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sábado, 30 de novembro de 2024
sexta-feira, 29 de novembro de 2024
“Mais Comédias para ler na escola”, Luis Fernando Verissimo
“Mais Comédias para ler na escola”, Luis Fernando Verissimo, 1º edição, Rio de Janeiro, Editora Objetiva, 2010, 148 páginas.
Nova coletânea de textos de Luis Fernando Verissimo. A apresentação e seleção dos textos são da escritora Marisa Lajolo. E ela destaque a importância da leitura deste livro: “Se livro fosse remédio — que tem bula e rótulo —, aqui se leria que estas ‘Mais Comédias para Ler na Escola’ não têm contraindicação. Na escola ou em casa, lendo por iniciativa própria ou porque a escola o adotou, este livro só tem indicações a favor. Todo mundo sai ganhando: lendo porque-o-professor-mandou-e-vai-cair-na-prova ou porque se sabe que ler qualquer livro de Luis Fernando Verissimo é uma grande experiência de leitura, estas Mais Comédias para Ler na Escola são garantia de boas risadas e de boa leitura. Que não fica menos divertida ao se acompanhar de alguma reflexão, como a que aqui também se inspira. O que não é pouco, não é mesmo?” Eu destaco os meus textos preferidos, que pretendo publicar um dia aqui no meu blog, a começar por hoje: “A metamorfose” e “Clarice”. fr
A metamorfose (Luis Fernando Verissimo)
Luis Fernando Verissimo
Uma barata acordou um dia e viu que tinha se transformado num ser humano. Começou a mexer suas patas e descobriu que só tinha quatro, que eram grandes e pesadas e de articulação difícil. Acionou suas antenas e não tinha mais antenas. Quis emitir um pequeno som de surpresa e, sem querer, deu um grunhido. As outras baratas fugiram aterrorizadas para trás do móvel. Ela quis segui-las, mas não coube atrás do móvel. O seu primeiro pensamento humano foi: que vergonha, estou nua! O seu segundo pensamento humano foi: que horror! Preciso me livrar dessas baratas!
Pensar, para a ex-barata, era uma novidade! Antigamente ela seguia o seu instinto. Agora precisava raciocinar. Fez uma espécie de manto da cortina da sala para cobrir sua nudez. Saiu pela casa, caminhando junto à parede, porque os hábitos morrem devagar. Encontrou um quarto, um armário, roupas de baixo, um vestido. Olhou-se no espelho e achou-se bonita. Para uma ex-barata. Maquilou-se. Todas as baratas são iguais, mas uma mulher precisa realçar a sua personalidade. Adotou um nome: Vandirene. Mais tarde descobriu que só um nome não bastava. A que classe pertencia? Tinha educação? Referências? Conseguiu, a muito custo, um emprego como faxineira. Sua experiência de barata lhe dava acesso a sujeiras mal suspeitadas, era uma boa faxineira.
Difícil era ser gente. As baratas comem o que encontram pela frente. Vandirene precisava comprar sua comida e o dinheiro não chegava. As baratas se acasalam num roçar de antenas, mas os seres humanos não. Se conhecem, namoram, brigam, fazem as pazes, resolvem se casar, hesitam. Será que o dinheiro vai dar? Conseguir casa, móveis, eletrodomésticos, roupa de cama, mesa e banho. A primeira noite. Vandirene e seu torneiro mecânico. Difícil. Você não sabe nada, bem? Como dizer que a virgindade é desconhecida entre as baratas? As preliminares, o nervosismo. Foi bom? Eu sei que não foi. Você não me ama. Se eu fosse alguém você me amaria. Vocês falam demais, disse Vandirene. Queria dizer, vocês, os humanos, mas o marido não entendeu; pensou que era vocês, os homens. Vandirene apanhou. O marido a ameaçou de morte. Vandirene não entendeu. O conceito de morte não existe entre as baratas. Vandirene não acreditou. Como é que alguém podia viver sabendo que ia morrer?
Vandirene teve filhos. Lutou muito. Filas no INPS. Creches. Pouco leite. O marido desempregado. Finalmente, acertou na esportiva. Quase 4 milhões. Entre as baratas, ter ou não ter 4 milhões não faria diferença. A barata continuaria a ter o mesmo aspecto e a andar com o mesmo grupo. Mas Vandirene mudou. Aplicou o dinheiro. Trocou de bairro. Comprou casa. Passou a se vestir bem, a comer e dar de comer de tudo, a cuidar onde colocava o pronome. Subiu de classe. (Entre as baratas, não existe o conceito de classe.) Contratou babás e entrou na PUC. Começou a ler tudo o que podia. Sua maior preocupação era a morte. Ela ia morrer. Os filhos iam morrer. O marido ia morrer – não que ele fizesse falta. O mundo inteiro, um dia, ia desaparecer. O Sol. O universo. Tudo. Se espaço é o que existe entre a matéria, o que é que fica quando não há mais matéria? Como se chama a ausência do vazio? E o que será de mim quando não houver mais nem o nada? A angústia existencial é desconhecida entre as baratas.
Vandirene acordou um dia e viu que tinha se transformado de novo numa barata. Seu penúltimo pensamento humano foi, meu Deus, a casa foi dedetizada há dois dias! Seu último pensamento humano foi para o seu dinheiro rendendo na financeira e o que o safado do marido, seu herdeiro legal, faria com tudo. Depois desceu pelo pé da cama e correu para trás de um móvel. Não pensava mais em nada. Era puro instinto. Morreu em cinco minutos, mas foram os cinco minutos mais felizes da sua vida. Kafka não significa nada para as baratas.
quinta-feira, 28 de novembro de 2024
"Comédias para se ler na escola", Luis Fernando Verissimo
Livro com textos do escritor gaúcho Luis Fernando Verissimo. Textos ótimos, mas o título sugere e cria a expectativa de que sejam todos muito engraçados, comédias, mas não são; podiam ter colocado um nome melhor. São textos curtos para estimular o hábito de leitura nos mais jovens, por isso a sugestão do título. A apresentação e seleção dos textos são da escritora Ana Maria Machado. Eu destaco os meus preferidos, que pretendo publicar um dia aqui no meu blog, a começar por hoje: “O Homem trocado”, “A foto”, “A bola”, “Hábito Nacional” e “Segurança”. fr
Segurança (Luis Fernando Verissimo)
Luis Fernando Verissimo
O ponto de venda mais forte do condomínio era a sua segurança. Havia as belas casas, os jardins, os playgrounds, as piscinas, mas havia, acima de tudo, segurança. Toda a área era cercada por um muro alto. Havia um portão principal com muitos guardas que controlavam tudo por um circuito fechado de TV. Só entravam no condomínio os proprietários e visitantes devidamente identificados e crachados.
