de celebração das Nações Unidas.

Criada no fim da Guerra, a ONU simboliza a expressão mais elevada da aspiração pela paz e pela prosperidade.

Hoje, contudo, os ideais que inspiraram seus fundadores em São Francisco estão ameaçados, como nunca estiveram em toda a sua história.

O multilateralismo está diante de nova encruzilhada.

A autoridade desta Organização está em xeque.

Assistimos à consolidação de uma desordem internacional marcada por seguidas concessões à política do poder.

Atentados à soberania, sanções arbitrárias e intervenções unilaterais estão se tornando a regra.

Existe um evidente paralelo entre a crise do multilateralismo e o enfraquecimento da democracia.

O autoritarismo se fortalece quando nos omitimos frente a arbitrariedades.

Quando a sociedade internacional vacila na defesa da paz, da soberania e do direito, as consequências são trágicas.

Em todo o mundo, forças antidemocráticas tentam subjugar as instituições e sufocar as liberdades.

Cultuam a violência, exaltam a ignorância, atuam como milícias físicas e digitais, e cerceiam a imprensa.

Mesmo sob ataque sem precedentes, o Brasil optou por resistir e defender sua democracia, reconquistada há quarenta anos pelo seu povo, depois de duas décadas de governos ditatoriais.

Não há justificativa para as medidas unilaterais e arbitrárias contra nossas instituições e nossa economia. 

A agressão contra a independência do Poder Judiciário é inaceitável.

Essa ingerência em assuntos internos conta com o auxílio de uma extrema direita subserviente e saudosa de antigas hegemonias.

Falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações contra o Brasil.

Não há pacificação com impunidade.

Há poucos dias, e pela primeira vez em 525 anos de nossa história, um ex-chefe de Estado foi condenado por atentar contra o Estado Democrático de Direito.

Foi investigado, indiciado, julgado e responsabilizado pelos seus atos em um processo minucioso.

Teve amplo direito de defesa, prerrogativa que as ditaduras negam às suas vítimas.

Diante dos olhos do mundo, o Brasil deu um recado a todos os candidatos a autocratas e àqueles que os apoiam: nossa democracia e nossa soberania são inegociáveis.

Seguiremos como nação independente e como povo livre de qualquer tipo de tutela.

Democracias sólidas vão além do ritual eleitoral.

Seu vigor pressupõe a redução das desigualdades e a garantia dos direitos mais elementares: a alimentação, a segurança, o trabalho, a moradia, a educação e a saúde.

A democracia falha quando as mulheres ganham menos que os homens ou morrem pelas mãos de parceiros e familiares.

Ela perde quando fecha suas portas e culpa migrantes pelas mazelas do mundo.

A pobreza é tão inimiga da democracia quanto o extremismo.

Por isso, foi com orgulho que recebemos da FAO a confirmação de que o Brasil voltou a sair do Mapa da Fome neste ano de 2025. 

Mas no mundo, ainda há 670 milhões de pessoas famintas. Cerca de 2,3 bilhões enfrentam insegurança alimentar.

A única guerra de que todos podem sair vencedores é a que travamos contra a fome e a pobreza.

Esse é o objetivo da Aliança Global que lançamos no G20, que já conta com o apoio de 103 países.

A comunidade internacional precisar rever as suas prioridades: 

- Reduzir os gastos com guerras e aumentar a ajuda ao desenvolvimento;

- Aliviar o serviço da dívida externa dos países mais pobres, sobretudo os africanos; e

- Definir padrões mínimos de tributação global, para que os super-ricos paguem mais impostos que os trabalhadores.

A democracia também se mede pela capacidade de proteger as famílias e a infância.

As plataformas digitais trazem possibilidades de nos aproximar como jamais havíamos imaginado.  

Mas têm sido usadas para semear intolerância, misoginia, xenofobia e desinformação.

A internet não pode ser uma “terra sem lei”. Cabe ao poder público proteger os mais vulneráveis.

Regular não é restringir a liberdade de expressão. É garantir que o que já é ilegal no mundo real seja tratado assim no ambiente virtual.