Mas os assaltos começaram assim mesmo. Ladrões pulavam os muros e assaltavam as casas.
Os condôminos decidiram colocar torres com guardas ao longo do muro alto. Nos quatro lados. As inspeções tornaram-se mais rigorosas no portão de entrada. Agora não só os visitantes eram obrigados a usar crachá. Os proprietários e seus familiares também. Não passava ninguém pelo portão sem se identificar para a guarda. Nem as babás. Nem os bebês.
Mas os assaltos continuaram.
Decidiram eletrificar os muros. Houve protestos, mas no fim todos concordaram. O mais importante era a segurança. Quem tocasse no fio de alta tensão em cima do muro morreria eletrocutado.Se não morresse, atrairia para o local um batalhão de guardas com ordens de atirar para matar.
Mas os assaltos continuaram.
Grades nas janelas de todas as casas. Era o jeito. Mesmo se os ladrões ultrapassassem os altos muros, e o fio de alta tensão, e as patrulhas, e os cachorros, e a segunda cerca, de arame farpado, erguida dentro do perímetro, não conseguiriam entrar nas casas. Todas as janelas foram engradadas.
Mas os assaltos continuaram.
Foi feito um apelo para que as pessoas saíssem de casa o mínimo possível. Dois assaltantes tinham entrado no condomínio no banco de trás do carro de um proprietário, com um revólver apontado para a sua nuca. Assaltaram a casa, depois saíram no carro roubado, com crachás roubados. Além do controle das entradas, passou a ser feito um rigoroso controle das saídas. Para sair, só com um exame demorado do crachá e com autorização expressa da guarda, que não queria conversa nem aceitava suborno.
Mas os assaltos continuaram.
Foi reforçada a guarda. Construíram uma terceira cerca. As famílias de mais posses, com mais coisas para serem roubadas, mudaram-se para uma chamada área de segurança máxima. E foi tomada uma medida extrema. Ninguém pode entrar no condomínio. Ninguém. Visitas, só num local predeterminado pela guarda, sob sua severa vigilância e por curtos períodos.
E ninguém pode sair.
Agora, a segurança é completa. Não tem havido mais assaltos. Ninguém precisa temer pelo seu patrimônio. Os ladrões que passam pela calçada só conseguem espiar através do grande portão de ferro e talvez avistar um ou outro condômino agarrado às grades da sua casa, olhando melancolicamente para a rua.
Mas surgiu outro problema.
As tentativas de fuga. E há motins constantes de condôminos que tentam de qualquer maneira atingir a liberdade.
A guarda tem sido obrigada a agir com energia.
quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Show de bola! Botafogo vence o Palmeiras pela 3ª vez este ano e recupera liderança do Brasileiro!
A Selefogo atropelou o todo poderoso Palmeiras em plena Arena Parque, em São Paulo, ontem, vencendo por 3x1 e reconquistando a liderança do Campeonato Brasileiro. Derrotamos o Palmeiras; os ditos comentaristas “especializados”, que subestimaram o Fogão; e a torcida ‘arco-íris’, composta por flamenguistas, vascaínos e tricolores, que estão “secando” o alvinegro o máximo que podem. O Botafogo vem de três empates com adversários que se acovardaram, fizeram forte retranca e paravam o jogo o tempo todo: Vitória, Atlético Mineiro e Cuiabá. Jogaram, se é que pode chamar o que fizeram de jogar, como clubes pequenos, covardes.
O Palmeiras estava jogando em casa, com o apoio da sua torcida, e foi enfrentar o Botafogo, confiante que ia ser fácil. Perdeu! Aliás, em 2024, O Botafogo enfrentou o Palmeiras quatro vezes, duas pela Libertadores e duas pelo Campeonato Brasileiro, venceu três e empatou uma. Superioridade total, inquestionável! O confronto de ontem foi um jogão, do tipo que não se pode sair da frente da TV. Logo aos dez minutos do primeiro tempo, o zagueiro direito angolano Bastos machucou-se, em uma disputa de bola, e teve que sair. Em seu lugar, entrou Adryelson, que acabou marcando o terceiro gol do Fogão, aos 43 minutos do segundo tempo. O Botafogo não tem apenas um excelente time, tem uma excelente equipe!
O primeiro gol foi de Gregore, aos 18 minutos do primeiro tempo, e o segundo foi do venezuelano Savarino, que vem jogando muito. O Botafogo retomou a liderança, chegando aos 73 pontos, seguido do Palmeiras, com 70. Agora, faltam apenas duas rodadas, mas nada está decidido. O Fogão tem, claro, uma boa vantagem. O Palmeiras pode chegar, no máximo, a 76 pontos, e isto se vencer os seus confrontos: contra o Cruzeiro, fora de casa, e contra o Fluminense (que luta, desesperadamente, para fugir de mais um rebaixamento), em casa.
Portanto, se o Botafogo vencer um dos próximos jogos e, pelo menos, empatar outro, será campeão. Os jogos que faltam para o Botafogo: Internacional, fora de casa, que está em terceiro lugar no campeonato e vem de seis vitórias consecutivas; e São Paulo, no Nilton Santos. É reta final, e se o Botafogo jogar como jogou ontem vamos garantir mais um título brasileiro. E no próximo sábado, será a grande final da Libertadores, contra o Atlético Mineiro, em Buenos Aires. fr
terça-feira, 26 de novembro de 2024
segunda-feira, 25 de novembro de 2024
domingo, 24 de novembro de 2024
Lindas aves juntinhas 😃😃😃
sábado, 23 de novembro de 2024
Irreconhecível, Botafogo quase perde, mas fica no 3º empate consecutivo e perde liderança para o Palmeiras
BOTAFOGO 1X1 VITÓRIA
Local: Estádio Nilton Santos, Rio de Janeiro (RJ)
Data: 23/11/2024, sábado
Horário: 19h30 (de Brasília)
Árbitro: Ramon Abatti Abel (Fifa-SC)
Assistentes: Alex dos Santos (SC) e Victor Hugo Imazu dos Santos (PR)
VAR: Marco Aurélio Augusto Fazekas Ferreira (MG)
Cartão amarelo: Gregore, Mateo Ponte, Artur Jorge e Cuiabano (Botafogo) e Willian Oliveira, PK, Lucas Esteves e Carlos Eduardo (Vitória)
Cartão vermelho: Tiquinho Soares (Botafogo)
Gols:
Botafogo: Wagner Leonardo (gol contra), aos 42' do 2ºT
Vitória: Alerrandro, aos 19' do 1ºT
BOTAFOGO: John; Vitinho (Mateo Ponte), Adryelson, Bastos e Cuiabano; Gregore, Tchê Tchê (Eduardo) e Thiago Almada (Matheus Martins); Júnior Santos (Tiquinho Soares), Savarino e Igor Jesus. Técnico: Artur Jorge.
VITÓRIA: Lucas Arcanjo; Edu, Neris e Wagner Leonardo; Raúl Cáceres (Willean Lepo), Ricardo Ryller (Filipe Machado), Willian Oliveira, Matheuzinho (Carlos Eduardo) e Lucas Esteves; Janderson (Gustavo Mosquito) e Alerrandro (Léo Naldi).
Técnico: Thiago Carpini.
sexta-feira, 22 de novembro de 2024
quinta-feira, 21 de novembro de 2024
Botafogo não é capaz de vencer retranca do Atlético Mineiro, fica apenas no empate, e aceita provocações após fim do jogo. Palmeiras diminui distância.
O Atlético jogou o segundo tempo todo com dez jogadores, já que Rubens levou o segundo cartão amarelo aos 39 minutos do primeiro tempo e foi expulso. Esse jogador já devia ter sido expulso antes. Aliás a arbitragem foi muito fraca, deixou o Atlético parar o jogo o tempo todo, fazer “cera” e “catimbar”, com provocações. Deyverson provocou os jogadores do Botafogo o tempo todo. Ao cobrar o tira de meta, o goleiro Everson chutou a bola, de propósito, na cabeça do Tiquinho quando estava sendo encerrado o primeiro tempo, mas não foi punido. O árbitro estava mal colocado várias vezes, atrapalhando as jogadas em algumas oportunidades.
Durante o segundo tempo praticamente todo foi o ataque do Botafogo contra a defesa do Atlético, aliás, a defesa não, o time todo atrás, na defesa. O jogo foi sem torcidas porque o Atlético Mineiro foi punido pelos problemas ocorridos no jogo contra o Flamengo pela Copa do Brasil. Ou seja, o Botafogo foi prejudicado porque não tinha nada a ver com aquilo e teve que jogar sem a sua torcida. Se queriam punir o Atlético porque o consideraram responsável deveriam permitir que o adversário pudesse ter a sua torcida o apoiando, isso, sim, seria justo. Acabaram por punir, também, o Botafogo!
O legal de assistir a um jogo sem torcidas é que a televisão capta o que os jogadores falam, dava para ouvir perfeitamente, inclusive o que o treinador português falava, e ele reclamou muito. Aos 52 minutos do tempo final, o zagueiro argentino Alexander Barboza, do Botafogo, levou o segundo cartão amarelo e foi expulso. Quando terminou o jogo, os jogadores do Atlético comemoraram bastante, porque estava nítido que eles não estavam interessados em vencer. Mesmo com um jogador a menos, muitos times mantêm-se no ataque e não recuam para ficar na retranca total que o Atlético fez.
O pior aconteceu após o apito final, com uma confusão na entrada do vestiário botafoguense. Barboza partiu atrás dos jogadores do Atlético, que o estavam provocando, chamando para briga. Depois disso, houve outra confusão, aparentemente entre os seguranças do Botafogo e os seguranças do América Mineiro, dono do estádio. Foram cenas lamentáveis! Algo que eu e quem gosta de futebol de verdade não gosta, nunca, de assistir.
A transmissão pela SporTV também deixou a desejar, não mostrando as imagens abertas de vários lances, fechando, por exemplo, no goleiro do Atlético, deitado, segurando a bola, enquanto outros jogadores estava trocando ofensas e empurrões, sem bola. E na confusão nas entradas dos vestiários, não mostrou a entrada do vestiário do Atlético, por isso não vimos as provocações que os seus jogadores estavam fazendo, fecharam apenas na entrada do vestiário do Botafogo.
Seja como for, Barboza não podia ter aceito provocações, muito menos partir para brigar com ninguém, é tudo que o Botafogo não precisa, principalmente às vésperas da final da Libertadores, daqui a dez dias, no próximo dia 30, em Buenos Aires, contra esse mesmo Atlético. O Hulk já estava provocando antes mesmo de entrar no jogo, aos 24 minutos do segundo tempo. Após o jogo, ele estava muito nervoso, provocando o Luiz Henrique, e disse para o Artur Jorge e, depois, em entrevista para a televisão, que o goleiro reserva do Atlético teria ouvido de Luiz Henrique, no intervalo, que o time do Galo é uma m@%&*! Hulk reconheceu que ele próprio não ouviu nada. E disse que o Luiz Henrique “tem cinco jogos na seleção e já se acha craque, ele não ganhou p&*$% nenhuma, eu joguei sete anos na seleção! Ele precisa ser mais humilde!” Agora, fica essa troca de acusações.
E o Luiz Henrique errou depois do jogo, quando acontecia a confusão na entrada do vestiário e ele foi flagrado pela TV atirando uma garrafa plástica na direção dos seguranças do América. O árbitro foi assistir ao vídeo do VAR e informou ter expulsado o jogador do Botafogo. Nada disso podia ter acontecido! Lamentável! E demonstra falta de controle emocional dos jogadores do Botafogo. O Artur Jorge ficou apenas olhando a confusão, devia ter mandado os seus jogadores para dentro do vestiário, errou também.
Não importa se os adversários provocaram, os jogadores do Botafogo têm que estar preparados também para isso, não podem aceitar provocações. Estamos nas últimas rodadas do Brasileiro e às vésperas da decisão de Libertadores! Agora, o Botafogo está sem Barboza e Luiz Henrique para o próximo jogo do Brasileiro, sábado que vem, contra o Vitória, no Nilton Santos. Com a vitória do Palmeiras sobre o Bahia, por 2x1, a diferença entre os dois diminuiu, de quatro para dois pontos. O Botafogo segue líder, com 69 pontos, o Palmeiras está com 67. O Fogão precisa, mais do que nunca, vencer, até porque o Palmeiras vai pegar o último colocado da competição, o Atlético Goianiense. E na rodada seguinte, os dois vão enfrentar-se em São Paulo: Palmeiras e Botafogo. Calma, Fogão, tranquilidade e bola nas redes! fr
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG 0 x 0 BOTAFOGO
Data e horário: 20 de novembro de 2024, às 21h30 (de Brasília)
Competição: 34ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Arena Independência, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Luiz Flávio de Oliveira (SP)
Assistentes: Naílton Júnior de Sousa (CE) e Daniel Paulo Ziolli (SP)
VAR: Rodrigo D'Alonso Ferreira (SC)
Cartões amarelos: Rubens, Deyverson, Mariano, Matheus Mendes, Igor Rabello (CAM), Barboza (BOT)
Cartões vermelhos: Rubens (CAM), Barboza (BOT), Luiz Henrique (BOT)
Atlético-MG: Everson; Saravia, Bruno Fuchs, Lyanco e Mariano; Otávio (Bernard), Fausto Vera e Zaracho (Paulo Vitor); Rubens, Paulinho (Igor Rabello) e Deyverson (Hulk). Técnico: Gabriel Milito
Botafogo: John; Vitinho (Cuiabano), Bastos, Barboza e Alex Telles (Jeffinho); Gregore e Marlon Freitas; Luiz Henrique (Matheus Martins), Eduardo (Júnior Santos) e Thiago Almada; Tiquinho Soares (Igor Jesus). Técnico: Artur Jorge
Fonte: UOL
quarta-feira, 20 de novembro de 2024
Cartório erra ao registrar menina recém-nascida como de sexo masculino, e agora diz que não pode alterar mais! Isso não aconteceu aqui, foi na Inglaterra!!