Ataques à regulação servem para encobrir interesses escusos e dar guarida a crimes, como fraudes, tráfico de pessoas, pedofilia e investidas contra a democracia.

O Parlamento brasileiro corretamente apressou-se em abordar esse problema.

Com orgulho, promulguei na última semana uma das leis mais avançadas do mundo para a proteção de crianças e adolescentes na esfera digital.

Também enviamos ao Congresso Nacional projetos de lei para fomentar a concorrência nos mercados digitais e para incentivar a instalação de datacenters sustentáveis.

Para mitigar os riscos da inteligência artificial, apostamos na construção de uma governança multilateral em linha com o Pacto Digital Global aprovado neste plenário no ano passado. 

Senhoras e senhores,

Na América Latina e Caribe, vivemos um momento de crescente polarização e instabilidade.

Manter a região como zona de paz é nossa prioridade.

Somos um continente livre de armas de destruição em massa, sem conflitos étnicos ou religiosos.

É preocupante a equiparação entre a criminalidade e o terrorismo.

A forma mais eficaz de combater o tráfico de drogas é a cooperação para reprimir a lavagem de dinheiro e limitar o comércio de armas.

Usar força letal em situações que não constituem conflitos armados equivale a executar pessoas sem julgamento.

Outras partes do planeta já testemunharam intervenções que causaram danos maiores do que se pretendia evitar, com graves consequências humanitárias. 

A via do diálogo não deve estar fechada na Venezuela.

O Haiti tem direito a um futuro livre de violência.

E é inadmissível que Cuba seja listada como país que patrocina o terrorismo.

No conflito na Ucrânia, todos já sabemos que não haverá solução militar. 

O recente encontro no Alaska despertou a esperança de uma saída negociada.

É preciso pavimentar caminhos para uma solução realista.

Isso implica levar em conta as legítimas preocupações de segurança de todas as partes.

A Iniciativa Africana e o Grupo de Amigos da Paz, criado por China e Brasil, podem contribuir para promover o diálogo.

Nenhuma situação é mais emblemática do uso desproporcional e ilegal da força do que a da Palestina.

Os atentados terroristas perpetrados pelo Hamas são indefensáveis sob qualquer ângulo.

Mas nada, absolutamente nada, justifica o genocídio em curso em Gaza.

Ali, sob toneladas de escombros, estão enterradas dezenas de milhares de mulheres e crianças inocentes.

Ali também estão sepultados o Direito Internacional Humanitário e o mito da superioridade ética do Ocidente.

Esse massacre não aconteceria sem a cumplicidade dos que poderiam evitá-lo.

Em Gaza a fome é usada como arma de guerra e o deslocamento forçado de populações é praticado impunemente.

Expresso minha admiração aos judeus que, dentro e fora de Israel, se opõem a essa punição coletiva.

O povo palestino corre o risco de desaparecer.

Só sobreviverá com um Estado independente e integrado à comunidade internacional.

Esta é a solução defendida por mais de 150 membros da ONU, reafirmada ontem, aqui neste mesmo plenário, mas obstruída por um único veto.

É lamentável que o presidente Mahmoud Abbas tenha sido impedido pelo país anfitrião de ocupar a bancada da Palestina nesse momento histórico. 

O alastramento desse conflito para o Líbano, a Síria, o Irã e o Catar fomenta escalada armamentista sem precedentes.

Senhora presidenta,

Bombas e armas nucleares não vão nos proteger da crise climática.

O ano de 2024 foi o mais quente já registrado.

A COP30, em Belém, será a COP da verdade.

Será o momento de os líderes mundiais provarem a seriedade de seu compromisso com o planeta.

Sem ter o quadro completo das Contribuições Nacionalmente Determinadas (as NDCs), caminharemos de olhos vendados para o abismo.

O Brasil se comprometeu a reduzir entre 59 e 67% suas emissões, abrangendo todos os gases de efeito estufa e todos os setores da economia.

Nações em desenvolvimento enfrentam a mudança do clima ao mesmo tempo em que lutam contra outros desafios.

Enquanto isso, países ricos usufruem de padrão de vida obtido às custas de duzentos anos de emissões.