Definitivamente, o ser humano não deu certo! Li, hoje, na imprensa, que o registro civil de Nottinghamshire, na Inglaterra, errou ao registrar uma menina recém-nascida com o sexo “masculino” em sua certidão de nascimento. Um erro absurdo! Mas, o pior vem a seguida: quando os pais, Grace Bingham e Ewan Murray, verificaram o erro e voltaram para solicitar a correção receberam a resposta que “não é possível fazer a correção”. É inacreditável que tamanho absurdo aconteça em pleno século 21, com tanta informatização e suposta evolução, mas ainda mais inacreditável acontecer em um país riquíssimo, que se gaba de ser um país “avançado” e “civilizado”, melhor do que os outros. Apesar do registro civil ter reconhecido o erro, o General Register Office, responsável pelos registros civis, afirmou que o máximo que podia ser feito era fazer uma “anotação” na margem da certidão da menina. Ou seja, a menina vai ter que se sujeitar a ser tratada em seus documentos como homem o resto de sua vida. Imagina na hora de os pais a matricularem na escola? Ou, anos mais tarde, quando for tirar os seus documentos? Ou quando for procurar emprego, ou casar? Os pais ficaram horrorizados! E com razão, claro. Além de tudo, eles têm a preocupação de a sua filha vir a sofrer preconceitos por acharem, no futuro, que ela teria realizado uma alteração de sexo. Segundo a mãe, se fosse o caso da filha, já adulta, ter resolvido fazer uma mudança de sexo, não haveria problema, mas a questão é que houve um erro do registro civil, que deveria ser consertado. Se uma barbaridade dessas tivesse acontecido aqui, iam dizer que isso “só acontece no Brasil”... fr
Brasil apenas empata com o Uruguai em casa, e segue, aos tropeções, em busca da vaga para o Mundial de 2026
FICHA TÉCNICA
BRASIL 1 X 1 URUGUAI
Local: Arena Fonte Nova, em Salvador (BA)
Data: 19 de novembro de 2024, terça-feira
Hora: 21h45 (de Brasília)
Árbitro: Piero Maza (CHI)
Assistentes: Cláudio Urrutia (CHI) e Jose Retamal (CHI)
VAR: Juan Lara (CHI)
Cartões amarelos: Raphinha, Paquetá, Gabriel Magalhães (Brasil); Ugarte, Varela (Uruguai)
GOLS: Gerson, aos 16 do 2ºT (Brasil); Valverde, aos 9 do 2ºT (Uruguai)
BRASIL: Ederson; Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Abner (Gabriel Martinelli); Bruno Guimarães (André), Gerson (Paquetá) e Raphinha; Vini Jr., Igor Jesus (Luiz Henrique) e Savinho (Estêvão).
Técnico: Dorival Júnior
URUGUAI: Rochet; Varela, Giménez, Olivera e Saracchi; Valverde, Ugarte e Betancur; Pellistri (Puma Rodríguez), Darwin Nuñez (Aguirre) e Araújo (Cristian Olivera).
Técnico: Marcelo Bielsa
Fonte: Gazeta Esportiva
terça-feira, 19 de novembro de 2024
segunda-feira, 18 de novembro de 2024
Dica de livro: "Vidas Secas", Graciliano Ramos
“Vidas Secas”, Graciliano Ramos, 92ª edição, Rio de Janeiro, Editora Record, 2023, 176 páginas.
Livro lançado em 1938, após o período em que o autor esteve preso, de março de 1936 a janeiro de 1937, durante o governo de Getúlio Vargas, sem acusação formal ou processo, apenas por ser considerado “comunista”. Graciliano Ramos (1892-1953) contou a experiência em outro livro, “Memórias do Cárcere”, que eu já li e comentei anteriormente aqui, no meu blog.
Em “Vidas Secas”, o narrador, em terceira pessoa, assume a ótica de cada um dos personagens, inclusive de uma cachorra. É sobre a vida sofrida de quem vive no sertão nordestino, a partir da família de Fabiano, um homem rude e sem instrução, resignado com a dureza e as amarguras do dia a dia. Os outros são Sinhá Vitória, a esposa; os dois filhos, o “menino mais novo” e o “menino mais velho”; a cadela Baleia.
Sem perspectivas diante da seca, a família parte, a pé, em busca de algum lugar onde Fabiano possa encontrar trabalho, e acabam encontrando uma fazenda abandonada. Quando o proprietário aparece, Fabiano pede-lhe que o aceite para cuidar do lugar e que não fosse expulso. Em troca de um lugar para ele e sua família, passou a trabalhar e a viver na fazenda, sendo explorado e destratado por todos da região.
“Se pudesse mudar-se, gritaria bem alto que o roubavam. Aparentemente resignado, sentia um ódio imenso a qualquer coisa que era ao mesmo tempo a campina seca, o patrão, os soldados e os agentes da prefeitura. Tudo na verdade era contra ele. Estava acostumado, tinha a casca muito grossa, mas às vezes se arreliava. Não havia paciência que suportasse tanta coisa. — Um dia um homem faz besteira e se desgraça.”
O livro “Vidas Secas” é resultado da reunião de vários contos publicados anteriormente e de forma separada em vários veículos na imprensa, inclusive na Argentina. Foi uma forma que Graciliano Ramos encontrou para conseguir dinheiro para pagar as despesas, aumentadas com a vinda de sua família de Alagoas para o Rio. Publicou o mesmo conto em diferentes periódicos, apenas alterando o nome. Dos 13 capítulos, oito foram publicados na imprensa. No livro, os contos viraram capítulos e foram interligados em uma história maior. O seu biógrafo Dênis de Moraes comentou a respeito:
“'Baleia', o nono capítulo, foi o primeiro a ser escrito, em 4 de maio. Um mês e meio depois, escreveu “Sinha Vitória”, o quarto capítulo. E “Mudança”, o primeiro na ordem de apresentação, só ficou pronto em 16 de julho. As etapas do livro, portanto, não obedeceram a um esquema preestabelecido. Os episódios foram se amontoando, até que Graciliano os ordenasse para publicação, a pedido de José Olympio [fundador da editora que leva o seu nome e que lançou “Vidas Secas”]."
Graciliano Ramos era perfeccionista, acompanhou de perto os trabalhos de preparação do livro, inclusive indo pessoalmente à gráfica a fim de evitar erros na impressão. “Vidas Secas” é o quarto e último romance de Graciliano Ramos, publicado após “Caetés, “São Bernardo” e “Angústia”. Foi traduzido para vários países e adaptado para o cinema por Nelson Pereira dos Santos em 1963, mantendo o título da obra. fr
domingo, 17 de novembro de 2024
sábado, 16 de novembro de 2024
O primeiro presidente do Brasil renunciou diante de crise econômica e forte pressão política
O marechal Deodoro da Fonseca (1827-1892) foi o primeiro presidente do Brasil, de 1889 a 1891. Ele esteve à frente da proclamação da República, que pôs fim à Monarquia brasileira em 15 de novembro de 1889 e completou, ontem, 135 anos. Com a implantação do novo sistema de governo, Deodoro da Fonseca foi escolhido para ser o presidente provisório do país. Em fevereiro de 1891, ele foi eleito pelo Congresso Constituinte para exercer o cargo efetivo de presidente, e para vice-presidente foi eleito o candidato da oposição, o marechal Floriano Peixoto. Deodoro sofreu forte pressão política de seus opositores, e a economia dava fortes sinais de crise. Em 3 de novembro, desrespeitando a Constituição, o presidente decretou o fechamento do Congresso Nacional. Como reação ao que considerou um governo ditatorial, a Marinha revoltou-se e ameaçou bombardear, da Baía da Guanabara, a cidade do Rio de Janeiro, capital do país, no que ficou conhecido como ‘Revolta da Armada’; Armada era como se referia à Marinha à época. Pressionado, o marechal Deodoro da Fonseca renunciou à presidência em 23 de novembro. O vice Floriano Peixoto, um dos que articularam a oposição ao governo, assumiu no mesmo dia, reabrindo o Congresso, mas, também, teve um período de governo conturbado, enfrentando nova Revolta da Armada, no Rio de Janeiro, e a Revolta Federalista, no Rio Grande do Sul. Com a eleição de Prudente de Morais em 1894, o primeiro presidente civil do Brasil, teve fim o período chamado de “República da Espada’, com dois presidentes militares. Veja a reprodução da carta de renúncia de Deodoro da Fonseca, abaixo, documento histórico guardado no Arquivo Nacional do Rio de Janeiro. fr
O documento da renúncia do marechal Deodoro da Fonseca
O Generalíssimo Manoel Deodoro da Fonseca,
Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil.
Atendendo ao interesse da Nação, resolve resignar nas mãos de seu
substituto legal o cargo de Presidente da República.
Capital Federal, em vinte e três de novembro de 1891.
Manoel Deodoro da Fonseca
T. de Alencar Araripe
Registrado na Secretaria do Interior
sexta-feira, 15 de novembro de 2024
Brasil fica apenas em mais um empate com a Venezuela e segue, aos tropeções, rumo ao Mundial de 2026
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Ficha técnica
Venezuela 1 x 1 Brasil
Local: Estádio Monumental, em Maturín (VEN)
Data/Hora: 14/11/2024, às 18h (de Brasília)
Árbitro: Andrés Rojas (COL)
Assistentes: David Fuentes e Miguel Roldán (COL)
Cartões amarelos: Murillo, Cásseres, Romo (VEN); Vanderson (BRA)
Cartão vermelho: González (VEN)
Gols: Raphinha, 42'/1ºT (0-1); Segovia, 1'/2ºT (1-1)
Venezuela: Romo, Aramburu, Rubén Ramírez, Wilker Ángel e Miguel Navarro; Yangel Herrera (Cásseres), José Martínez (Rincón), Savarino, Jhon Murillo (Segovia) e Eduard Bello (Alexander González); Rondón (Cádiz). Técnico: Fernando Batista (suspenso) / Leandro Cufré.
Brasil: Ederson, Vanderson, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Abner (Estêvão); Bruno Guimarães (Martinelli), Gerson e Raphinha; Savinho (Luiz Henrique), Vini Jr. e Igor Jesus (Paquetá). Técnico: Dorival Júnior.
Fonte: UOL
quinta-feira, 14 de novembro de 2024
quarta-feira, 13 de novembro de 2024
Cantor português deixa irmãos e sobrinhos fora do testamento de 100 milhões de reais, que foram para o caseiro e o filho dele
O cantor e apresentador de programa de TV Marco Paulo faleceu no dia 24 de outubro, aos 79 anos, vítima de câncer. Um dos maiores cantores de Portugal, tendo vendido mais de cinco milhões de cópias, na época dos discos, Marco Paulo teve uma carreira de quase seis décadas, e durante esse período construiu um patrimônio avaliado em 100 milhões de reais. De acordo com a imprensa de seu país, além de dinheiro em investimentos bancários, Marco Paulo possuía vários imóveis, entre eles uma quinta (propriedade rural) em Sintra, onde morava; uma residência no Algarve, região turística no Sul do país; dois apartamentos na Costa da Caparica; dois apartamentos em Sesimbra; um apartamento em Paris, na França; uma residência nos Estados Unidos; automóveis; um barco; e obras de arte. Além de tudo isso, tem, também, os direitos autorais do artista em relação a suas músicas e imagem, que irão gerar uma boa fonte de renda.
Ao longo de sua vida, o cantor teve que lutar contra alguns tipos de câncer. Em 1996, enfrentou um câncer no abdômen; em 2020, foi diagnosticado com um câncer de mama, que também ocorre em homens, apesar de ser raro; em 2022, foi um câncer no pulmão, e em fevereiro deste ano, um câncer no fígado. Marco Paulo regravou músicas de Roberto Carlos, de quem sempre disse ser admirador, tanto que em seu enterro as pessoas cantaram “Nossa Senhora”, música do artista brasileiro.
Marco Paulo tem dois irmãos e vários sobrinhos, mas em seu testamento não deixou nada para eles, nada! Ele preferiu deixar o seu patrimônio apenas para o seu caseiro e compadre, António Coelho, e para o filho dele, Marco António, afilhado do cantor. Em Portugal, e também no Brasil, se a pessoa for solteira, como era o caso do cantor, sem filhos e pais vivos, herdeiros diretos, ela não tem a obrigação legal de deixar os seus bens em herança para um parente, seja quem for. Nesses casos, se a pessoa não tiver deixado um testamento, o seu patrimônio é deixado para os irmãos e sobrinhos, ou, na ausência destes, para primos até o quarto grau; e, se não houver nenhum desses parentes, é deixado para o Estado (ou seja, no popular, para o governo).