Exigir maior ambição e maior acesso a recursos e tecnologias não é uma questão de caridade, mas de justiça.

A corrida por minerais críticos, essenciais para a transição energética, não pode reproduzir a lógica predatória que marcou os últimos séculos.

Em Belém, o mundo vai conhecer a realidade da Amazônia.

O Brasil já reduziu pela metade o desmatamento na região nos dois últimos anos.

Erradicá-lo requer garantir condições dignas de vida para seus milhões de habitantes.

Fomentar o desenvolvimento sustentável é o objetivo do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que o Brasil pretende lançar para remunerar os países que mantêm suas florestas em pé.  

É chegado o momento de passar da fase de negociação para a etapa de implementação.

O mundo deve muito ao regime criado pela Convenção do Clima.

Mas é necessário trazer o combate à mudança do clima para o coração da ONU, para que ela tenha a atenção que merece.

Um Conselho vinculado à Assembleia Geral com força e legitimidade para monitorar compromissos dará coerência à ação climática.

Trata-se de um passo fundamental na direção de uma reforma mais abrangente da Organização, que contemple também um Conselho de Segurança ampliado nas duas categorias de membros.

Poucas áreas retrocederam tanto como o sistema multilateral de comércio.

Medidas unilaterais transformam em letra morta princípios basilares como a cláusula de Nação Mais Favorecida.

Desorganizam cadeias de valor e lançam a economia mundial em uma espiral perniciosa de preços altos e estagnação.

É urgente refundar a OMC em bases modernas e flexíveis.

Senhoras e senhores,

Este ano, o mundo perdeu duas personalidades excepcionais: o ex-presidente do Uruguai, Pepe Mujica, e o Papa Francisco.

Ambos encarnaram como ninguém os melhores valores humanistas.

Suas vidas se entrelaçaram com as oito décadas de existência da ONU.

Se ainda estivessem entre nós, provavelmente usariam esta tribuna para lembrar:

- Que o autoritarismo, a degradação ambiental e a desigualdade não são inexoráveis;

- Que os únicos derrotados são os que cruzam os braços, resignados;

- Que podemos vencer os falsos profetas e oligarcas que exploram o medo e monetizam o ódio; e

- Que o amanhã é feito de escolhas diárias e é preciso coragem de agir para transformá-lo.

No futuro que o Brasil vislumbra não há espaço para a reedição de rivalidades ideológicas ou esferas de influência.

A confrontação não é inevitável.

Precisamos de lideranças com clareza de visão, que entendam que a ordem internacional não é um “jogo de soma zero”.

O século 21 será cada vez mais multipolar. Para se manter pacífico, não pode deixar de ser multilateral.

O Brasil confere crescente importância à União Europeia, à União Africana, à ASEAN, à CELAC, aos BRICS e ao G20.

A voz do Sul Global deve ser ouvida.

A ONU tem hoje quase quatro vezes mais membros do que os 51 que estiveram na sua fundação.

Nossa missão histórica é a de torná-la novamente portadora de esperança e promotora da igualdade, da paz, do desenvolvimento sustentável, da diversidade e da tolerância.

Que Deus nos abençoe a todos.

Muito obrigado.

Fonte: Agência Brasil. 

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Um dia de fúria do goleiro Taffarel: agressão covarde em empate entre Atlético Mineiro e Caldense, em 1996

O goleiro Taffarel, campeão mundial pela seleção em 1994, teve um dia de fúria quando jogava pelo Atlético Mineiro, contra a Caldense, no dia 1º de maio de 1996, pelo Campeonato Mineiro. Em uma jogada na intermediária do campo do Atlético, Taffarel saiu do gol como último homem, foi driblado pelo atacante Jamerson, correu atrás dele e o agrediu com um forte chute para derrubá-lo. Não bastasse isso, Taffarel ainda chutou a bola com raiva para longe e também chutou o adversário covardemente quando ele estava ainda caído. Taffarel foi, claro, expulso e o atacante Renaldo acabou tendo que ir para o gol, já que o Atlético Mineiro já tinha feito todas as substituições permitidas, e chegou a fazer uma difícil defesa. O jogo terminou empatado em 1x1. Foi uma atitude muito feia do goleiro Taffarel! Seria feia para qualquer jogador, ainda mais para um campeão mundial. Uma vergonha! Diante da situação, Taffarel não teve como não se desculpar. No dia seguinte ele pediu desculpas a Jamerson, na frente de uma reportagem da Globo. O jogador agredido, de maneira muito generosa, mas visivelmente constrangido, aceitou as desculpas. Mas foi uma vergonha que marcou a carreira de Taffarel! Assista ao vídeo, abaixo. fr