Marco Paulo tinha dois irmãos e vários sobrinhos, mas preferiu não deixar um centavo para eles, escolheu deixar o seu patrimônio de 100 milhões de reais para duas pessoas que não eram de sua família. A verdade é que “família” não é quem tem o mesmo tipo sanguíneo que nós, mas quem gosta da gente de verdade, aqueles que se importam com a gente! fr
terça-feira, 12 de novembro de 2024
A água está acabando no planeta e, no futuro, guerras acontecerão pela disputa desse recurso natural
Especialistas afirmam que no futuro as próximas guerras serão travadas por disputa de água! É isso mesmo, água, o recurso natural que bilhões de pessoas utilizam diariamente muitas vezes sem se importar com o desperdício: lavando calçadas e carros, deixando o chuveiro funcionando sem ninguém usar, e mantendo as torneiras abertas à toa. Mas, em algumas regiões a realidade é bem diferente, e a água já dá sinais de escassez, dando origem a vários conflitos, principalmente na África e no Oriente Médio. Disputas por água são muito comuns na História, e já vêm de milhares de anos.
O planeta Terra, apesar do nome, é formado por 70% de água, distribuída em sua maioria pelos oceanos, e somente 30% de terra. Mas, o percentual de água doce, ou seja, a água dos rios, lagos e da maioria dos lençóis subterrâneos, com uma salinidade perto de zero, é inferior a 3% do total. Aproximadamente 97% da água no mundo é água salgada, não indicada ao consumo humano.
Turquia, Síria e Iraque vêm se desentendendo por conta dos rios Tigre e Eufrates. Os turcos reivindicam mais direitos sobre os rios, que nascem em seu território e abastecem os dois vizinhos. Em 2009, ocorreu uma forte seca na região, o que provocou a diminuição do fluxo dos rios e falta de água no Iraque, que acusou os demais de estarem utilizando o recurso mais do que o acertado em acordos internacionais.
Outros exemplos de pontos de tensão ficam na África. Egito, Etiópia, Uganda, Quênia, Tanzânia, Ruanda, Burundi e Sudão disputam a utilização do rio Nilo; e Angola, Botswana e Namíbia a da Bacia de Okavango. Na Ásia, Índia e Paquistão vivem em guerra, e um dos motivos é a disputa pelo rio Indo; China, Bangladesh, Índia, Tailândia, Camboja, Vietnã e Laos brigam pelo Planalto do Tibete, por onde passam cinco grandes rios. No continente, também ocorrem tensões entre Israel, Jordânia e Síria, devido à importância das Colinas de Golã, rica em solos férteis e onde ficam as nascentes do rio Jordão, vital em uma região desértica.
A água é um recurso fundamental para o consumo e também para a agricultura, que gera atritos e também pode motivar ações de sabotagem ou invasões a fim de causar danos a um país com o qual se esteja em guerra. Recentemente, a Rússia foi acusada de cortar o acesso de água potável para a população da cidade de Mariupol, na Ucrânia, com quem está em guerra há mais de dois anos. Como se constata, o futuro reserva muitos conflitos, disputas e guerras pelo mundo. Triste! fr

segunda-feira, 11 de novembro de 2024
domingo, 10 de novembro de 2024
Mulher em Roraima tornou-se policial para prender o assassino do pai quando ainda era criança
Esse caso aconteceu em Roraima e parece enredo de filme. Givaldo José Vicente de Deus foi assassinado com um tiro no bairro Asa Branca, na Zona Oeste de Boa Vista, em fevereiro de 1999, deixando cinco filhas órfãs. O assassino foi Raimundo Alves Gomes, e tudo ocorreu por uma cobrança de uma dívida de 150 reais! Ele fugiu, mas foi condenado a 12 anos de prisão em 2013, 14 anos após o crime. O primeiro mandado de prisão foi expedido somente três anos depois. A filha mais velha, Gislayne Silva de Deus, tinha apenas nove anos quando perdeu o pai. Ao longo dos anos, ela formou-se em Direito e foi aprovada em um concurso para a Polícia Civil e tornou-se escrivã, sendo lotada, a seu pedido, na Delegacia Geral de Homicídios (DGH). A sua intenção era localizar o assassino do pai, o que veio a ocorrer recentemente, no dia 25 de setembro, 25 anos após a morte do pai. A escrivã, atualmente com 36 anos, participou da operação de prisão em uma área de chácaras no bairro Nova Cidade, na Zona Oeste de Boa Vista, mesma região onde ocorreu o assassinato. O crime somente iria prescrever em 2031. De frente com Raimundo, hoje com 60 anos, Gislayne teve a oportunidade de dizer ser a filha do homem que ele matou (foto). À imprensa disse também que a prisão foi resultado da perseverança de sua família, que nunca desistiu de ver o assassino encontrado. “Com a prisão dele, lavei minha alma e a de toda minha família. Foi o encerramento de um ciclo. Hoje tempo paz e o sentimento de que a justiça foi feita.” Que história, dá para fazer um filme! fr

sábado, 9 de novembro de 2024
Botafogo domina, perde muitos gols novamente e não consegue vencer a forte retranca do Cuiabá. Ainda assim, o Fogão segue na liderança, com 4 pontos à frente do Palmeiras
Ficha técnica:
BOTAFOGO 0x0 CUIABÁ
BOTAFOGO - John; Vitinho (Eduardo), Bastos, Alexander Barboza e Alex Telles (Cuiabano); Gregore, Marlon Freitas, Savarino (Tiquinho Soares) e Thiago Almada (Júnior Santos); Luiz Henrique e Igor Jesus. Técnico: Artur Jorge
CUIABÁ - Walter; Matheus Alexandre, Marllon, Bruno Alves e Ramon; Filipe Augusto (Gabriel), Raylan (Jadson) e Denilson (Lucas Fernandes); Derik Lacerda (Jonathan Cafu), Pitta e Clayson (Lucas Mineiro). Técnico: Bernardo Franco
CARTÕES AMARELOS - Bruno Alves, Denilson, Derik Lacerda, Gabriel, Ramon e Bernardo Franco (Cuiabá)
ÁRBITRO - Rodrigo José Pereira de Lima (PE)
RENDA - R$ 2.949.695,00
PÚBLICO - 41.899 torcedores
LOCAL - Estádio Nilton Santos, no Rio (RJ)
Fonte: Folha de Pernambuco
quinta-feira, 7 de novembro de 2024
Mais uma vez o mundo condena o bloqueio a Cuba, mas os EUA persistem na perseguição. Por outro lado, os EUA não bloqueiam ditaduras amigas ou em que possui interesses, como a Arábia Saudita ou a China.

A Assembleia Geral da ONU aprovou, na quarta-feira passada, dia 30 de outubro, mais uma resolução que condena o bloqueio econômico e financeiro unilateral imposto pelos Estados Unidos a Cuba. É o 32º ano consecutivo que a ONU condena o bloqueio! A votação, mais uma vez, foi praticamente unânime: 187 países dos 192 que fazem parte da ONU votaram contra o bloqueio, ou seja, o mundo em peso, e apenas os próprios Estados Unidos e Israel, o seu aliado no Oriente Médio apoiam o bloqueio; Moldávia absteve-se.
Por mais que a atitude dos Estados Unidos seja condenada esmagadoramente pelo mundo, o bloqueio persiste, até porque a resolução não tem nenhum poder de obriga-los a acabar com ele. É aquela história, manda quem pode, obedece quem tem juízo... Durante a votação na ONU, o representante dos Estados Unidos, Paul Folmsbee, afirmou que o objetivo do seu país é “defender” a democracia e os direitos humanos. Mas, se fosse, realmente, isso, os Estados Unidos não seriam tão próximos de ditaduras como a Arábia Saudita e a China, por exemplo. Historicamente, não teriam apoiado golpes de Estado pelo mundo afora, que levaram ao poder ditaduras cruéis, inclusive a de Pinochet, no Chile, e a ditadura militar no Brasil, para citar apenas dois exemplos.
O bloqueio dos Estados Unidos não atinge apenas as empresas daquele país, mas, também, empresas do mundo inteiro que, no exercício de sua soberania, desejam manter relações comerciais com Cuba, porque elas também são punidas e impedidas de fazer negócios nos estados Unidos. Evidentemente, entre ganhar pouco em um país pequeno como Cuba ou faturar muito mais com a maior superpotência econômica do mundo as empresas escolhem a segunda opção, claro. O ministro das Relações Exteriores de Cuba afirmou na ONU que o bloqueio dos Estados Unidos é criminoso: “O bloqueio contra Cuba é uma guerra econômica, financeira e comercial que se qualifica como genocídio!”. Ele criticou a tática utilizada pelos Estados Unidos para forçar a mudança do governo cubano, substituindo-o por um mais submisso aos seus interesses.
Não existe na História registro de um país suportar uma perseguição como essa por tanto tempo. O bloqueio dos Estados Unidos a Cuba teve início ainda no governo de John Kennedy, na década de 1960!, em plena Guerra Fria. Desde então, o governo cubano estima que o prejuízo à economia do país é de algo em torno de 164,14 BILHÕES DE DÓLARES. O PIB de Cuba era de 107,3 milhões de dólares em 2020, dados mais recentes, portanto, o prejuízo provocado pelo bloqueio representa cerca de 15 vezes o PIB daquele país. Se não fosse o bloqueio, a economia cubana poderia crescer anualmente, o que representaria uma significativa melhoria da qualidade de vida do povo. Mas é esta, justamente, a intenção dos Estados Unidos: asfixiar a economia e insuflar a população para trocar o governo por um submisso aos seus interesses.
Minha opinião: Eu não defendo ditaduras, sejam elas quais forem, de esquerda ou de direita. E não tenho nenhuma simpatia pelo Comunismo, muito pelo contrário. Mas, também, não defendo países imperialistas, que se julgam no direito de mandar e desmandar em outros países soberanos. Acabe-se, logo, com o bloqueio e a perseguição a Cuba! E que Cuba possa viver em paz, com democracia e justiça social, sem ser controlada por nenhuma outra potência, sejam os Estados Unidos ou Rússia, ou quem quer que seja! fr
quarta-feira, 6 de novembro de 2024
Líder Botafogo esmaga o Vasco, perde muitos gols e goleada de 3x0 foi muito pouco!
A Selefogo esmagou, ontem, o Vasco, goleando por 3x0, com um domínio enorme no jogo. Era um jogo para uns 6 ou 7x0, sem exageros! O Botafogo, mais uma vez, pecou por perder várias chances de gol, não é a primeira vez. Os vascaínos devem ter até comemorado por terem perdido só por três. Foi uma festa, com mais essa vitória, o Botafogo chegou a 67 pontos e abriu seis pontos à frente do Palmeiras, segundo colocado, que perdeu nesta rodada para o Corinthians, por 2x0, e permaneceu com 61 pontos. O Botafogo jogou como eu e toda a torcida alvinegra gostamos, e como deveria jogar sempre: no ataque, buscando o gol.
Logo aos cinco minutos do primeiro tempo, Savarino cruzou para a área e Adryelson cabeceou mandando a bola na trave. O primeiro gol saiu logo depois, aos onze, em jogada de Alex Telles pela esquerda, ele cruzou para a área e Savarino (foto, comemorando) pegou de primeira, sem deixar a bola tocar no gramado, um golaço! E três minutos depois, Luiz Henrique fez o segundo. O Botafogo criou jogadas, atacou, mas perdeu muitas chances. Mais uma vez eu comento aqui, no meu blog, que o Fogão não pode perder tantas chances de gol.

O atacante Júnior Santos entrou no lugar do zagueiro Adryelson aos 22 minutos do segundo tempo. Aos 25, Marlon Freitas driblou um vascaíno e deu um passe na medida para a penetração de Júnior Santos na área, que deu um toque de categoria, encobrindo o goleiro do Vasco, fazendo o terceiro. Foi de 3x0, mas poderia (e deveria) ter sido de, pelo menos, 6x0. Acontece que os jogadores atualmente são muito profissionais, no sentido de não ligarem muito para estabelecer marcas em vitórias históricas, como antigamente. Quando os jogadores podiam, faziam de tudo para estabelecer um resultado de 6x0, por exemplo. Hoje em dia essa rivalidade sadia fica mais por conta das torcidas.
Alguns comentários adicionais: O Botafogo completou, ontem, dez jogos de invencibilidade no Campeonato Brasileiro, sendo sete vitórias e três empates. E o Botafogo lançou, no jogo de ontem, um uniforme diferente, com riscas, o nome do patrocinador, os números e nomes dos jogadores em amarelo. Eu não curto muito essa descaracterização das cores tradicionais, preto e branco. A intenção óbvia é vender mais camisas, claro. Todos os clubes fazem isso. O Vasco, por exemplo, também estava com uma camisa com nome do patrocinador e detalhes em rosa, uma cor totalmente diferente das tradicionais do clube. O amarelo e o rosa não têm a ver com a tradição de Botafogo e Vasco, mas têm a ver com as cores dos seus patrocinadores! fr
terça-feira, 5 de novembro de 2024
Morre, aos 86 anos, o cantor e ator Agnaldo Rayol
O cantor e ator Agnaldo Rayol faleceu na madrugada de ontem, aos 86 anos. De acordo com pessoas próximas, ele sofreu uma queda no banheiro de casa, no bairro de Santana, Zona Norte de São Paulo. Como ator, eu me lembro dele na novela "Os Imigrantes”, na TV Bandeirantes, na década de 1980. Procurando uma música para homenageá-lo, vi várias e é impressionante como a voz de Agnaldo Rayol é bonita, parece que qualquer música que ele cantava ficava bem cantada por ele. Escolhi duas: “Rosa”, composição de Pixinguinha e Octávio de Souza, e a minha preferida, “Carinhoso”, também de Pixinguinha, com letra de Braguinha. Aumente som. Esteja em um lugar melhor, Agnaldo Rayol! fr
segunda-feira, 4 de novembro de 2024
Dica de livro: "50 Contos de Machado de Assis"
“50 Contos de Machado de Assis”; Seleção, introdução e notas John Gledson, São Paulo, Companhia das Letras, 2007, 487 páginas.