domingo, 21 de setembro de 2025

“O amor é só uma palavra”, J. M. Simmel

“O amor é só uma palavra”, J. M. Simmel; tradução de Ari Blaustein, São Paulo, Círculo do Livro, s/d, 591 páginas.
     Livro de 1963. Quando era criança, Oliver Mansfeld foi abandonado na Alemanha Ocidental pelo pai, que fugiu para Luxemburgo levando a mãe e a tia do menino, para não ser preso devido à evasão de divisas, em um dos maiores escândalos daquele país após a Segunda Guerra Mundial. Para afrontar o pai, Oliver era constantemente expulso de escolas particulares. Aos 21 anos, ele começou a estudar no internato particular para terminar os estudos, última instituição a aceitá-lo como aluno, após repetir três anos.
     Oliver conheceu Verena Lord, de 33 anos, esposa de um poderoso banqueiro de Frankfurt e amigo do seu pai. Os dois começaram a manter um relacionamento extraconjugal, correndo o risco de serem descobertos e sofrerem as represálias por parte do marido traído. Verena havia casado por dinheiro, em busca de segurança financeira para ela e a filha, Evelyn, de cinco anos. Assim como em “Nina”, livro do qual já comentei no meu blog, este conta a história de um relacionamento improvável entre um rapaz mais novo, sem emprego e ainda estudando, com uma mulher casada e vivendo uma vida de conforto e muitas perspectivas para a filha pequena.
        Grande parte do livro é contada através do livro que o personagem principal, Oliver, estava escrevendo sobre a história de seus pais; os conflitos vividos com os colegas problemáticos no internato; e seu relacionamento com Verena, sua filha e seu marido desonesto. Ou seja, a história é contada através do livro que Oliver estava escrevendo e que, depois de concluído, ele enviou para uma editora. Simmel já usara esse recurso para contar a história do livro “Deus protege os que amam”, do qual também já comentei aqui, no meu blog.
        J. M. Simmel nasceu em Viena, Áustria, e quando estourou a Segunda Guerra Mundial, em 1939, tinha 15 anos. Como as histórias dos seus primeiros livros que eu já publiquei aqui, no meu blog, transcorrem no pós-guerra, ele costuma criar personagens com um passado atuante no conflito, como espiões, nazistas, sobreviventes de campos de concentração, colaboracionistas ou combatentes, mesmo que as histórias dos livros não sejam sobre a guerra propriamente.
        Duas curiosidades: neste livro, uma das adolescentes do internato onde Oliver Mansfeld estudava era uma brasileira, de nome nada ligado ao nosso país: “Chichita”, que organizou uma “macumba” com os colegas de internato para proteger um casal de jovens expulso da escola. No livro “Deus protege os que amam”, Simmel já tinha se referido à “macumba” no Brasil. O nome do livro “Amor é só uma palavra” foi tirado de uma música da época do seu lançamento, de mesmo nome; ela fez parte da trilha sonora do filme “Aimez-vous Brahms?”, de 1961, que teve o título em português “Mais uma vez, adeus”, dirigido por Anatole Litvak, com Ingrid Bergman, Yves Montand e Anthony Perkins (que estrelara no ano anterior o clássico “Psicose”, do diretor Alfred Hitchcock). Era a música favorita de Verena Lord.
     (Eu registro em meu blog um resumo das minhas leituras, seguindo a minha interpretação e preferências pessoais, como leitor, acerca do que mais me desperta o interesse, sem preocupação em me aprofundar em análises mais abrangentes e acadêmicas.) fr 

sábado, 20 de setembro de 2025

Com oito desfalques e um jogador a menos no segundo tempo, Botafogo vence Atlético Mineiro com um golaço de Santiago Rodríguez

Uma vitória muito importante, hoje, por 1x0, em cima do Atlético Mineiro, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro. E difícil devido aos desfalques e pelo fato do Botafogo ter jogado com um jogador a menos o segundo tempo todo. Mais uma vez o Fogão vence o Atlético Mineiro com um a menos! Ano passado fomos campeões da Libertadores vencendo eles porc3x1 em Belo Horizonte e também com um jogador a menos.O Botafogo jogou com oito desfalques: goleiro Neto (ruptura total no reto femoral da coxa direita), zagueiro angolano (recuperando-se de cirurgia no joelho esquerdo), meio-campo colombiano Jordan Barrera (convocado para sua seleção nacional sub-20), ponta direita Artur (lesão na panturrilha direita), atacante Nathan Fernandes (fratura no antebraço esquerdo), centroavante Arthur Cabral (com edema ósseo), volante Danilo (lesão na coxa esquerda) e lateral esquerdo Alex Telles (dores musculares). Aos 45 minutos do primeiro tempo, o atacante Chris Ramos foi expulso por ter atingido o adversário com o cotovelo em uma disputa de bola pelo alto. Mas logo no início do segundo tempo, o Glorioso marcou um golaço: o meio-campo argentino Montoro deixou o Natanael caído de bunda no chão, e cruzou para a linda cabeçada do atacante uruguaio Santiago Rodríguez no canto superior do gol do Atlético Mineiro. Um golaço!  fr 

Botafogo 1x0 Atlético Mineiro (ficha técnica)

Brasil, o país da marcha atlética: Caio Bonfim é campeão mundial em Tóquio, no Japão

Mais uma conquista mundial para o Brasil! Ontem, Caio Bonfim conquistou a histórica medalha de ouro na prova da marcha atlética dos 20 quilômetros no Mundial de Atletismo de Tóquio, no Japão. É o primeiro título mundial do Brasil na categoria. Caio Bonfim terminou a prova com o tempo de 1h18min35s, à frente do chinês Zhaozhao, com 1h18min43s, medalha de prata; e do espanhol Paulo McGrath, com 1h18min45s, medalha de bronze. O atleta brasileiro já tinha conquistado a medalha de prata no Mundial de Tóquio na prova de 35 quilômetros no sábado, dia 14; e foi medalha de prata na marcha atlética de 20 quilômetros na Olimpíada de Paris, em 2024. fr 

sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Os melhores programas da TV brasileira (6) - MUNDO SEM FIM