A seleção dos 50 contos foi realizada pelo inglês John Gledson, tradutor, ensaísta, crítico literário e professor aposentado da Universidade de Liverpool, especializado em Língua Portuguesa, literatura brasileira, com destaque para a obra de Machado de Assis. Ele é Mestre e Doutor em Literatura Comparada pela Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. Neste livro, Gledson seleciona 50 dos “cerca de 200 contos escritos por Machado de Assis”, todos eles publicados a partir de 1878, “quando ele já tinha quase quarenta anos, e 44 deles foram escritos na década seguinte”. Eu destaco alguns como os meus preferidos.
O conto “O Alienista” é o maior de todos, com 30 páginas. Médico de grande prestígio constrói um hospício, e, aos poucos, vai internando todos os moradores da sua cidade. Algumas editoras já publicaram este conto separadamente, como livro. “Pai contra a mãe” eu já publiquei aqui, no meu blog. É sobre a situação desesperadora de um casal em dificuldades financeiras, com uma criança recém-nascida e prestes a ser despejado. Apesar do título sugerir uma discórdia entre marido e esposa, é a tia desta, que mora com eles, que os pressiona a abandonar o menino, pela falta de condições para alimentar a todos. O pai, um caçador de escravos, busca uma última chance de conseguir algum dinheiro ao sair na procura de novos fugitivos, e, assim, poder ficar com o filho.
Em “Teoria do medalhão”, quando o filho completa seus 21 anos, antigamente época da maioridade, seu pai ensina como se destacar apenas aparentando ser alguém importante, mesmo sem ter opiniões próprias ou capacidade individual. “Último Capítulo”, sobre um homem que se considera azarado e, cansado dos desgostos da vida, decide cometer o suicídio. Ele preparou o seu testamento e faz questão de relatar, por escrito, as suas razões. Eu gostei muito, apenas o final eu teria preferido outro.
Um homem aceita o trabalho de enfermeiro de um ancião doente e de péssimo gênio. Aturando o que mais ninguém queria aturar, o desenlace dessa relação acaba por mudar sua vida. É o conto “O Enfermeiro”. Em “D. Paula”, senhora tem o passado batendo-lhe à porta, quando procura ajudar a sua sobrinha, que vivia triste por conta de uma séria crise conjugal. fr
domingo, 3 de novembro de 2024
Gandula repõe a bola nas mãos de jogador, que cobra rápido o lateral e dá início à ataque do gol da virada do Racing que eliminou o Corinthians da Sul-Americana, e vira herói na Argentina. Enquanto isso, no Brasil...
Quem acompanha o meu blog já leu a minha opinião a respeito do chororô dos vascaínos, que até hoje reclamam da incontestável vitória por 3x1 do Botafogo sobre o Vasco em 2012, que deu o título ao Fogão da Taça Rio daquele ano. O primeiro dos três gols alvinegros foi iniciado por uma reposição rápida da então gandula Fernanda Maia, que passou a bola às mãos do Maicosuel, que cobrou rápido o lateral para a corrida de Márcio Azevedo, este venceu o marcador vascaíno, penetrou na área e passou para Loco Abreu finalizar e fazer o primeiro gol. Os vascaínos ficaram chorando, reclamando que a gandula não podia ter reposto a bola tão rápido e nas mãos do jogador do Botafogo, que ela teria ajudado o Fogão. Se tivesse sido a favor do Vasco eles não reclamariam, claro!
Isso foi em 2012! Depois, várias outras situações já aconteceram de forma idêntica, com o gandula fazendo rigorosamente a mesma coisa que a Fernanda Maia, só que eles foram considerados heróis pela imprensa e aplaudidos, não criticados. Eu já mostrei aqui no meu blog o gandula que repôs a bola rápido e deu início ao gol do Tottenham na Liga dos Campeões em 2019, que acabou vencendo o Olympiacos. O gandula foi abraçado pelo então treinador do Tottenham, o português José Mourinho, que agradeceu a ele, e, depois, o levou para almoçar com o time. No mês passado, outro exemplo. O gandula deu a bola rápido para o Francisco Moura, do Porto, que cobrou o lateral e a jogada deu origem ao gol do brasileiro Pepê, o gol da vitória de 2x1 sobre o Braga, no campeonato português. O gandula português foi considerado herói pela imprensa e o espanhol Nico González até deu ao garoto o seu troféu de melhor jogador da partida.
Na quinta-feira passada, dia 31 de outubro, aconteceu novamente mais um caso desses. No jogo entre Racing e Corinthians, pela Copa Sul-Americana, o gandula argentino Martín Santoro, que é jogador das bases do Racing, repôs a bola rapidamente nas mãos de Rojas, que lançou o atacante Martinez, este passou a Quintero, que fez o gol da vitória de 2x1 em cima do Corinthians (assista ao vídeo, abaixo). Com o “passe” do gandula, o Racing eliminou o Corinthians e classificou-se para a final da competição, que será disputada com o Cruzeiro, no final deste mês. E o garoto foi aplaudido pela imprensa, abraçado pelos jogadores do Racing e até recebeu uma homenagem do clube. Acontece o tempo todo! A verdade é que não existe uma regra da FIFA que proíba o gandula passar a bola às mãos de um jogador, existe apenas uma “recomendação”, e somente aqui, no Brasil. Enquanto isso, os vascaínos estão chorando até hoje! 😄😄😄 fr
sábado, 2 de novembro de 2024
Frases interessantes da internet, sem autoria informada:
126. “Cuidado para não perceber tarde demais que os dias comuns são extraordinários...”
127. “Algumas pessoas te ensinam para onde ir. Outras te ensinam para onde nunca mais voltar.”
128. “Eu não sou bom e muito menos ruim, eu sou aquilo que você é comigo.”
129. “Cada pessoa te vê com os olhos que tem. E a visão delas não é problema teu.”
130. “Nós nunca enxergaremos o nosso valor em lugares onde não valorizam a nossa presença.”