Eu costumo indicar programas que eu gosto de assistir na televisão. Hoje, vou indicar um ótimo canal de turismo no Youtube. Como eu costumo assisti-lo na TV, então, pode-se dizer que não está muito longe de ser um programa de televisão. 😄 É o canal “Mundo sem fim” do simpático casal Renan e Michele, basta jogar o nome do canal na pesquisa e vocês localizam rápido e fácil. O canal foi criado em 2015 e já tem 1,860 milhão de seguidores. Eu o conheci, por acaso, quando estava pesquisando sobre a China e encontrei os vídeos que o casal fez da sua viagem àquele país. Os dois são muito simpáticos, estão sempre com um sorriso no rosto, mostram os lugares turísticos, sua cultura, gastronomia e o Renan ainda costuma fazer o papel de guia, estudando previamente e, depois, passando interessantes informações históricas sobre o local onde eles estão passeando. E isso na hora em que estão filmando, o que eu considero um grande diferencial, ou seja, nada de gravar e, mais tarde, colocar a voz no vídeo, é tudo no momento em que estão passeando, depois, claro, eles fazem a edição das imagens. Em muitos vídeos, eles mostram lugares que a televisão aberta não costuma mostrar. Seria um sucesso enorme, aliás, se uma emissora exibisse os vídeos do canal em sua programação. Renan e Michele já estiveram em mais de 50 países, como, por exemplo, na China, Egito, Grécia, Rússia, Japão, Cuba, além do Vaticano e do Alaska e em algumas cidades brasileiras. Estiveram na Polônia, mostrando o campo de concentração de Auschwitz e até na Coreia do Norte. Muito legal para quem gosta de conhecer outros lugares pelo mundo afora e para quem gosta de História, ou seja, como eu! 😃O início do canal foi difícil, e os dois tinham que economizar ao máximo para viajar, hospedando-se nos lugares mais baratos e modestos. Atualmente, graças ao sucesso que eles conseguiram, já estão com anunciantes, o que possibilita a eles gastar mais em acomodações e restaurantes melhores, e visitar mais lugares cuja entrada seja cobrada, como museus e pontos turísticos mais procurados. Acredito que tudo isso é fruto do trabalho dos dois, eles merecem! Renan Greinert é de Curitiba e graduado em Engenharia da Computação, e Michele Martins é paulista e graduada em Administração, os dois conheceram-se em São Paulo. Eles decidiram viajar pelo mundo há dez anos, conforme o próprio Renan explica no site deles: “Foi só em meados de 2015 que uma combinação de fatores decidiu nosso destino. A Michele pediu as contas de onde ela trabalhava e eu, por coincidência, fui demitido no mesmo dia. Encaramos como um sinal: pegamos o dinheiro do acerto, nossas antigas economias, vendemos tudo o que tínhamos e nos jogamos na estrada.” O companheiro de viagem do casal é o ‘Mucuvinha’, um macaquinho de pelúcia que a Michele deu de presente ao Renan quando namoravam. Em 2023, o canal venceu o Prêmio iBest na categoria Viagens e Turismo, pelo voto popular. Quem quiser conhecer e passar a segui-los, basta uma rápida pesquisa no Youtube pelo nome do canal “Mundo sem fim”, fica a dica!
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A Muralha da China

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

O Rio de Janeiro tem um bunker da Segunda Guerra Mundial na Praça do Expedicionário, no Centro da cidade


Muitos não sabem, mas no Brasil também foram construídos bunkers durante a Segunda Guerra Mundial. Bunkers são abrigos subterrâneos utilizados para a proteção de ataques, no caso os possíveis ataques de aviões inimigos com bombas. Em 1942, durante o governo de Getúlio Vargas, o Brasil entrou na guerra, junto aos países aliados, e o Rio de Janeiro ainda era a capital do país, passando a ser um alvo de possíveis ataques aéreos alemães. Felizmente, isto nunca aconteceu. Mas vários bunkers foram construídos, principalmente na capital, e dezenas deles sobreviveram no tempo, a maioria adaptados atualmente como garagens, principalmente em prédios residenciais em Copacabana, mas, também, no Flamengo, Ipanema, Humaitá e Centro. Esses abrigos precisavam ter lajes de concreto armado que suportassem o impacto de 1.500 quilos. E um desses bunkers, o único que que chegou a ser concluído no Centro do Rio, é onde fica a atual Praça do Expedicionário, com 13 mil metros quadrados de área e localizada ao lado da Avenida Presidente Antônio Carlos e do Palácio da Justiça, sede do Tribunal de Justiça do estado do Rio. À época, os prédios dos ministérios funcionavam bem próximos, com a concentração de centenas, talvez alguns milhares de funcionários públicos, além de outras pessoas que frequentavam a região, o que a tornava um alvo em potencial de possíveis ataques alemães. Eu passo por lá diariamente. Não existe mais uma entrada aberta ao público para o bunker, as entradas são somente para pessoal autorizado. Pelo que eu pesquisei, na época da sua construção havia uma rampa de acesso que ligava o outro lado da Avenida Antônio Carlos até as entradas públicas dos bunkers, a fim de agilizar o deslocamento rápido das pessoas que trabalhavam nos ministérios, assim que soassem as sirenes avisando o possível ataque. Eu não encontrei registros de um possível nome anterior da Praça do Expedicionário. Ela foi revitalizada e reinaugurada em 16 de janeiro de 2016, recebendo esse nome para homenagear os brasileiros que fizeram parte da FEB (Força Expedicionária Brasileira), que participou dos combates na Europa durante a Segunda Guerra Mundial, integrada às tropas dos Estados Unidos. No local, estão o monumento em homenagem ao barão do Rio Branco, com 31 metros de altura, de autoria do escultor francês Félix Maurice Chapentier com a colaboração do escultor brasileiro Hildegardo Leão,inaugurado em 1943; e a estátua de Rui Barbosa. As pessoas passam pela praça todos os dias mas nem fazem ideia de que estão pisando em cima de um bunker da Segunda Guerra Mundial! 
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quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Botafogo abre 3x0 mas permite o empate em casa diante do Mirassol

Como é que pode um time, jogando em casa, abrir 3x0 no primeiro tempo e levar três gols em menos de 16 minutos e permitir o empate? Foi o que aconteceu, hoje, com o Botafogo no Nilton Santos diante da surpresa do Campeonato Brasileiro, o Mirassol, em jogo atrasado da 12a rodada do Campeonato Brasileiro. Um desastre! fr

Botafogo 3x3 Mirassol (ficha técnica)

Botafogo 3 x 3 Mirassol
Botafogo
Léo Linck; Vitinho, Kaio, Barboza, Alex Telles (Cuiabano); Danilo (Newton), Marlon Freitas, Savarino (Matheus Martins), Montoro (Jeffinho) e Santi Rodríguez (Mastriani); Chris Ramos. Técnico: Davide Ancelotti.
Mirassol
Walter; Lucas Ramon, João Victor, Jemmes e Reinaldo; Neto Moura (Yago Felipe), Danielzinho, José Aldo (Shaylon) e Negueba (Carlos Eduardo); Alesson (Edson Carioca) e Cristian (Chico da Costa). Técnico: Rafael Guanaes.
Gols: Savarino (13'/1ºT), Chris Ramos (31'/1ºT) e Montoro (40'/1ºT), do Botafogo; Chico da Costa (1'/2ºT), Jemmes (13'/2ºT) e Lucas Ramon (15'/2ºT), do Mirassol
Cartão amarelo: Danilo, Santi Rodríguez, Barboza e Matheus Martins (BOT); João Victor (MIR)
Cartão vermelho: Não houve.
Renda e público: 6.724 presentes / R$ 38.1240,00
Motivo: Jogo da 12ª rodada do Campeonato Brasileiro
Data e hora: 17 de setembro de 2025, às 19h30 (de Brasília)
Local: Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro (RJ)
Árbitro: Bruno Pereira Vasconcelos (BA)
Assistentes: Alessandro Alvaro Rocha de Matos (BA) e Luis Carlos de Franca Costa (RN)
Árbitro de vídeo: Emerson de Almeida Ferreira (MG)
Fonte: Rádio Itatiaia.

terça-feira, 16 de setembro de 2025

"New York Times" publica artigo do presidente Lula desmentindo justificativas para imposição pelos EUA de tarifas de 50% aos produtos brasileiros, considerando existir uma motivação política por trás: "A democracia e a soberania brasileiras são inegociáveis"


Tradução para o português do artigo publicado pelo jornal 'New York Times', dos EUA, no domingo passado, dia 14/9:

"A democracia e a soberania brasileiras são inegociáveis"

Decidi escrever este ensaio para estabelecer um diálogo aberto e franco com o presidente dos Estados Unidos. Ao longo de décadas de negociação, primeiro como líder sindical e depois como presidente, aprendi a ouvir todos os lados e a levar em conta todos os interesses em jogo. Por isso, examinei cuidadosamente os argumentos apresentados pelo governo Trump para impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.

A recuperação dos empregos americanos e a reindustrialização são motivações legítimas. Quando, no passado, os Estados Unidos levantaram a bandeira do neoliberalismo, o Brasil alertou para seus efeitos nocivos. Ver a Casa Branca finalmente reconhecer os limites do chamado Consenso de Washington, uma prescrição política de proteção social mínima, liberalização comercial irrestrita e desregulamentação generalizada, dominante desde a década de 1990, justificou a posição brasileira.

Mas recorrer a ações unilaterais contra Estados individuais é prescrever o remédio errado. O multilateralismo oferece soluções mais justas e equilibradas. O aumento tarifário imposto ao Brasil neste verão não é apenas equivocado, mas também ilógico. Os Estados Unidos não têm déficit comercial com o nosso país, nem estão sujeitos a tarifas elevadas. Nos últimos 15 anos, acumularam um superávit de US$ 410 bilhões no comércio bilateral de bens e serviços. Quase 75% das exportações dos EUA para o Brasil entram isentas de impostos. Pelos nossos cálculos, a tarifa média efetiva sobre produtos americanos é de apenas 2,7%. Oito dos 10 principais itens têm tarifa zero, incluindo petróleo, aeronaves, gás natural e carvão.

A falta de justificativa econômica por trás dessas medidas deixa claro que a motivação da Casa Branca é política. O vice-secretário de Estado, Christopher Landau, teria dito isso no início deste mês a um grupo de líderes empresariais brasileiros que trabalhavam para abrir canais de negociação. O governo americano está usando tarifas e a Lei Magnitsky para buscar impunidade para o ex-presidente Jair Bolsonaro, que orquestrou uma tentativa fracassada de golpe em 8 de janeiro de 2023, em um esforço para subverter a vontade popular expressa nas urnas.

Tenho orgulho do Supremo Tribunal Federal (STF) por sua decisão histórica na quinta-feira, que salvaguarda nossas instituições e o Estado Democrático de Direito. Não se tratou de uma "caça às bruxas". A decisão foi resultado de procedimentos conduzidos em conformidade com a Constituição Brasileira de 1988, promulgada após duas décadas de luta contra uma ditadura militar. A decisão foi resultado de meses de investigações que revelaram planos para assassinar a mim, ao vice-presidente e a um ministro do STF. As autoridades também descobriram um projeto de decreto que teria efetivamente anulado os resultados das eleições de 2022.

O governo Trump acusou ainda o sistema judiciário brasileiro de perseguir e censurar empresas de tecnologia americanas. Essas alegações são falsas. Todas as plataformas digitais, nacionais ou estrangeiras, estão sujeitas às mesmas leis no Brasil. É desonesto chamar regulamentação de censura, especialmente quando o que está em jogo é a proteção de nossas famílias contra fraudes, desinformação e discurso de ódio. A internet não pode ser uma terra de ilegalidade, onde pedófilos e abusadores têm liberdade para atacar nossas crianças e adolescentes.

Igualmente infundadas são as alegações do governo sobre práticas desleais do Brasil no comércio digital e nos serviços de pagamento eletrônico, bem como sua suposta falha em aplicar as leis ambientais. Ao contrário de ser injusto com os operadores financeiros dos EUA, o sistema de pagamento digital brasileiro, conhecido como PIX, possibilitou a inclusão financeira de milhões de cidadãos e empresas. Não podemos ser penalizados por criar um mecanismo rápido, gratuito e seguro que facilita as transações e estimula a economia.

Nos últimos dois anos, reduzimos a taxa de desmatamento na Amazônia pela metade. Só em 2024, a polícia brasileira apreendeu centenas de milhões de dólares em ativos usados em crimes ambientais. Mas a Amazônia ainda estará em perigo se outros países não fizerem a sua parte na redução das emissões de gases de efeito estufa. O aumento das temperaturas globais pode transformar a floresta tropical em uma savana, interrompendo os padrões de precipitação em todo o hemisfério, incluindo o Centro-Oeste americano.

Quando os Estados Unidos viram as costas para uma relação de mais de 200 anos, como a que mantêm com o Brasil, todos perdem. Não há diferenças ideológicas que impeçam dois governos de trabalharem juntos em áreas nas quais têm objetivos comuns.

Presidente Trump, continuamos abertos a negociar qualquer coisa que possa trazer benefícios mútuos. Mas a democracia e a soberania do Brasil não estão em pauta. Em seu primeiro discurso à Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2017, o senhor afirmou que "nações fortes e soberanas permitem que países diversos, com valores, culturas e sonhos diferentes, não apenas coexistam, mas trabalhem lado a lado com base no respeito mútuo". É assim que vejo a relação entre o Brasil e os Estados Unidos: duas grandes nações capazes de se respeitarem mutuamente e cooperarem para o bem de brasileiros e americanos."

Fonte: Congresso em Foco.